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Escritório, Home Office e a Iluminação em Led



A COVID-19 mudará os escritórios para sempre?

Olá! 2020 está sendo mesmo um ano diferente de todos os outros em décadas. Já são quase 6 meses de confinamento forçado pelo coronavírus, num total de 25 milhões de infectados e quase 850 mil mortos no mundo (contabilizados em Agosto). A coisa realmente ficou bem mais séria desde que publicamos ainda no dia 3 de Fevereiro as nossas preocupações com o mercado do Led em uma postagem que, a princípio, tinha o título "Coronavirus: vai faltar led no mercado?", sendo logo mudada depois para "Coronavírus: informações, precauções, mercado e Led disponível" - tamanha a rapidez com que os fatos foram se desenvolvendo. Quem diria por exemplo lá atras, em Outubro ou Novembro de 2019 que hoje, não poderíamos mais encostar um no outro, sair as ruas sem máscara e que, talvez mais espantoso ainda, muitos de nós trabalharíamos agora apenas dentro de nossas próprias casas? Observando tudo isso com uma 'peneirada' bem mais fina agora, compilamos as matérias mais importantes do período salvas em nosso Instapaper sobre os escritórios e o home office na pandemia: como eles estão se ajustando para o futuro? Leia a seguir.



O ESCRITÓRIO


De acordo com a Pi Labs, empresa de capital de risco que investe em startups de tecnologia imobiliária, a pandemia da COVID-19 está forçando empresas a repensarem os seus espaços de escritório para adaptá-los a uma maior produtividade e bem-estar dos funcionários - algo que a tecnologia tem um grande papel a desempenhar.

Um estudo da PwC feito em 2019 com mais de 900 investidores de 22 países europeus descobriu que 90% deles acreditavam na época que as inovações tecnológicas no setor imobiliário continuariam a crescer nos próximos cinco anos. Uma publicação de 18 de Janeiro de 2020 do site Canaltech endossava isso, sugerindo num exercício de futurologia que o escritório em 2030 "consolidaria o trabalho remoto, pois com a conexão 5G, fazer uma vídeo conferência seria tão trivial quanto enviar um simples WhatsApp".
Esta conexão contínua (analisa o site), com câmeras 4k e grandes telas, permitiria trabalharmos com um colega a 400km de distância, como se ele estivesse do nosso lado se assim quiséssemos... salas de reunião com TVs gigantes, óculos de realidade aumentada e virtual em videoconferências imersivas, tradução simultânea, ambientes híbridos com grandes espaços, 'refúgios' silenciosos para maior concentração e o biophilic design incorporado ao design de interiores - com plantas, presença de água corrente, texturas naturais e variação de luz em várias temperaturas de cor (Kelvin) nos ambientes que, em 10 ou 15 anos, fariam com que as grandes sedes corporativas se parecessem cada vez mais com campus de universidades, uma base física para convivência e aprendizado onde iríamos todos os dias, uma vez por semana ou até, morar nelas se preciso fosse. Mas...

A COVID-19 virou esta expectativa de cabeça para baixo e acelerou desenfreadamente em 10 anos a digitalização do setor, fazendo com que mais empresas percebam agora 'na marra' os vindouros benefícios tecnológicos.

“Aqueles que não adotarem a inovação serão os que perderão”,

diz Faisal Butt, CEO e fundador da Pi Labs.

Uma pesquisa realizada no final de 2019 pela consultoria Deloitte com 1.377 empresas (que juntas responderam por um faturamento de cerca de R$ 3,5 trilhões ao ano - metade da riqueza do país) apontou que sete em cada dez empresários brasileiros esperavam que 2020 fosse um ano positivo para os negócios. Paralelamente, o estudo da PwC de 2019 para o setor imobiliário informava que a maior parte dos seus entrevistados (72%) pretendia manter o quadro de funcionários, enquanto 58% disseram que pretendiam aumentar o número de profissionais contratados. Agora, um novo relatório da Pi Labs lançado no mês de Agosto de 2020 sobre o futuro do trabalho corporativo, descreve mudanças nas previsões para o coworking, a automação e experiência de locatários.

O futuro do escritório é claramente muito mais complicado do que apenas verificar a temperatura das pessoas e oferecer-lhes álcool em gel na entrada do trabalho. Os escritórios deverão ser mais sustentáveis ​​para melhorar o bem-estar e a produtividade, além de aumentar o investimento em tecnologia, como no uso de aplicativos que permitam as pessoas reservarem salas de reunião ou, através de plataformas de análise baseadas em nuvem, que ajudem os gerentes a monitorar e melhorar as condições ambientais de seu prédio, eliminando reclamações como ventilação e aquecimento por exemplo.


Imagem: Projeto Codlux® para ANBIMA

Iluminação, ventilação e temperatura são os três fatores ambientais que mais influenciam a produtividade de uma equipe, de acordo com este relatório da Pi Labs.

"O aumento da importância do monitoramento da qualidade do ar em edifícios de escritórios também é fundamental ... o que antes era um conceito marginal é agora essencial para fornecer um local de trabalho que priorize a saúde e o bem-estar dos funcionários. Edificações verdes com uso eficiente de recursos naturais e energéticos podem duplicar a nossa função cognitiva pois, apenas essa transparência e a ênfase na saúde dos funcionários farão com que as pessoas se sintam realmente seguras para voltarem aos escritórios", diz Butt.

Voltando enfim ao Office


Imagem: Marcos Britto dirigindo-se a GERDAU para mais um Projeto Codlux®.

O coworking, método de locação que oferece opções colaborativas mais flexíveis, pode voltar com tudo, diz o relatório: o que costumava ser uma via mais popular entre as pequenas startups, se tornará o normal também para as grandes corporações, porque

"...você simplesmente não saberá quando a próxima pandemia pode chegar e, não vai quer por isso ser amarrado a uma responsabilidades de longo prazo", diz Butt.


Seu local de trabalho se tornará um centro de aprendizagem

A Pi Labs prevê um foco crescente no relacionamento entre funcionários e a tecnologia, especialmente quando se tratar de treinamentos a novas ferramentas como serviços automatizados ou robôs projetados para limpeza.


Imagem: Projeto Codlux® para TARSO ADVOGADOS

Estima-se que só no Reino Unido, cerca de 10 milhões de trabalhadores terão que desenvolver novas habilidades ou mudar de função até 2030, segundo o relatório da Pi Labs. A realidade virtual e aumentada (VR e AR) embora imaturas ainda, impulsionarão a economia global em US$ 1,5 trilhões nos próximos 10 anos - US$ 294 bilhões desse valor serão usados apenas em treinamentos. Para cortar custos, as empresas investirão em tecnologias como, no caso das imobiliárias por exemplo, aquelas que permitam automatizar o gerenciamento de suas propriedades. Soluções que ajudem a conectar virtualmente empresas com os clientes também são aguardadas, como aquelas que possam permitir aos proprietários de escritórios exibirem os seus espaços disponíveis aos futuros inquilinos antes mesmo que eles os visitarem fisicamente.

O retorno conjunto
 
Os funcionários de escritório passam muito tempo dentro de um edifício, onde os ambientes físicos influenciam o seu bem-estar e também diretamente o seu desempenho e produtividade no trabalho.Também muitas, vezes é esperado que funcionários mais satisfeitos com o ambiente físico tenham maior probabilidade de produzir melhores resultados. 
A temperatura, a qualidade do ar, a iluminação e as condições de ruído nos escritórios afetam a concentração e a produtividade. Numerosos estudos têm demonstrado de forma consistente que as características do ambiente físico dos escritórios podem ter um efeito significativo no comportamento, percepções e desempenho dos usuários.

Listamos abaixo os principais deles:  


Imagem: Projeto Codlux® para GERDAU

A consciência do espaço

Um aspecto fundamental do ambiente de trabalho que contribui para o comportamento positivo do funcionário é o layout adequado no espaço de escritório. Antes da pandemia, alguns projetos convencionais para estes espaços ainda forneciam escritórios privados fechados para os ocupantes, em contraste com a então crescente tendência de design em plano aberto, bem mais contemporâneo e caracterizado pela ausência de paredes ao teto ou limites internos brutalistas. E os custos mais baixos, junto a uma melhor conveniência organizacional, só fizeram crescer ao longo dos anos o conceito de uso de escritório em plano aberto.



Imagem: Projeto Codlux® para GERDAU

Isto também possibilitava a acomodação de um maior número de funcionários no mesmo espaço. As empresas também economizavam com ar condicionado, manutenção e construção. Embora estes custos físicos tenham provado ser menores do que os projetos mais complexos nos escritórios, as previsões de maior eficiência e melhor comunicação não foram totalmente cumpridas. Vários estudos aliás encontraram evidências de que os escritórios de plano aberto estão também relacionados à:
- uma diminuição da satisfação no trabalho,
- motivação reduzida e
- menor percepção de privacidade


Trabalhadores em escritórios de plano aberto relataram que as condições são bem estressantes e, exames médicos adicionais 'in loco' apontaram nos ambientes de plano aberto:
- aumentos na fadiga,
- irritação,
- sofrimento generalizado e
- queixas de saúde como dores de cabeça e
- infecções respiratórias.


Numerosos estudos também têm mostrado que o clima interno nos escritórios também afeta a saúde e o desempenho dos funcionários que, por sua vez, compromete a sua produtividade. Fatores de desconforto podem diminuir o foco deles em suas atividades. Contudo, os funcionários podem se concentrar mais quando uma alta temperatura é reduzida significativamente através de equipamentos de ar condicionado por exemplo. O calor extremo pode causar letargia, o que aumenta não só a taxa de acidentes mas também, pode afetar a produtividade em geral.

A cor influenciando o rendimento

A cor também desempenha um papel importante em influenciar a ocupação de áreas grandes ou pequenas. Por exemplo:
- salas longas e estreitas podem parecer 'mais normais' se as paredes de fundo forem pintadas em cores quentes, profundas e intensas
- as paredes laterais de salas longas devem ser pintadas em cores mais claras e menos saturadas
- teto baixo parecerá menos opressivo se a sua cor for clara
- teto alto pode parecer mais baixo se pintado num tom azul escuro, cinza ou preto
- trabalhos que requerem grande concentração pedem uma paleta de cores neutras
- trabalhos como os de contadores e advogados, exigem uma paleta de cores mais forte
- jornalistas teriam melhor desempenho em cores energéticas, com alto contraste
- um escritório azul por exemplo é ideal para quem quer focar e se concentrar em números
- um escritório verde é uma ótima escolha para uma empresa de gestão, pois gera um efeito de equilíbrio
- um escritório amarelo é mais adequado para ambientes de vendas 


A Luz influenciando a cor  

A incidência da Luz nas superfícies dos escritórios pode alterar não só a paleta de cores pensada no ambiente como também, o ritmo circadiano dos usuários se for mal pensada:
escritórios focados na produtividade, onde há uma luz branca fria 6000K, não podem ser pintados em tons muito escuros pois eles absorverão a refletância nas paredes, tetos e mesmo piso, tornando o local 'pesado' demais para a concentração e raciocínio. Do mesmo modo,
- espaços criativos com muita cor local, entretenimento, áreas de relaxamento e decoração vibrante, não devem ser inundados com muita Luz branca fria 6000K, que lava as superfícies lúdicas com uma nata branca desnecessária e quebra a proposta, ao mesmo tempo que, ao invés de dar conforto e calma, ordenará o cérebro (medida as devidas proporções, claro) a "produzir, produzir" sem descanso, ignorando todo o ambiente cênico ao redor. Seria como se você estivesse andando apressado no meio da rua num dia de Sol brilhante, onde só o que realmente lhe interessasse chamaria a sua atenção, fazendo-o depois buscar logo um 'abrigo' para tanta Luz. Porque a luz solar serve para isso: otimizar nossas atividades/produtividade com o tempo disponível ao longo do dia para cada situação.
Já na inspiração, análise e criação, a Luz 4000K ou mesmo 3000K são mais apropriadas - com o enorme benefício delas não 'desbotarem' as cores, texturas e ainda serem mais relaxantes e menos dramáticas ou estressantes que a Luz em 6000K. O estudo luminotécnico deve ser precisamente correto também neste sentido. 



Imagens: Retrofit da Codlux® para BBC BRASIL

Silenciando o ruído

Não é novidade alguma que um barulho proveniente de uma festa a qual você não esteja participando, não é bem-vindo aos seus ouvidos. Nem aos daqueles que estejam num escritório. Soluções como estas ajudam a diminuir ruídos inconvenientes no ambiente de trabalho:
- instalar um material absorvente de som no teto, paredes e piso do escritório
- absorvente de som em telas também podem ser instaladas em escritórios que usam o conceito de paisagem
- cortinas espessas nas janelas também podem reduzir ruídos indesejados
- almofadas/mantas de feltro em máquinas de digitar, imprimir e outros equipamentos que produzam ruídos, diminuem bem o seu barulho
- mudar o telefone que toca com campainha sonoras para 'indicadores luminosos' ou 'bips', reduz o seu ruído
- uma pequenina sala reservada em um escritório para discussão ou debates evita interferências externas junto aos não participantes
- carpetes reduzem muito os impactos de ruídos no piso
- gerentes de seção que garantam junto aos funcionários uma interação em tom de voz adequado, que não perturbe o foco dos colegas ao lado, também deve ser exigido no escritório. Embora isso possa parecer um tanto quanto óbvio demais, experimente não impor: o barulho reinará!




Imagens: Projeto Codlux® para AMPÈRES/BLUE BIRD SHOES

Plantas 'quebram' a desconexão com a natureza

Plantas de interior são comuns em muitas residências, locais de trabalho e ambientes comerciais. A 'paisagem de escritório' em plano aberto é caracterizada pelo uso abundante de grandes vasos de plantas para separar/limitar alguns espaços. Embora o ambiente de escritório tenha mudado ao longo do tempo, as plantas continuam a ser usadas nele e, alguns estudos feitos por pesquisadores indicam que os funcionários ficam menos cansados ​​quando têm acesso a plantas ou vistas de jardins nas janelas, além de preferirem ambientes de trabalho com plantas vivas (não artificiais).
 A Luz também deve ser a mais apropriada aqui: para dar destaque em folhas, ramas, copas, flores etc, focos em Luz branca quente 3000K são os melhores neste sentido, pois preservam a pigmentação natural do verde, tornando-o mais viçoso e consequentemente, relaxante ao observador. E não se preocupe: sua Orquídea continuará linda pois, a Luz em Led é fria, não esquenta nem fará mal a sua vegetação, sendo usada inclusive no cultivo de diversas espécies. 

Mais 'inteligência'

Outro aspecto que especialistas estão sugerindo fortemente hoje é garantir que o escritório seja inteligente, logo considere adicionar recursos como:
- iluminação Led inteligente
- tecnologia LiDAR para escaneamento e geração de dados locais
- termostatos habilitados em rede
- câmeras de segurança na nuvem
- uso de conexão Li-Fi (pela luz) para garantir maior privacidade e segurança aos dados de áreas sensíveis das empresas pois, esta nova tecnologia não atravessa paredes - veja mais AQUI


O jovem típico hoje está acostumado não apenas a administrar a sua vida digitalmente mas inclusive, ser mais propenso a se preocupar em minimizar o seu uso de energia e gasto da água do que as gerações anteriores. E ele sentirá a falta de uma "não disponibilidade" mais intensamente que os outros, analisando então o ambiente de trabalho como 'inadequado' as suas percepções.

Equilíbrio da luz no trabalho

"Cada indivíduo deve ter um perfil de "iluminação pessoal" para obter um 'equilíbrio adequado de luz no trabalho",


afirma Henrik Clausen, professor de design de iluminação da Universidade de Aalborg em Copenhague e chefe de pesquisa da Academia de Iluminação Fagerhult. Ele diz que

"... estes conceitos ajudarão as pessoas a usarem melhor os atuais controles inteligentes que fornecerão a Luz de que precisam no momento certo. A idade, a acuidade visual e a saúde de uma pessoa significam que ela precisará sempre de uma Luz realmente adequada para si."  



Imagens: Projeto Codlux® para GERDAU

Clausen completa que:

“A capacidade de receber e responder à luz muda dramaticamente à medida que atingimos os estágios mais avançados da vida. Assim como os músculos de nossos braços ou pernas, os músculos de nossas lentes começam a perder elasticidade. O foco vai ficando mais difícil e a visão, turva-se dia a dia. O amarelamento da lente pode afetar a nossa percepção das cores. Achamos fadigante fazer rapidamente uma transição entre condições de alta e pouca luz. À medida que as pessoas trabalham com idade entre 70 anos ou mais, os princípios que aplicamos ao design de iluminação devem se readequar e responder às suas novas necessidades. Para facilitar a saúde e o bem-estar das novas gerações, precisamos começar a pensar na iluminação sob uma luz totalmente nova."



Imagem: Projeto Codlux® para SABESP

“Para fazer isso corretamente, precisamos entender melhor as muitas variáveis​​ que influenciam a forma como reagimos aos estímulos luminosos ao longo da vida. Pesquisas mostram que o design da iluminação centrada no ser humano faz com que as pessoas se sintam mais alertas, produtivas e felizes",

diz Clausen, citando também que

" ...serão necessários ainda estudos mais detalhados para nos ajudar a entender como a luz afeta o desempenho em uma ampla gama de métricas visuais, biológicas e emocionais. Acredito que esta pesquisa possa produzir resultados valiosos para as empresas em termos de produtividade aprimorada, bem-estar e retenção de funcionários e nos ajudar a explorar novas possibilidades de aproveitar a luz como uma força poderosa para a saúde preventiva, resiliência emocional e bem-estar geral. Com a ajuda da tecnologia, o potencial de' personalização leve 'no local de trabalho é enorme. Com um aplicativo e uma combinação estratégica de fontes de luz indireta, tarefa e ambiente, os trabalhadores podem ter o poder de discar luz azul pela manhã para se sentirem energizados e mais concentrados ou aumentar a luz âmbar à tarde para se sentirem mais relaxados e reduzir o estresse e promova a calma. O desafio, se desejarmos aceitá-lo, é criar um mundo de 'equilíbrio da luz do trabalho', onde o controle da iluminação está nas mãos do trabalhador e os esquemas de iluminação estão em sintonia com a nossa biologia interna, antiga e natural".

O efeito pandêmico no design de interiores


O coronavírus também está afetando a planta dos escritórios de outra maneira drástica.
As "soluções mágicas" de algumas propostas de aplicação de Luz UV-C (Led ultravioleta) para desinfectar 'tudo e todos', tem causado no mercado corporativo erros, retrocessos e incoerências que devem ser observadas com bastante atenção, conforme já alertamos AQUI no Blog. Mas nem tudo está perdido para os trabalhadores de escritórios: a empresa do setor de móveis Bisley por exemplo, fornece câmeras e cabines com iluminação ultravioleta para matar de modo seguro vírus suspensos/impregnados nos ambientes.



São novos espaços modulares privativos, seguros e higiênicos, com certificação ISO-7 Clean Room e tecnologia ANTiBAC ativada automaticamente quando alguém entra no local, deixando então todo o sistema numa espécie de alerta: assim que a pessoa sai do ambiente, luzes de desinfecção Wisdom AiR UV acendem instantaneamente, gerando um poderoso e contínuo efeito antimicrobiano que mata até 99,9% dos patógenos. Outras empresas também estão apresentando soluções na tentativa de sanar as preocupações de contaminação nas áreas de trabalho de seus clientes. Um exemplo promissor vem da plataforma de gerenciamento de fluxo da Quanergy, combinando sensores 3D LiDAR e o software QORTEX ™ Perception, desenvolvido como uma solução de distanciamento social para rastrear e analisar de forma anônima e precisa, o fluxo de pessoas em tempo real em locais de varejo, aeroportos, acessos públicos, edifícios comerciais ou governamentais e armazéns industriais.



Imagens: Projeto Codlux® para Maromatel System

A Tecnologia LiDAR (Light Detection And Ranging) ou, tecnologia de detecção e alcance de luz, é semelhante a do radar e do sonar, só que usa o laser para as determinar distâncias entre um sensor específico e a superfície a ser mapeada por ele. Através dos pulsos a laser que se propagam em determinado espaço, são capturados todos os dados necessários inerentes a área - 150.000 pulsos podem medir por segundo quase 300 mil km, com margem de erro de no máximo 10 cm! 


Imagem: modelo de sensor LiDAR (2ª geração) da Ouster, empresa que viu sua receita aumentar 62% em 12 meses, com reservas no terceiro trimestre crescendo 209% em relação ao ano anterior. 

Essa distância é determinada medindo o tempo decorrido entre a emissão do pulso laser e o registro do seu retorno ao sensor - refletido pela superfície - gerando pontos virtuais na área. Como produto final tem-se um conjunto de pontos, ou seja, uma nuvem de pontos virtuais com exatas coordenadas tridimensionais.



A tecnologia LiDAR não é nova, remonta da década de 60 quando scanners a laser eram montados em aviões com fins militares. Com a introdução do GPS no final da década de 80, os dados LiDAR se tornaram úteis para medições geoespaciais mais precisas e atualmente, são muito usados para a modelagem de grandes terrenos, levantamentos topográficos, caracterização de vegetações, volumetria de edificações e ambientes urbanos, silvicultura, engenharias, mineração etc. É espantoso como ela consegue medir edifícios em um único pulso, examinar o fundo do oceano ou, penetrar através das copas das florestas para medir uma vegetação rasteira por exemplo. E o método de medição LiDAR não é afetado pela falta de luminosidade. O LiDAR está no novo iPad Pro da Apple e outros smartphones Android já há alguns anos, devendo vir embarcado no também no novíssimo lançamento da maçã, o iPhone 12. Sua função é trabalhar com RA (realidade aumentada) e recursos avançados em câmeras, dentre outros. 


Imagens: Projeto Codlux® para GERDAU

Agora com o coronavírus, governos e empresas confiam nesta tecnologia para que as cidades reabram e o público se sinta seguro ao retornar a sociedade, mantendo consequente e responsavelmente o distanciamento social. Empresas gigantes da iluminação como Signify (Philips) e Osram já trabalham arduamente hoje para adaptarem os seus equipamentos Led corporativos e automotivos ao LiDAR. E os escritórios e também veículos serão um dos mais beneficiados: pessoas poderão saber se uma sala de reunião estará disponível, ocupada ou desinfectada sem verificar isso pessoalmente; gerentes monitorarão processos complexos de recursos humanos via dados 'just in time', sem a necessidade de uma equipe específica para este trabalho e; bloqueios de segurança e ativação de defesas serão mais rápidos, precisos e rigorosos em caso de uma emergência pandêmica.



Automóveis escanearão estradas com seu faróis Led, transmitindo e recebendo simultaneamente dados com informações relevantes mais rapidamente (ocorrência de acidentes, semáforos quebrados, limites de velocidade, proibição de acesso, documentação irregular, falhas mecânicas, socorro mais próximo etc). A fabricante sueca de automóveis Volvo por exemplo, planeja produzir veículos equipados com dispositivos LiDAR a partir de 2022, onde o recurso será aplicado no desenvolvimento sistemas de piloto automático e assistência ao motorista através de câmeras, radares e softwares sincronizados com discretos sensores Luminar posicionados no teto. A Waymo, empresa de tecnologia que opera no setor de veículos autônomos como a Tesla, está investindo pesado no LiDAR para que os seus automóveis e caminhões sejam dirigidos (por robôs ou por humanos) de modo bem mais seguro. Esta é uma posição diferente da concorrente Tesla, que prefere usar câmeras e uma combinação de sofisticados softwares em seus veículos, devido a custos menores em relação ao LiDAR



Proporcionalmente falando, o método LiDAR pode ser aplicado também em grandes centros urbanos e plantas industriais, gerindo simultaneamente dados para iluminação, rede computacional, fornecimento de energia, abastecimento de água, saúde, segurança, produção, logística, transporte etc. Nos escritórios, o LiDAR está em pleno desenvolvimento para soluções contra pandemias severas que afetam a força de trabalho, inclusive em sistemas de automação. 


Imagem: Projeto Codlux® para ESCRITÓRIO EM BH

A Signify por exemplo, adicionou recursos de distanciamento de pessoas ao seu programa de IoT (Internet das Coisas), aprimorando o software de iluminação de modo a apoiar o distanciamento social dos funcionários que estão retornando aos ambientes de trabalho - um recurso do Interact Office (marca de iluminação IoT da Signify) permite aos usuários definir parâmetros de distância como por exemplo "um metro e oitenta".



O aplicativo Workspace existente no Interact Office será responsável pelas informações, fornecendo atualizações em tempo real aos telefones dos funcionários nos escritórios que assim, podem ver quais zonas evitar e quais ainda possuem níveis aceitáveis de aproximação.



O Interact usa a infraestrutura de iluminação existente no escritório por exemplo para montar sensores e chips de comunicação dentro ou ao longo das luminárias LED, coletando os dados e enviando-os para análise/uso via comunicação sem fio através da luz visível (VLC), onde a transmissão dos bits e bytes se dá por modulações de frequências destas luzes em Led ou também, por frequências de rádio como Bluetooth ou protocolo Zigbee.



O Interact pode ainda usar o Power over Ethernet (PoE), uma tecnologia com fio que transmite eletricidade e dados no mesmo cabo para as luminárias em Led. A Signify esclarece que o Interact Office é voltado para escritórios comerciais, como os escritórios da Atea em Stavanger, Noruega e os escritórios Grenzach-Wyhlen, Alemanha - da Roche Pharmaceuticals.



Imagens: Projeto Codlux® para GERDAU

No início deste ano, em meio ao surto de coronavírus a Signify também introduziu um módulo snap-in do tamanho de uma caixa de fósforos para as luminárias de escritório com sistema Interact para ajudar a monitorar dados relacionados à saúde como temperatura, umidade e ruído locais nos ambientes corporativos. Também recentemente a empresa introduziu em sua linha de luminárias inteligentes para escritórios, uma combinação de clarabóia artificial e sistema de iluminação circadiana. Ainda assim, a incerteza envolve o futuro geral da iluminação comercial de escritórios pois, o trabalho doméstico remoto que redefiniu as práticas durante a pandemia pode firmar-se agora como o "novo normal".
Jes Staley, CEO do Barclays Bank, observou no final de Abril de 2020 que:

"A noção de colocar 7.000 pessoas em um prédio pode ser uma coisa do passado".


Os locais de trabalho de amanhã serão em edifícios inteligentes, que requerem instalações mais flexíveis e conectadas. Foi pensando nisso que se criou a Fagerhult X Sony, uma colaboração inteligente entre as duas empresas para os sistemas de controle de iluminação sem fio Organic Response da Fagerhult e, o sistema de navegação da Sony para grandes escritórios, o Nimway. As duas soluções, já estão bem estabelecidas no mercado para ambientes modernos e sustentáveis. Por meio desta iniciativa colaborativa agora, estas duas empresas trabalharão juntas em melhores visões gerais e controles de fluxos de edifícios maiores, com benefícios diretos para o ambiente de trabalho dos seus funcionários. Os sistemas serão integrados usando tecnologia de rádio comum, oferecendo ferramentas para formas de trabalho mais eficientes e dinâmicas. 



O Nimway da Sony usa tecnologia de posicionamento por Bluetooth e sensores sem fio que, integrados às luminárias da Fagerhult, ajudam no posicionamento via aplicativo em seus dispositivos inteligentes: os funcionários podem então navegar pelas instalações locais, reservar salas ou, encontrar equipes, simplificando a vida cotidiana e criando melhor clima de trabalho entre os funcionários. 



Os escritórios do futuro tendem ser ainda mais adaptáveis ​​do que hoje, especialmente depois da transformação digital que a pandemia do coronavírus trouxe para muitas empresas. Em escritórios baseados em atividades sem locais de trabalho permanentes, os funcionários agora podem localizar seus colegas para ver se eles estão no escritório ou em Home Office. E aqueles que não querem ser incomodados por esta geolocalização, podem ocultá-la nas configurações do seu celular. Os dados são armazenados apenas pelo tempo mínimo necessário para que as pessoas se encontrem - ou seja, cerca de 60 segundos. Leis de proteção de dados são naturalmente observados nestes locais. O Organic Response também oferecerá a capacidade de conectar instalações de iluminação baseadas na nuvem, permitindo mais alternativas de integração para aqueles projetos que desejem se beneficiar de uma customização adicional. A colaboração Fagerhult X Sony já está disponível na Suécia, Noruega, Estônia, Polônia, Reino Unido, França, Espanha, Irlanda, Bélgica e Holanda. 

O HOME OFFICE



Desde o início de Fevereiro, milhões chineses passaram a trabalhar em casa. Nos Estados Unidos, também funcionários da Amazon, Facebook, Google e Microsoft não puseram os pés nas sedes físicas das empresas da cidade de Seattle. Ao longo do mês de fevereiro, setenta e sete empresas públicas nos Estados Unidos mencionaram a opção “trabalhar em casa”, enquanto que em janeiro eram apenas cinco. O recorde histórico para esta situação era de onze empresas em um mesmo mês, fato ocorrido em 2018 devido às catástrofes naturais que atingiram o país naquele período. O coronavírus provocou agora um aumento considerável dos funcionários que trabalham em casa, mas está longe de ser o principal motivo pelo qual as pessoas o fazem. O número de funcionários que trabalham regularmente em casa nos Estados Unidos aumentou 173% desde 2005 e atualmente, está na casa dos 4,7 milhões de trabalhadores - ou seja, 3,4% da força de trabalho do país. Nos países da União Européia, a porcentagem de trabalhadores remotos em 2017 era de 5% do total, com a Holanda em primeiro lugar com 13,7%, seguida de Luxemburgo com 12,7% e a Finlândia com 12,3%. A COVID-19 fez com que muitas pessoas repensassem a sua relação com o trabalho. Enquanto as empresas estão voltando lentamente aos seus escritórios (agora completamente readaptados), funcionários ainda querem continuar trabalhando pelo menos parte da semana em suas casas. E os que estão fora do mercado de trabalho como no Brasil por exemplo mas também desejem aderir hoje ao home office, tem motivos neste mês de Setembro de 2020 para comemorar. Vagas estão surgindo em empresas como: 
-Cognizant, QuintoAndar, Ambev Tech, C&A, Sinqia, Banco Pan, Banco Safra, Dasa, Listo, CESAR, Agibank, MadeiraMadeira, dti digital, Contabilizei, PagueVeloz, Locaweb, Lalamove, Pipo Saúde 

São mais de 930 vagas em Setembro de 2020 com possibilidade de home office. Só na Cognizant por exemplo, são 300 vagas. 



As empresas terão que dar mais liberdade a estes novos recrutados remotos, onde esta força de trabalho poderá então estar espalhada/redirecionada por diferentes regiões.
Os escritórios domésticos também são agora:
-locais sociais virtuais,
-academias
-estúdios de ioga
-refeitórios


O conceito "estar no trabalho" mudou e os proprietários comerciais terão de se adaptar, focando mais na saúde e no bem-estar dos ocupantes.

Como montar um home office


Está ou pretende ficar em trabalho remoto? Saiba logo abaixo como montar um home office confortável e funcional para as horas em que estiver trabalhando ou estudando. 

Mesa
A mesa será um dos primeiros itens que você irá pensar no home office. As dicas para escolher uma boa mesa são:
- optar por uma que seja mais larga para que o monitor e a CPU fiquem com no mínimo um braço de distância das bordas. Mesas maiores evitam você de colocar o PC no chão, o que acarreta acumulo de pó que prejudica as placas e circuitos do equipamento tipo torre, que não seja um notebook
- a mesa tem que possibilitar ao mouse e ao teclado ficarem na mesma altura
- a mesa não deve ser nem muito alta e nem muito baixa, pois é importante que o monitor fique na linha horizontal de sua visão, trazendo conforto sem fadiga ao nervo ocular
- descarte o quanto puder tampões de vidro, para a sua segurança



A imagem acima demonstra um modelo de mesa criado pelo escritório de design Bartenbach e, sua solução foi premiada em Setembro pelo LpS Digital Awards 2020. Veja mais detalhes AQUI.

- opte por modelos de tampão maciços e não muito finos, para o caso de adaptar uma luminária em led do tipo "piranha" em sua borda ou outros acessórios do tipo
- gavetas são ouro em uma mesa para home office pois livram o tapão da bagunça
- evite tampões muito brilhantes, que refletem a Luz circundante ou do monitor em seus olhos e causam ofuscamento, atrapalhando o trabalho e estudo
- modelos de mesa que já incluam réguas (extensões elétricas) e adaptadores USB poupam você de fazer malabarismos para conectar periféricos, evitando também o mau jeito.




Cadeira
A escolha da cadeira exige cuidados especiais e é preciso ir muito além do design. Não é raro acontecer acidentes perigosos com cadeiras baratas vendidas na internet (como ocorreu comigo por exemplo!). Por isso:
- escolha um modelo ergonômico e bem confortável, com encosto e altura reguláveis
- opte se possível do tipo que acompanha apoio para os braços
- cadeira estofada é mais confortável e menos danosa a musculatura
- NUNCA compre uma cadeira sem rodinhas! Por experiência própria, será a pior compra da sua vida! Rodinhas fazem tanta falta a uma cadeira para home office quanto o chocolate no brigadeiro, acredite.


Arquivamento
Se a sua mesa não tiver gavetas ou, se elas ficarem cheias com facilidade, é hora de pensar um armário próximo a ela. Não é necessário ter um armário muito grande. Modelos de parede também ajudam, desde que não sejam fixados muito alto e tenham uma boa profundidade.

Luz
A iluminação em Led é algo essencial no home office, principalmente se o espaço não contar com a Luz natural vinda de uma janela. Aqui as dicas são:
- a iluminação artificial difusa e indireta (aquela que não ofusca a vista e ilumina o ambiente por igual) pode também ser reforçada por uma iluminação direta, onde o foco ficará sobre a sua mesa de trabalho
- luminárias em Led do tipo pendente são a melhor opção nesses casos, pois não ocupam o espaço precioso no tampão da mesa.
- caso não seja possível instalar um pendente, luminárias com garra tipo "piranha" e de haste flexível são melhores que um abajur
- também existem no mercado, barras de Led específicas para por em cima de monitores, que projetam a luz no tampo da mesa sem causar ofuscamento ao usuário
- evite usar Luz amarelada 3000K no home office. Use Luz em Led na temperatura de cor entre 4000K e 6000K, que proporcionam maior nível de concentração e absorção do conhecimento e raciocínio pois, são as que mais se aproximam da luz do Sol, responsável por organizar o nosso ritmo circadiano (sensação/percepção do dia e da noite) para as tarefas diárias
- não use luzes coloridas (RGB) pois, mesmo que você não sinta, elas acabam sempre tirando um pouco da nossa atenção
- Luz em Led não esquenta o ambiente, o que o deixa mais fresco e confortável. Não use uma luz vinda de lâmpadas incandescentes ou halógenas, que podem chegar a mais de 80ºC e o farão pingar de calor


Decoração
Bem, você está em casa trabalhando remotamente mas nem por isso, a percepção de estar a serviço de sua empresa e com uma carga horária definida deve ser abandonada. Agora, você pode sim dar mais leveza a sua nova estação de trabalho. Mas sem exageros que o disperse da verdadeira razão de você estar lá: a produzindo. Então:
- colocar um toque de natureza na decoração do home office deixa a rotina mais prazerosa, agradável e até diminui o estresse
- invista em vasinhos de plantas para levar um pouco da natureza ao seu ambiente de trabalho
- evite como faria no escritório da empresa (pelo menos nas horas de trabalho em casa) coisas "barulhentinhas" como rádios, caixinhas de som, tvs ligadas, notificações constantes de apps desnecessários, interfone não autorizado, janelas próximas a rua, ventiladores que vibram muito etc. Sua boa concentração também precisa de um pouco de silêncio.


Ventilação
É importantíssimo um ambiente limpo e arejado nas horas que você estiver em home office. Então:
- verifique a limpeza e regulagem correta do ar condicionado
- tenha um ventilador não muito barulhento a disposição
- umidificadores para dias secos ajudam na ventilação e bem estar no home office
- não use aquecedores elétricos em dias frios pois eles retiram a boa umidade no home office conforme o esquenta


Alimentação
Saco vazio não para em pé: 
- hidrate-se sempre: tenha a mão água fresca o suficiente no home office
- cumpra sempre o eu horário normal de almoço, mesmo estando em home office. Isto pode parecer bobagem mas, além de ser o correto em vários aspectos, é ainda um excelente exercício para ajudá-lo a disciplinar-se quanto a outros pontos/regrinhas do trabalho remoto!
- não almoce em frente ao computador, tablet ou celular! Pare, alimente-se adequadamente na copa ou living (ei, você esta em casa meu bem!) e só depois de 20 minutos de descanso volte ao home office.


Preocupando-se com a produtividade


Qual é a diferença entre produtividade e eficiência? Provavelmente a maior diferença entre os dois é que a produtividade se concentra na quantidade de trabalho produzida por um indivíduo, equipe ou empresa. A eficiência por outro lado, está mais preocupada com a qualidade do trabalho. Produtividade é desempenho, enquanto eficiência é quão bem você executa. A eficiência leva em conta os custos como matérias-primas - algo que nem sempre passa pelo radar da produtividade, uma medida bruta. Por outro lado, a eficiência é sempre mais refinada. Resumindo: uma é trabalhar duro enquanto a outra, é trabalhar de maneira bem mais inteligente.


Imagem: Projeto Codlux® para o gamer FELIPE NORONHA (Stoned Yoda)

Um estudo de 2011 descobriu que melhorar o ambiente físico de um escritório pode aumentar a nossa produtividade. Porque não aplicá-lo também no home office? Como:
-Investir em móveis ergonômicos
-Organizar o espaço de trabalho
-Considerar fatores como ruído, iluminação e temperatura 
-Ter pausas e tempos de inatividade
-Priorizar a saúde e bem-estar (dormir o suficiente, praticar atividades físicas, alimenta-se de maneira saudável e encontrar maneiras de aliviar o estresse e a ansiedade)
-Capacidade de trabalho (ver o que você pode fazer em um dia. Se você já estiver lotado, não aceite mais responsabilidades)
-Encontros (reuniões desnecessárias mesmo que online podem prejudicar seu tempo se não tiverem um real propósito)
-Ferramentas e Recursos (certifique-se de usar a tecnologia e materiais certos para o seu trabalho)
-Procrastinação (uma maneira de lutar contra ele, principalmente no conforto de nossos leres é criar prazos mais motivadores/desafiadores)
-Jornada de trabalho (estudos de Stanford já apontaram que a produtividade diminui depois de trabalhar 50 horas por semana e, por até 70 horas torna-se inútil. Concentre-se apenas nas prioridades do seu home office)
-Multitarefa (na teoria parece uma boa ideia mas, o cérebro humano não é capaz de realizar multitarefas. Na verdade, o 'abuso' pode reduzir a eficiência em até 40%. Faça apenas uma coisa de cada vez, mesmo no trabalho remoto)
-Tecnologia e dados (máquinas e equipamentos eficientes podem melhorar muito as linhas de montagem e outras tarefas tediosas)
-Posto de trabalho (um ambiente tóxico enclausurante e de difícil acesso põe a colaboração e a comunicação em risco. Isto vale também para o trabalho remoto)
-Objetivos e metas (saiba como gastar o seu tempo. Na noite anterior, planeje como você vai tirar o máximo proveito do das seguinte, definindo metas e objetivos realistas)
-Processos de mapas (o famoso flip chart, onde você simplesmente verá o que é necessário para então remover o que não é. No home office, uma pequena lousa branca também ajuda muito pois pode ser pendurada na parede e assim ocupar menos espaço)
-Listas de tarefas enxutas (apenas escreva de três a cinco tarefas mais importantes, urgentes e desafiadoras e, mais adiante, adicione-as ao seu calendário para que nada além delas ocupe esse pedaço de tempo)
-Distrações (desligue as notificações do smartphone e outros gadgets no trabalho profundo ou em uma reunião)
-Delegue (qualquer tarefa entediante não prioritária ou que possa ser concluída por outros, deve ser delegada, como forma inclusive de dar robustez a um plano de formação hierárquico)
-Ritmos Ultradianos (tudo que funciona em ciclos de 90 a 120 minutos. Não os ignore: programe seu trabalho em torno dos picos de produção) 

O risco dos equipamentos antigos e defasados


O estudo 2020 Global Network Insights da consultoria americana NTT descobriu que, à medida que as empresas movem aplicativos para a nuvem, este investimento supera os gastos em infraestrutura local, diminuindo então as atualizações dos aparelhos compartilhados por funcionários e também reduzindo o investimento na reestruturação da rede e infraestrutura de segurança local. Resultado: aumento expressivo de dispositivos obsoletos, que expõem estas redes desatualizadas a ameaças cibernéticas criminosas desnecessárias. O mesmo princípio vale para o home office: equipamentos outrora esquecidos, pouco usados ou comprometidos tem a mesma vulnerabilidade. O relatório se baseia em dados de mais de mil clientes e cobre mais de 800.000 dispositivos de rede, onde foi constatado que 37,5% dos equipamentos ainda ativos das organizações pesquisadas estavam obsoletos ou eram bem antigos - um grande aumento em relação a 2017, quando esse percentual era de apenas 6%. O surto da COVID-19 e o consequente aumento no consumo de banda larga estão sobrecarregando as redes, criando riscos iminentes segundo o estudo. Com o crescimento do home office, do acesso remoto e do consumo de mais serviços de voz e vídeo, a infraestrutura de rede e a segurança das organizações estão sob uma pressão significativa.

“Muitas empresas precisarão revisar suas estratégias de arquitetura de rede e segurança, operação e suporte, para gerenciar melhor o risco operacional”,  

diz o vice-presidente da NTT, Rob Lopez.



“Esse movimento é um reflexo direto do home office”,


explica Fabio Assolini, pesquisador de segurança sênior da empresa de segurança cibernética Kaspersky.

“Os criminosos sabem que empresas e pessoas estão mais vulneráveis e tendo acesso a redes corporativas a partir de dispositivos potencialmente desprotegidos. Isso aumenta o risco”.

Para Assolini, a movimentação rápida da pandemia e os decretos súbitos de fechamento assinados por governos federais e estaduais levaram muitas empresas a terem de agir rapidamente na dispensa de funcionários. As medidas de segurança entretanto, não caminharam na mesma velocidade, o que pode acabar levando a brechas e problemas de proteção de dados e dispositivos. O resultado do isolamento social aplicado nas cidades brasileiras foi a entrega rápida de aparelhos a funcionários ou então, liberação das redes internas para acesso remoto, com trabalhadores usando suas próprias máquinas para o expediente virtual.

“Esses dispositivos não estão mais sob o controle dos departamentos de TI e por isso podem acabar sendo vetores para ataques”, explica o especialista.

Assolini aponta ainda o fato de que muita gente não ter conhecimento necessário para cuidar da própria segurança cibernética ou simplesmente não se importa com isso. O resultado é o acesso a partir de redes desprotegidas ou roteadores mal configurados, a falta de atualização de sistemas operacionais ou a ausência de softwares de segurança, como antivírus ou malwares. Em todos os casos, são portas abertas para a entrada de malwares ou a aplicação de golpes. Uma das principais prevenções indicadas pelo pesquisador é o uso de VPNs no home office para acesso aos recursos da empresa para garantir que os dados não sejam interceptados por criminosos. Assolini recomenda também a aplicação de autenticação em dois fatores para acesso a estas redes. A dica fundamental para os PCs e smartphones usados no escritório também vale aqui: o departamento de TI deve ser o responsável pelas políticas de atualização e aplicação de patches de segurança. No caso do home office, isso também pode ser feito a distância e os aparelhos em questão, não devem permitir a instalação de softwares ou soluções pelas mãos do próprio usuário. A medida, inclusive, vale também para os smartphones, que devem estar sempre protegidos com senha e sem aplicativos não autorizados. Para computadores levados para casa, o pesquisador também recomenda usar controles para a transferência de arquivos via USB e a realização de programas educacionais ou Webinar (seminário online em vídeo gravado ou ao vivo que geralmente permite interação dos participantes via chat) para que os funcionários entendam as necessidades de segurança das companhias.

“No home office, é comum que dados pessoais e de trabalho se misturem, enquanto as distrações são maiores. É nesse tipo de deslize que os golpes se apoiam”, adiciona Assolini.

Ring Lights: saindo da 'ostentação' direto para a produtividade!


Amadas por jovens influenciadores e Youtubers, as famosas Ring Lights agora também estão sendo adquiridas por funcionários que trabalham em casa para chamadas de video no Zoom ou chats de outros aplicativos de mensagens. O 'anel de luz' é adorado por aspirantes a criadores de conteúdo, como os usuários do TikTok, devido ao equipamento lançar neles um brilho sedutor e uniforme em seus rostos. Agora, estas luzes vindas das Ring Lights estão tendo um interesse generalizado nas comunicações de trabalho para as casas mal iluminadas durante a pandemia do coronavírus.


Imagem: Projeto Codlux® para APARTAMENTO NO BUTANTÃ - em destaque a Ring Light Codlux®.

O uso de softwares de videoconferência cresceu muito nos últimos meses e os funcionários agora se encontram em situações com as quais os criadores on-line já têm lidado bem há anos: estar de maneira adequada na frente da câmera, no conforto de suas casas. Os pedidos de bloqueio das atividades em escritórios coincidiram com um aumento recente no interesse a Ring Lights, especialmente nos EUA, onde o trabalho em casa para funcionários não essenciais está em curso desde o início de Março. Os usuários do Twitter têm compartilhado com os seguidores suas compras recentes de Ring Lights para aulas, reuniões de trabalho e até happy hours virtuais que ocorram nos aplicativos Zoom e FaceTime.

As Ring Lights oferecem os benefícios de um estúdio fotográfico profissional sem custos exorbitantes, projetando luz difusa no rosto e não ofuscante aos olhos, sem sombras enquanto você estiver em frente a câmera. Ring Lights podem custar na Amazon entre US$ 60 (R$322,51 em cotação do dia 01/09/20) e US$ 150 (R$806,00 em cotação do dia 01/09/20) dependendo a potência do Led ou das configurações mais avançadas. Muitas delas vêm com tripé e suporte para segurar o telefone ou câmera. As Ring Lights têm sido ao londo dos últimos anos, vitais para tutoriais de maquiagem e vloggers de beleza.


Imagem: Ring Light (versão com suporte para celular) e Refletor URSA Light da Codlux®. Anel de Luz LED para uso interno e Projetor de Luz LED para uso externo (IP65-66) 

Comuns também para os jovens que estão começando no YouTube e TikTok, elas podem ainda contar com recursos de ajuste de aparência para suavização de pele. Tudo isso aliado ao home office é uma grande ajuda na apresentação profissional das equipes virtualizadas pelas empresas em tempos de coronavírus. Quais as vantagens de uma Ring Light no home office, como a da Codlux®? 

- Não emite raios UV/UV-C (ultravioleta), nocivos a saúde 
- Luz em LED 'fria', não esquenta o ambiente e evita que seu rosto sue diante da câmera 
- Luz em LED potente com baixíssimo consumo de energia 
(20W/hora) e difusa (amplamente aberta, espalhada), que alcança maior área no ambiente 
Lâmpada LED produzida em policarbonato de alta resistência: não quebra com tombos ou quedas acidentais 
- Temperatura de cor em 3000K (branca quente) que não desbota o tom da pele/maquiagem ou cor da roupa e decoração ambiente 
- Tripé leve e telescópico que eleva a Lâmpada LED em até 2,8 metros de altura 
- Cabo de força PP reforçado com 2,5 metros de comprimento 
- Lâmpada LED 'destacável' do tripé via parafusamento (maior segurança) para depois, ser manuseada como um auxílio na iluminação local por outra pessoa, sem risco de queimaduras nas mãos 
- Opção de suporte para celular 
- Bivolt automático (110-220v) com conexão rápida na Lâmpada LED
 
- 1 Ano de Garantia 

Quem é contra o home? 


Para o CEO da gigante das viagens Trivago, o trabalho totalmente remoto está fadado ao fracasso. A empresa alemã de comparação de viagens (quase US $ 1 bilhão em receita em 2019) lançará um modelo de local de trabalho "híbrido" onde os funcionários vão ao escritório apenas uma vez por mês, diz o CEO Axel Hefer. Ele acrescenta que Twitter e Facebook, que adotaram totalmente o trabalho remoto meses antes, entenderam tudo errado:

"... As reuniões remotas têm muitas limitações... a última vez que as empresas tentaram na última grande onda de 'OK, vamos fazer trabalho remoto', a maioria desses conceitos falharam".


O modelo contrasta com os das grandes empresas de tecnologia, que adotaram o trabalho doméstico de longo prazo durante a pandemia. Em maio, o Twitter anunciou que a equipe poderia trabalhar em casa para sempre, mesmo após o fim dos bloqueios por coronavírus. O Google disse que a equipe pode ficar longe do escritório até o verão de 2021 e, o Facebook, previu que metade de sua força de trabalho pode estar remota até 2030. E mesmo empresas mais tradicionais como a Allianz - empresa alemã de serviços financeiros - adiaram o retorno aos escritórios. O CEO da Trivago também acredita que embora o trabalho remoto seja bom para a maioria das situações, as reuniões que exigem criatividade ou onde grandes decisões a serem tomadas, são melhor realizadas presencialmente.

"É por isso que estou sempre rindo quando leio que o Facebook faz isso, o Twitter faz aquilo e a Allianz faz aquilo. Como você equilibra um e outro? Para ser honesto, acho que ninguém sabe!"

Axel Hefer sabe qual é sua posição no debate. Os funcionários da Trivago serão incentivados a voltar ao campus da empresa uma ou duas semanas por mês a partir deste mês de Setembro - um "retorno ao lar do escritório", disse ele, que lhes permitirá ver os colegas pessoalmente. Por enquanto, eles permanecerão opcionalmente disponíveis. A Trivago emprega mais de 1.000 pessoas em seu escritório em Düsseldorf. 

Como as reuniões remotas se comportam? Durante a pandemia de COVID-19, o Zoom e outras ferramentas de videoconferência se tornaram o meio de comunicação padrão para muitas pessoas e empresas. Mas essas ferramentas nem sempre podem replicar reuniões presenciais: estudos realizados após a crise financeira de 2008, onde as empresas tiveram que economizar dinheiro em viagens de negócios e foram forçadas a usar videoconferências como alternativa, sugeriram que as videochamadas podem ser menos eficazes em certas situações. Em 2009 a Forbes Insights entrevistou mais de 760 executivos de negócios sobre suas preferências de reunião:
-82% disseram que reuniões presenciais são melhores para a tomada de decisões e
-86% disseram que reuniões pessoais são melhores para engajamento.

Em entrevista à BBC em Abril, Gianpiero Petriglieri, professor associado da escola de negócios Insead, disse que:

"...As reuniões virtuais são mais estressantes porque os participantes têm consciência de seu comportamento diante de uma câmera. Eles também se distraem olhando para o próprio rosto".


Já outra gigante da tecnologia, a Netflix, manterá home office até a vacinação de seus funcionários. O CEO da empresa, Reed Hastings, declarou no início deste mês ao The Wall Street Journal que:

"...Os funcionários somente voltarão aos escritórios da empresa depois que a maioria deles já estiver vacinada. Até que isso aconteça, a empresa seguirá no regime de home office... o trabalho remoto apresentou apenas pontos negativos para nossa plataforma de streaming, sobretudo quando se trata de contratos ou reuniões internacionais... as atividades empresariais vão retornar à normalidade o quanto antes possível - cerca de 6 meses após a aprovação da vacina... acreditamos que grande parte dos funcionários já estarão protegidos contra a Covid-19 e poderão trabalhar com segurança."  


A afirmação vai na contramão de outras empresas de grande porte que, mesmo após a pandemia, pretendem manter o home office em suas rotinas. Empresas como Facebook e Google reavaliaram o seu home office e também assumiram agora posturas semelhantes, estabelecendo Julho de 2021 como o mês final para as atividades remotas. A Amazon e a Microsoft por outro lado, possuem prazos menos rígidos: ambas vão manter o home office pelo menos até Janeiro do próximo ano.

Quem é a favor do home?


Uma pesquisa da Harvard Business School descobriu que a produtividade de uma reunião depende de como ela é conduzida, ao invés de ser ou não virtual. Quase 90% dos participantes do estudo relataram engajamento "tão alto ou mais alto" nas reuniões virtuais do que nas presenciais, depois que os líderes mudaram sua abordagem e fizeram o grupo participar mais ativamente das discussões.

“A vida não vai voltar, tudo vai ser diferente. [A pandemia] convidou as pessoas a pensarem no futuro que elas imaginam que seja possível. Então, se nada será como antes, como será o mundo? Como será o mundo que eu quero?”,


questiona Rodrigo Silveira, diretor de inovação da agência de publicidade ID/TBWA.

A crise do coronavírus foi tão impactante que um 'mero' vírus conseguiu levar todo o mundo para outra dimensão: o online, o imediato e o 'sem barreira'. Silveira foi um dos milhares de brasileiros que tiveram sua rotina alterada. Em home office, decidiu que era hora de tentar algo novo, viver perto da natureza: largou o conforto e a comodidade da Zona Oeste de São Paulo para morar no meio do mato em Florianópolis - mudança que só foi possível porque a empresa digitalizou todos os processos de trabalho. Foi assim com boa parte das pequenas e médias empresas no Brasil. Sete em cada dez passaram adotar o home office durante a pandemia. Economizaram com luz, aluguel e outros gastos e, de quebra, motivaram parte dos trabalhadores.

Um terço daqueles que estão em casa trabalhando gostaria de se manter assim para sempre, mostram dados divulgados pela Capterra e Gartner. Segundo a empresa, a digitalização do trabalho sempre foi uma discussão não prioritária e que, na cabeça de muitos executivos, seria algo viável apenas no futuro. A pandemia obrigou a revisão deste assunto graças à tecnologia que já estava disponível, fazendo cada vez mais os profissionais trabalharem de onde bem entenderem.

“O home office veio pra ficar, na verdade ele já estava a caminho de ficar, só que enfrentava barreiras culturais, que eram muito relevantes. As empresas tinham resistência por ter mais dificuldade de controlar parte da sua produção, e algumas pessoas tinham resistência sobre se sentiriam parte do time, ou por medo de que esse afastamento acabasse significando uma demissão”, afirma o professor André Miceli da FGV-RJ


Em entrevista a CNN Brasil em 18 de Setembro d e2020, Max Gehringer - experiente administrador de grandes empresas no Brasil com enorme conhecimento sobre o mundo corporativo nacional - diz achar um pouco 'chover no molhado' o home office e readaptação das empresas na pendemia. Hoje, ele dedica-se à escrita e a palestras no país e é considerado um dos 10 Top Voices Influencers de 2019 do LinkedIn Brasil.  

"Não acredito em mudanças radicais no mundo corporativo pois algumas das situações que ganharam destaque durante o período de isolamento social já faziam parte do cotidiano de algumas empresas: o 'novo normal' vem ocorrendo há 20 anos. Trabalho remoto não é de agora, é uma coisa antiga, a pandemia só fez com que aumentasse a conectividade das empresas à distância... e 'Plano de Carreira' é algo que acabou há 10 anos. A meritocracia prevalece. Porém não é todo mundo que pode de uma hora para outra trabalhar em casa com crianças, cachorro, vizinho, barulho e outras interrupções constantes. É preciso criar um clima, um ambiente de trabalho para depois ver se a pessoa está apta ao trabalho remoto. Existe a impressão que por causa da pandemia tudo mudou, mas muitas pessoas ouviram falar de trabalho remoto pela primeira vez só este ano".


Clique na imagem para assistir as dicas de carreira de 
Max Gehringer  

"Deve haver hoje no Brasil entre 7 a 8 milhões de pessoas fazendo trabalho remoto. Sempre depois das grandes crises, onde adaptações são forçadas no momento em que nós nos recuperamos, o maior desejo das pessoas nestes momentos críticos é que 'tudo volte ao que era antes'. Em seis meses pós período agudo da pandemia, todos se darão conta de que quase nada mudou. Eu não acredito em mudanças radicais mas, vejo que o trabalho remoto, o home office, vai continuar assim como o delivery, as aulas remotas. Coisas novas vindas de ideias velhas. Como a palavrinha da moda hoje, a 'Sustentabilidade', que apareceu pela primeira vez no mundo em 1874. Um termo de 150 anos e que todo mundo agora acha que é novidade." 


No final, só o tempo (e sempre ele) dirá quem está mesmo com a razão - se o escritório ou o home. E de todo modo, seja no retorno ao office ou permanecendo em trabalho remoto, acreditamos mesmo que 10 anos avançaram em 1 com o turbilhão de mudanças ocorridas nos últimos 6 meses para os trabalhadores e as corporações. E, pelo menos teoricamente, a maneira como os seus espaços deverão ser iluminados na questão específica da Função da Luz no ser humano e seu posto produtivo, isso pouquíssimo mudará. Apenas virão adaptações/melhorias tecnológicas para os mesmos fins, como: 
-pesquisa, 
-estudo, 
-criação, 
-produção, 
-administração, 
-exposição. 

Polêmica no lighting: "Estamos fazendo tudo errado!"


Mas, para botar mais lenha ainda nesta fogueira, o site Lux Review postou em 8 de Setembro um artigo que traz 'posições intrigantes' de quatro dos maiores especialistas do mundo em Light Design: a iluminação para edifícios está totalmente errada! 
Os cientistas Christopher Cuttle (com conteúdo já postado AQUI no Blog) da Nova Zelândia, Peter Boyce e Peter Raynham do Reino Unido e Kevin Kelly da Irlanda - querem que eliminemos os padrões, orientações e procedimentos atuais e recomecemos tudo do zero. Eles dizem que

"...Precisamos parar de projetar a iluminação e fornecer uma iluminância uniforme, especificada em um plano de trabalho horizontal para começar a dar prioridade à iluminação do espaço em vez de apenas focar na tarefa visual'.

Imagem: os especialistas em iluminação Kevin Kelly, Christopher Cuttle, Peter Boyce e Peter Raynham 

A prática atual está desatualizada, muito antiga eles acreditam pois, ela se baseia em funcionários de escritório que ainda usam principalmente papel e não telas de computador e smartphones ou tablets. Além disso, menos funcionários precisam de luz para ver todos os detalhes do local de trabalho.

"... isso significa que muita iluminação é projetada para atender a necessidades que simplesmente, não existem mais", provoca o grupo.

O quarteto também destacou que agora, sabemos muito mais sobre a iluminação centrada no ser humano, sobre a conexão entre a luz e nossa saúde e bem-estar. Mas isso ainda não está sendo especificado nas diretrizes e padrões atuais.

“A menos que a iluminação se liberte das cadeias de iluminância no plano de trabalho horizontal, existe o risco dela ser vista como uma mercadoria simples, um tipo de commodities onde a inovação e a criatividade são limitadas e o preço, é tudo... esta nova visão proposta por nós não é nada atraente  para a indústria de iluminação. O presente entendimento de eficiência pode ser literalmente virado de cabeça para baixo - e precisará de mais investigação"

endossam os especialistas como Christopher Cuttle. 

Em vez desta 'abordagem antiquada', o grupo quer passar para uma 'iluminância ambiente mínima', com mais iluminação indireta no volume total de um espaço e menos exageros e desperdício - algo que pode perfeitamente sincronizar hoje com as novas práticas impostas pela pandemia para os espaços humanos nos escritórios, onde o design em plano aberto corre o risco de não fazer mais o menor sentido.

"A iluminação ambiente é uma iluminação verdadeiramente centrada no ser humano", afirmam os especialistas no manifesto publicado na edição mais atual da Light Lines , jornal da Society of Light and Lighting. Eles chamam o novo método de procedimento de Objetivos de Design de Iluminação, ou LiDOs. E solicitam pesquisas para estabelecer os níveis de luz corretos para um novo padrão de iluminação ambiente e consequente fabricação novos medidores para mensuração.

Como na visão do grupo os órgãos atuais que elaboram as normas e orientações para a iluminação de ambientes são "conservadores" demais, as futuras novas abordagens poderiam ser usadas simultaneamente as ainda "convencionais" num período de transição, podendo então os profissionais de iluminação e clientes finais escolherem a especificação que preferirem. Os cientistas concluíram que há um longo caminho a percorrer antes que uma mudança drástica na iluminação de áreas de trabalho possa ser justificadamente realizada. No entanto, isso pode nunca acontecer se os envolvidos no processo não abrirem os olhos para as oportunidades em melhorar a iluminação de ambientes.

Os sinais da recuperação 


A prova de que o setor de eletro-eletrônicos e alta tecnologia impulsionarão com vigor estas mudanças no ambiente de trabalho corporativo e remoto foi o aumento observado no número de vagas que a indústria abriu para setor em Julho de 2020:  4.500, chegando ao total de 232.600 postos de trabalho ativos no ápice da pandemia (informação da Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), o que manifesta também um otimismo na recuperação econômica do país: 

“O pior já passou... os indicadores do setor vêm tendo crescimento consistente. Abril e Maio foram os dois piores meses para a indústria, que além da queda nas vendas enfrentou problemas de abastecimento dos insumos que são importados principalmente da China... o número de profissionais em atividade em Julho ainda era inferior ao registrado no mesmo mês de 2019 (237.200) e também mais baixo que no final do ano (234.500). No entanto, estamos otimistas porque a recuperação está ocorrendo mesmo com o comércio ainda sem operar em horário integral e com os consumidores receosos... acreditamos que em mais 60 dias recuperaremos os níveis de emprego anteriores à pandemia... o número de contratações em Julho (9.300) foi maior que o do mês anterior (6.000), enquanto o número de dispensas manteve-se praticamente o mesmo",  


comenta o presidente da Abinee, Humberto Barbato. 







Imagens: Projeto Codlux® para GERDAU - Cabines Individuais de Meeting preparadas para o retorno dos funcionários.

O Sol nasce e se põe todos os dias, ditando o comportamento dos seres vivos no planeta. E assim continuará esperamos, por milênios. Mas quando um vírus muda radicalmente tudo para apenas uma espécie - no caso aqui a humana - afetando o seu comportamento (sociedade e economia), mudanças rápidas são mais que necessárias. E isto parece ser só o começo. Você e sua empresa estão preparados?


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Fontes: Science Direct, Business Insider, CNN Br, Business Tech, Lux Review, Canaltech, MSN, ArchDaily Br, CPE Tecnologia, GCN.com, Olhar Digital, Tecmundo, Gizmodo Brasil  

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