Olá! A pandemia do coronavírus está deixando empresas de Led do mundo todo em polvorosa, atrás de soluções "mágicas" que, ao mesmo tempo que lhes deem o protagonismo no desenvolvimento de novos produtos, também capitalizem rapidamente os seus caixas, devido a gigantesca queda nas vendas. Oportunismo? Irresponsabilidade?
Foi em 3 de Fevereiro que a Codlux® iniciou sua postagem a respeito do coronavírus, voltada principalmente para o mercado da iluminação em Led. Nela, atualizando diariamente os principais fatos relacionados ao que viria futuramente ser considerada uma pandemia, descrevemos as consequências da COVID-19 no mercado Led, os principais cuidados, os produtos em Led disponíveis e ainda, as perigosas incoerências e contradições no gerenciamento desta crise, como o uso de máscaras - antes condenado até pela OMS e hoje, uma realidade vital a todos! Agora, o mesmo está acontecendo com o Led UV-C. Em nossa postagem sobre o coronavírus, também alertamos sobre os perigos de se usar a Luz UV (seja ela em led ou não) diretamente em seres humanos para o combater a COVID-19. Cientistas e associações de diversas partes do mundo condenaram veementemente esta prática, nociva a saúde das pessoas. O uso da Luz UV ou UV-C para desinfectar água ou ambientes controlados, como as UTIs hospitalares por exemplo, não deve ser replicado da mesma forma no ambiente doméstico ou corporativo - os estudos ainda são muito inconsistentes para que se tenha uma margem segura em sua aplicação direta no corpo humano. Pois bem...
Eis que nos surge então o Portal Cleanse, um portão de entrada sanitizante que usa a luz UV como seu principal atrativo. Segundo a empresa criadora do equipamento, a Healthe Lighting,
"...seu sistema Far-UV-C usa uma faixa de radiação ultravioleta entre 200–230 nanômetros (nm) que penetra e inativa patógenos de superfície, como bactérias e vírus. Simplesmente entre no Cleanse Portal e faça uma curva lenta de 360 graus para uma dosagem de 20 segundos de Far-UV-C."
Este anúncio gerou uma enorme preocupação em alguns profissionais da iluminação de ambientes, com debates acalorados até no LinkedIn por exemplo (leia o pdf traduzido AQUI).
A empresa continua, afirmando que
"...os estudos * indicam que não há danos aos seres humanos devido a baixas doses contínuas de 222 nanômetros de luz UV-C... a fonte UV-C inativa efetivamente mais de 90% dos contaminantes, com base na intensidade e no breve tempo de exposição..."
E indica o uso do equipamento em locais como clínicas de saúde, hospitais, edifícios de consultórios médicos, comunidades de vida assistida, escolas (!), creches (!!), prisões e centros de transporte. Insiste também em afirmar que
"...estudos de segurança * mostraram que doses baixas contínuas de radiação UV-C distante não resultam em danos aos seres humanos. A luz UV-C distante não penetra na camada superior da pele ou na camada lacrimal do olho. A estrutura celular menor de vírus e bactérias permite que a luz UV-C distante penetre e cause danos."
As demais informações sobre o produto podem ser acessadas em www.healthelighting.com.
ATUALIZAÇÃO EM 29/07/20
Os terminais da americana ATM poderão contar logo logo com com a Luz em Led para desinfectá-los na retirada ou depósito de dinheiro. Para isso a Hyosung America, um fornecedor de caixas eletrônicos anunciou kits de desinfecção para seus produtos, minimizando assim as preocupações de segurança dos consumidores com o uso destes terminais eletrônicos.
A solução estará disponível a partir deste outono e conta com recursos de tela sensível ao toque, teclado antimicrobianos de íons de prata e "luzes de esterilização por LED azul violeta" onde, segundo a própria Hyosung, não serão utilizado raios UV prejudiciais as pessoas na exposição direta. Embora a especificação dos Leds a serem utilizados nestes kits não tenha sido divulgada, pode ser que eles sejam os Leds UV-C com comprimentos de onda de 222 nm, normalmente usados hoje em outras tantas soluções desinfectantes UV. A tecnologia de íons de prata no kit fornecerá uma taxa de redução microbiana de 99,9%. Já a luz germicida em Led (não especificada) desinfetará os pontos de contato nos caixas eletrônicos - e ficamos preocupados justamente com este ponto não esclarecido: luz UV (seja ela em led ou não) não é indicada em parte alguma do corpo, muito menos no dedo. Também, não ficou claro se esta luz desconhecida será acionada de modo permanente ou apenas quando o seu dedinho não for detectado no teclado/tela. Melhor então ficar de olho!
MARCHA À RÉ NA INDÚSTRIA:
buscando o lucro perdido com a pandemia, através da Luz UV convencional
O que está acontecendo na verdade agora, é uma verdadeira corrida louca atrás das incertas possibilidades do Led UV-C. Tanto que, logo após a Signify (Philips Iluminação) ter anunciado que produzirá lâmpadas UV-C tradicionais, a Osram informou este mês que também estará produzindo o produto - e, em ambas as marcas, serão postas a venda lâmpadas convencionais de mercúrio, que não utilizam a tecnologia LED. Embora a Osram não tenha ainda descartado a possibilidade de usar o Led no UV-C, ela informa que a sua lâmpada de mercúrio conta com 30 anos de mercado e que agora, ela está sendo aprimorada para a luta contra a COVID -19. A Osram fabrica os produtos de sua linha de lâmpadas UV "AirZing" em Kunshan, China, que tem capacidade de produção de 35.000 unidades ao mês. A Osram justificou a decisão de retomar a fabricação, apontando para um artigo da Associação Ultravioletas Internacional (IUVA), que afirma que a luz na banda UV-C, que não é visível e é definida pela entidade como algo entre 200 e 280 nm, "inativa" (mata) pelo menos dois outros tipos coronavírus que estão, comparativamente, bem próximos ao vírus da COVID-19:
1-) SARS-CoV-1 e
2-) MERS-CoV. ”
A IUVA lembra também que o recente estudo realizado pela Signify e a Universidade de Boston validando a eficácia das fontes de luz UV-C da empresa holandesa, aponta para "uma exceção importante dessa 'inatividade' do coronavírus na luz UV: o fato dela ter sido alcançada sob condições controladas em laboratório. A eficácia da luz UV, na prática, depende de fatores como o tempo de exposição e a capacidade da luz UV (convencional ou em Led) atingir os vírus na água e, não apenas em tarefas corriqueiras, fendas de materiais e superfícies estáveis". Alguns observadores questionaram também se, os resultados do laboratório, mostram a capacidade da luz UV poder penetrar efetivamente em uma gota que transporte o vírus na forma de aerossol (espirro, tosse, ar condicionado).
A iluminação UV-C é usada extensivamente contra patógenos humanos por mais de 40 anos, como na desinfecção de água potável, água residual, ar, produtos farmacêuticos e superfícies. Toda a luz ultravioleta é mais 'curta' que a luz visível. Duas bandas com comprimentos de onda mais longos que o UV-C (o UV-A, mais longo e mais próximo da luz visível e também o UV-B) podem ser usados contra bactérias, mas não contra absolutamente todos os causadores de vírus. E, a luz UV-C convencional é tão perigosa para a pele e olhos humanos que, por causa disso, a Osram equipou a sua linha de equipamentos UV "AirZing" com sensores que apagam a luz UV emitida assim que uma pessoa entra na sala.
A Osram alerta ainda que toda luz UV-C deve ser usada/manipulada apenas por pessoal altamente treinado! Sobre o uso da tecnologia Led na luz UV-C (que libertaria-nos dos danos maléficos do mercúrio), a empresa diz que "o custo e o desempenho do LED na luz UV-C ainda não está em equilíbrio com a produção em massa e/ou para todas as aplicações (leia-se aqui uso doméstico!)", contrariando uma visão oposta da Signify neste sentido. A Osram havia parado de fabricar os seus produtos de Luz UV-C convencionais há mais de 10 anos. O coronavírus - como muitas outras coisas em nossas vidas nestes 4 meses - surpreendentemente mudou isso. Mas, também trouxe outras boas novidades tecnológicas para o mercado do Led UV-C - a princípio, impensáveis num primeiro momento para alguns equipamentos, pela sua pura (outrora) falta de demanda. Como no caso do ar condicionado.
Em relação a estes aparelhos, já existem produtos a serem disponibilizados no mercado sem mercúrio e com a opção de Luz em Led UV-C, como os já publicados AQUI no Blog da Codlux®. Agora, também outra empresa especializada em tecnologia de Led UV-C, a coreana Seoul Viosys, anunciou uma nova aplicação Led UV-C para estes equipamentos. A Seoul Viosys, em parceria com a fabricante chinesa de ar condicionado Gree Electric Appliances, prepara-se para lançar uma nova série de produtos que adotam sua tecnologia Violeds para o Led UV-C. Os condicionadores de ar embutidos com Led UV-C fornecerão desinfecção na superfície do evaporador, bem como esterilização de quaisquer contaminantes (incluindo vários vírus e bactérias nocivos) que possam ser transportados pelo ar para dentro do equipamento, garantindo que o ar fresco e puro seja continuamente renovado onde ele estiver corretamente instalado.
A nível de comparação, os condicionadores de ar domésticos convencionais normalmente aspiram o ar externo para a unidade e o descarregam de volta, após o resfriamento e filtragem, onde então são novamente 'recirculados' continuamente. Essa recirculação do ar interno em equipamentos convencionais, pode causar um risco maior de infecção por transmissão de aerossol (gotículas) que contenham vírus. Em testes realizados pelo Instituto de Microbiologia de Guangzhou, na China, a Gree demonstrou que o seu novo ar condicionado Fresh Air com tecnologia Violeds tem desempenho para esterilizar 99,15% de vírus e bactérias locais; 98% de enterovírus como EV71 e H1N1 e; 99% das bactérias staphylococcus albus. Além disso, de acordo com os testes - realizados entre Abril e Maio de 2020 pela Universidade da Coréia - foi comprovado que a tecnologia Violeds esteriliza 99,9% do novo coronavírus em aproximadamente 30 segundos.
ATUALIZAÇÃO EM 25/07/20
A Signify Innovations India lançou este mês o seu Sistema de Desinfecção UV-C Philips no país, que pode ser usado em residências e escritórios. O equipamento vem em três tamanhos:
- opção de 10 litros que custa Rs 7.990 (R559,28 em cotação do dia 27/07/20),
O que está acontecendo na verdade agora, é uma verdadeira corrida louca atrás das incertas possibilidades do Led UV-C. Tanto que, logo após a Signify (Philips Iluminação) ter anunciado que produzirá lâmpadas UV-C tradicionais, a Osram informou este mês que também estará produzindo o produto - e, em ambas as marcas, serão postas a venda lâmpadas convencionais de mercúrio, que não utilizam a tecnologia LED. Embora a Osram não tenha ainda descartado a possibilidade de usar o Led no UV-C, ela informa que a sua lâmpada de mercúrio conta com 30 anos de mercado e que agora, ela está sendo aprimorada para a luta contra a COVID -19. A Osram fabrica os produtos de sua linha de lâmpadas UV "AirZing" em Kunshan, China, que tem capacidade de produção de 35.000 unidades ao mês. A Osram justificou a decisão de retomar a fabricação, apontando para um artigo da Associação Ultravioletas Internacional (IUVA), que afirma que a luz na banda UV-C, que não é visível e é definida pela entidade como algo entre 200 e 280 nm, "inativa" (mata) pelo menos dois outros tipos coronavírus que estão, comparativamente, bem próximos ao vírus da COVID-19:
1-) SARS-CoV-1 e
2-) MERS-CoV. ”
A IUVA lembra também que o recente estudo realizado pela Signify e a Universidade de Boston validando a eficácia das fontes de luz UV-C da empresa holandesa, aponta para "uma exceção importante dessa 'inatividade' do coronavírus na luz UV: o fato dela ter sido alcançada sob condições controladas em laboratório. A eficácia da luz UV, na prática, depende de fatores como o tempo de exposição e a capacidade da luz UV (convencional ou em Led) atingir os vírus na água e, não apenas em tarefas corriqueiras, fendas de materiais e superfícies estáveis". Alguns observadores questionaram também se, os resultados do laboratório, mostram a capacidade da luz UV poder penetrar efetivamente em uma gota que transporte o vírus na forma de aerossol (espirro, tosse, ar condicionado).
A iluminação UV-C é usada extensivamente contra patógenos humanos por mais de 40 anos, como na desinfecção de água potável, água residual, ar, produtos farmacêuticos e superfícies. Toda a luz ultravioleta é mais 'curta' que a luz visível. Duas bandas com comprimentos de onda mais longos que o UV-C (o UV-A, mais longo e mais próximo da luz visível e também o UV-B) podem ser usados contra bactérias, mas não contra absolutamente todos os causadores de vírus. E, a luz UV-C convencional é tão perigosa para a pele e olhos humanos que, por causa disso, a Osram equipou a sua linha de equipamentos UV "AirZing" com sensores que apagam a luz UV emitida assim que uma pessoa entra na sala.
A Osram alerta ainda que toda luz UV-C deve ser usada/manipulada apenas por pessoal altamente treinado! Sobre o uso da tecnologia Led na luz UV-C (que libertaria-nos dos danos maléficos do mercúrio), a empresa diz que "o custo e o desempenho do LED na luz UV-C ainda não está em equilíbrio com a produção em massa e/ou para todas as aplicações (leia-se aqui uso doméstico!)", contrariando uma visão oposta da Signify neste sentido. A Osram havia parado de fabricar os seus produtos de Luz UV-C convencionais há mais de 10 anos. O coronavírus - como muitas outras coisas em nossas vidas nestes 4 meses - surpreendentemente mudou isso. Mas, também trouxe outras boas novidades tecnológicas para o mercado do Led UV-C - a princípio, impensáveis num primeiro momento para alguns equipamentos, pela sua pura (outrora) falta de demanda. Como no caso do ar condicionado.
Em relação a estes aparelhos, já existem produtos a serem disponibilizados no mercado sem mercúrio e com a opção de Luz em Led UV-C, como os já publicados AQUI no Blog da Codlux®. Agora, também outra empresa especializada em tecnologia de Led UV-C, a coreana Seoul Viosys, anunciou uma nova aplicação Led UV-C para estes equipamentos. A Seoul Viosys, em parceria com a fabricante chinesa de ar condicionado Gree Electric Appliances, prepara-se para lançar uma nova série de produtos que adotam sua tecnologia Violeds para o Led UV-C. Os condicionadores de ar embutidos com Led UV-C fornecerão desinfecção na superfície do evaporador, bem como esterilização de quaisquer contaminantes (incluindo vários vírus e bactérias nocivos) que possam ser transportados pelo ar para dentro do equipamento, garantindo que o ar fresco e puro seja continuamente renovado onde ele estiver corretamente instalado.
A nível de comparação, os condicionadores de ar domésticos convencionais normalmente aspiram o ar externo para a unidade e o descarregam de volta, após o resfriamento e filtragem, onde então são novamente 'recirculados' continuamente. Essa recirculação do ar interno em equipamentos convencionais, pode causar um risco maior de infecção por transmissão de aerossol (gotículas) que contenham vírus. Em testes realizados pelo Instituto de Microbiologia de Guangzhou, na China, a Gree demonstrou que o seu novo ar condicionado Fresh Air com tecnologia Violeds tem desempenho para esterilizar 99,15% de vírus e bactérias locais; 98% de enterovírus como EV71 e H1N1 e; 99% das bactérias staphylococcus albus. Além disso, de acordo com os testes - realizados entre Abril e Maio de 2020 pela Universidade da Coréia - foi comprovado que a tecnologia Violeds esteriliza 99,9% do novo coronavírus em aproximadamente 30 segundos.
ATUALIZAÇÃO EM 25/07/20
A Signify Innovations India lançou este mês o seu Sistema de Desinfecção UV-C Philips no país, que pode ser usado em residências e escritórios. O equipamento vem em três tamanhos:
- opção de 10 litros que custa Rs 7.990 (R559,28 em cotação do dia 27/07/20),
- opção de 15 litros que custa Rs 9.990 (R699,28 em cotação do dia 27/07/20) ou,
- opção de 30 litros custa Rs 11.990 (R839,27 em cotação do dia 27/07/20).
Disponível futuramente em sites como a Amazon.in, promete sucesso por suas características:
- design parecido com um microondas
- instalação e operação 'plug and play'
- lâmpadas UV-C em ambos os lados do compartimento principal
- desligamento automático se a desinfecção for interrompida ou se a porta for aberta
- vidro temperado na porta da frente para observar por dentro
- corpo de aço inoxidável
- display de Led na frente do equipamento que informa detalhes da operação
- teclas timer predefinidas de 2 minutos, 5 minutos e 8 minutos com os botões Iniciar e Parar
É recomendável que, quando você estiver esterilizando itens menores como relógio de pulso, chaves ou óculos de sol por exemplo, uma exposição UV-C de dois minutos já basta. Para telefones, tablets, embalagens pequenas e itens de tamanho semelhante, use o sistema da Philips por três minutos. Existem predefinições para até 8 minutos, uma duração essencial para itens maiores ou mais densos, pacotes ou sacolas, por exemplo. Você pode até esterilizar legumes, frutas e utensílios de cozinha. Não há como testar a eficácia real do sistema de desinfecção UV-C da Philips apenas porque patógenos são algo que não podemos ver a olho nú. Para isso, teríamos de nos tornar cientistas e colocar em nossas mãos equipamentos e metodologias de testes realmente caras e complexas que fornecessem um valor exato. Mas o que é indiscutível é a capacidade comprovada a cada dia da Luz UV-C ser um método confiável em matar micro-organismos perigosos e, para que isso realmente aconteça, a qualidade destas lâmpadas importa e muito. Nesse sentido, a Philips tem mais de 35 anos de experiência na fabricação de produtos UV-C para uso doméstico e comercial. Talvez no fundo o equipamento seja mais um meio, uma comodidade em nos acostumarmos com a ideia de a partir de agora ter que esterilizar os nossos gadgets, acessórios e muitas coisas que tocamos o tempo todo e diariamente. E o coronavírus é o inimigo invisível que estamos lutando incansavelmente em nossas casas hoje.
ATUALIZAÇÃO EM 15/07/20
Outra solução neste sentido mas, voltada agora para os ventiladores vem da marca americana Haiku, que está lançando o Haiku UV-C, um ventilador de teto que como o próprio nome sugere, opera com Luz UV-C prometendo matar os patógenos nocivos presentes em ambientes.
A combinação de um poderoso sistema proprietário de movimento circulatório de ar com a tecnologia UV-C, alcançou em 10 minutos uma taxa de redução de 99,9% na suspensão microbiana, segundo os testes feitos pela empresa fabricante.
O ventilador direciona a Luz UV-C invisível para o teto, inativando os patógenos presentes no ar quanto eles passam por esta parte do equipamento, aumentando a circulação de ar através da 'zona de desinfecção' e limpando o espaço em questão de minutos. Quando ativado, Leds indicadores azuis do aparelho emitem um brilho suave, para que o usuário saiba que a operação de desinfecção está em andamento no Haiku UV-C. Um aplicativo móvel está disponível para ativar o dispositivo ou agendar rotinas regulares de desinfecção dos espaços, além da compatibilidade com sensores de automação SenseMe™, controles de voz por aplicativos móveis e um controle remoto incluso.
ATUALIZAÇÃO EM 13/07/20
Os cuidados para se isolar a Luz UV-C de nossa pele continuam a serem tomados pelos desenvolvedores de equipamentos dedicados, como no caso desta máscara que usa a Luz UV-C para filtrar o ar que respiramos, e promete eficiência total de proteção de 99,99%. A "Máscara UV", ou UV Mask produzida pela empresa japonesa UM System, é um projeto do site de financiamento coletivo Kickstarter, que arrecadou rapidamente mais de US$ 1 milhão na página do projeto, com previsão de retorno do investimento programado para ser entregue em outubro de 2020 aos participantes, que desembolsaram valores a partir de US$99. Ao contrário de uma máscara N95 convencional, ela não apenas captura microorganismos como também os neutraliza, quebrando os materiais genéticos do coronavírus em milissegundos. A UV Mask é fornecida com um sistema de filtragem dupla que oferece qualidade do ar mais limpa onde, no equipamento, um filtro N95 preliminar substituível bloqueia 95% de partículas como poeira, sujeira e detritos de até 0,3 mícrons. Os microorganismos menores que 0,3 mícrons entram então no UV-C Sterile Vortex, um filtro em forma de hélice que explode os microorganismos locais com uma luz UV-C para destruir 99,9% dos 5% restantes em seus DNAs.
Seu design usa uma combinação de filtro CE-FFP2 (padrão da UE igual ao N95) e dois poderosos Leds UV-C para esterilizar ativamente o ar que você respira e também expira, protegendo efetivamente as pessoas ao seu redor. A Máscara UV vem com um anel externo de silicone para criar uma vedação hermética confortável, garantindo proteção eficaz contra poluentes do ar. Os vários estilos de alça permitem proteger a máscara de UV em volta da cabeça ou até da orelha, com base no que melhor lhe convier. A máscara é fornecida com um invólucro externo removível que permite acessar e substituir o filtro após semanas de uso, enquanto a lâmpada UV-C tem uma vida útil de 10.000 horas, e a bateria interna da máscara funciona por 6 horas com uma carga completa. As entradas de ar laterais também impedem que a saliva se espalhe para fora ou por dentro da Máscara UV, além de impedir que seus óculos embaçam como nas de pano ou máscaras cirúrgicas.
A Luz UV-C tentando especificar corretamente o Design de Interiores
Ok, já vimos como alguns dispositivos podem nos ajudar a combater patógenos mortais. Mas, e no restante de um ambiente habitável? Como a inevitável aplicação da luz UV-C vai 'conversar' com o design de interiores? A gigante do setor de móveis Bisley talvez tenha acertado na solução. A empresa fornece câmeras e cabines com iluminação ultravioleta para matar bactérias e vírus nos ambientes. Sua linha de produtos deve chegar ao mercado só após o pico da pandemia da Covid-19. Fabricadas pela finlandesa Vetrospace, os espaços modulares privados são, segundo a empresa, os mais higiênicos do mercado. A versão Clean Room é certificada pelo ISO-7 Clean Room e vem equipada com iluminação antimicrobiana para desinfecção de bactérias, incluindo MRSA e E-Coli. A iluminação ANTiBAC é ativada automaticamente quando alguém entra no Vetrospace, deixando todo o sistema local numa espécie de alerta.
Quando a pessoa sai do ambiente, as luzes de desinfecção Wisdom AiR UV acendem instantaneamente, gerando um poderoso e contínuo efeito antimicrobiano que mata até 99,9% dos patógenos mas é, conforme as declarações da empresa, inofensivo para os seres humanos. O sistema possui também um processo de filtragem do ar ambiente. As paredes da sala são todas revestidas com um nano material fotocatalítico, que mata vírus por contato (incluindo a Covid-19). Os tamanhos variam de 1 a 12 metros quadrados para os cinco layouts disponibilizados, com uma classificação acústica muito alta, de 0,03 no padrão STI.
No entanto não nos esqueçamos que, os órgãos da indústria, incluindo a Sociedade de Engenharia de Iluminação e a Associação Global de Iluminação (USA), também alertaram para o fato de que a Luz UV-C é perigosa para os seres humanos e precisa de cuidados e precauções especiais.
Já as empresas fabricantes de tijolos e argamassa, estão instalando luminárias UV-C em suas obras, na tentativa de desinfetar completamente um edifício e atenuar o risco de contaminação por COVID-19, seja através do ar ou das superfícies na alvenaria. A prática, chamada "irradiação germicida ultravioleta" é usada há muito tempo em hospitais, onde proliferam patógenos. Outra empresa americana está no jogo: a Magnolia Bakery, com sede em Nova York, alega agora ser "a primeira empresa na cidade a instalar luminárias UV-C seguras para o ser humano", incluindo (olha ele aí de novo!) um "portal" através do qual, todos os clientes que o atravessarem, terão destruídos quaisquer patógenos que possam estar circulando no local.
A empresa relata que a dose de luz UV-C emitida é baixa o suficiente para evitar complicações de saúde, como queimaduras ou irritação nos olhos - no entanto, mais pesquisas ainda serão necessárias sobre a segurança destas luminárias UV-C internas no que diz respeito a sua real eficácia na esterilização de roupas e pele humana. Para efetivamente matar vírus, a Luz UV-C artificial deve ser emitida em uma faixa de comprimento de onda entre 200 a 280 nanômetros - nível potencialmente suficiente para causar danos a saúde humana! Isso é muita coisa a ser considerada e, algo que os fabricantes que estão tentando criar rapidamente as luzes UV-C em massa, podem inadvertidamente (ou intencionalmente) estar ignorando em nome do lucro fácil! Isso já aconteceu antes: no passado, a Federal Trade Commission chamou a atenção dos mesmos fabricantes por estes fazerem falsas alegações sobre o que os seus produtos à base de Luz UV-C poderiam realmente fazer a saúde das pessoas. A Associação Internacional de Ultravioletas concorda com a Federal Trade, relatando que toda inativação de vírus com luz UV é "demonstrada em condições controladas em laboratório" portanto, sem uma base de dados robusta.
A GE e sua subsidiária GE Current também apresentou recentemente suas soluções para ocupação presencial em postos de trabalho que incluem posicionamento interno preciso, iluminação desinfetante, rastreamento de contatos e gerenciamento de ocupação e congestionamento - cruciais para manter a distância social e reduzir o risco de infecção por patógenos. Posicionamento interno preciso, rastreamento de contatos e gerenciamento de ocupação são hoje importantíssimos para preservar a política de saúde das empresas atualmente. Como as luzes UV-C germicidas são - cada vez mais - clinicamente comprovadas como uma solução desinfetante eficaz para qualquer espaço ocupado, sua incorporação pode reduzir significativamente os patógenos comuns em espaços públicos.
A tecnologia de iluminação inteligente da GE Current (combinada com os serviços baseados em localização da Pointr) desenvolveu aplicativos avançados de gerenciamento de espaço para varejistas, armazéns e instalações industriais onde, por meio de dispositivos móveis, seus proprietários podem entender a localização precisa dos funcionários e visitantes locais.
Outro estudo recentemente publicado na ACS Nano (American Chemical Society) por especialistas nas áreas de virologia, imunologia, aerossóis, arquitetura e física, pesquisou os métodos para impedir a propagação da COVID-19 nos espaços internos, concluindo que a iluminação UV-C atualmente disponível em algumas lâmpadas, é confiável ao ser utilizada para irradiar esse tipo de luz dentro dos sistemas de ventilação dos edifícios e em áreas fechadas (enquanto elas não estiverem em uso) para desativar os vírus SARS-CoV-2 que possam ser transportados pelo ar e depositados nas superfícies compartilhadas.
Dados sobre os investimentos necessários para a implantação destas tecnologias informam que os valores iniciais giram em torno de alguns bilhões de dólares para proteger cerca de 1 bilhão de trabalhadores nos ambientes internos em todo o mundo.
O movimento das Organizações
Sim, ele já começou: a Sociedade de Engenharia de Iluminação (IES) e a Associação Internacional de Ultravioletas (IUVA) fizeram uma parceria este mês para desenvolver os Padrões Nacionais Americanos para dispositivos UV-C na desinfecção de patógenos. Por meio da parceria, as organizações têm como objetivo conscientizar e melhorar a aplicação da tecnologia UV-C na saúde humana, estabelecendo um padrão de medição para os produtos disponibilizados, incluindo lâmpadas UV-C convencionais e em Led, obtendo dados seguros de desempenho em produtos confiáveis e comparáveis, antes de se investir em novas construções ou reformas. Está prevista uma série de padrões nacionais americanos (ANSI), começando com dois previstos para publicação até o final do ano: o primeiro padrão, Método Aprovado para Medição Elétrica e Ultravioleta de Fontes de Descarga, detalhará procedimentos de laboratório para a medição e caracterização de mercúrio de baixa pressão e outras fontes de descarga. O segundo, Método Aprovado para Medição Elétrica e Ultravioleta de Fontes de Estado Sólido, fará o mesmo com componentes de Led UV. Na Europa, a LightingEurope, "voz da indústria de iluminação" no continente, endossou as recentes diretrizes de segurança UV-C publicadas pela Global Lighting Association (GLA) e instou os Estados-Membros da União Europeia a garantirem que os produtos UV-C possam continuar a ser colocados no mercado da UE. A declaração da GLA fornece orientações aos fabricantes e aos usuários em potencial sobre os requisitos que os produtos UV-C devem atender para permitir o uso seguro. A LightingEurope no entanto, não apoia a intenção das autoridades belgas de proibir a colocação/utilização no mercado de lâmpadas UV-C em ambientes não hospitalares e, instou os Estados-Membros da UE a não seguirem este exemplo.
ROBÔS (e não os humanos) aplicando Luz UV-C
O perigo na manipulação inapropriada da luz UV-C artificial para o combate da COVID-19 é tão preocupante no planeta que, o primeiro robô de desinfecção com LED UV-C realmente autônomo do mundo foi lançado este mês em Cingapura. A empresa Otsaw anunciou o robô O-RX, criado em apenas duas semanas - da sua concepção até a certificação final. Ele incorpora Luz em Led UV-C e foi certificado pela TUV SUD. Ao contrário de outros atuais equipamentos autônomos de desinfecção UV-C que usam lâmpadas UV convencionais de mercúrio, o O-RX utilizará a tecnologia Led UV-C, mais eficazes e seguros na desativação de patógenos como a COVID- 19, com um índice de desinfecção superior a 99.999%, num raio de alcance de 2,5 metros. Para se deslocar de forma autônoma, o O-RX é equipado com uma câmera de 360 graus e sensores LiDAR, integrados às tecnologias de inteligência artificial, podendo ser controlado e gerenciado remotamente através de uma plataforma na nuvem por até 5 horas, estando com sua carga completa.
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Fabricação de Singapura da Agência de Ciência, Tecnologia e Pesquisa forneceram uma solução de gerenciamento térmico para dissipar o calor gerado pelo Led. O equipamento pode estar disponível para venda a partir de Julho de 2020.
Até para manipulação em plantas o Led UV-C exige cuidados: uma pesquisa da Universidade de Cornell (N.Y., USA) está usando robôs 'armados' com luz UV-C no combatem ao oídio, um patógeno devastador para muitas culturas agrícolas, inclusive morangos e uvas. Equipados com lâmpadas ultravioleta, eles percorrem vinhedos à noite para matar o oídio.
Em parceria com a SAGA Robotics da Noruega, eles desenvolveram as primeiras unidades robóticas comerciais autônomas para lançamento ainda este ano, onde duas delas realizam testes de campo em uvas chardonnay para vinhas da Genebra e Nova York. A técnica UV-C é um avanço contra o oídio e o mofo e, o que torna possível o uso da Luz UV-C para controlar esses patógenos vegetais é aplicá-la à noite, onde eles não recebem uma luz azul vinda do Sol por exemplo e assim, o seu mecanismo de reparo não é acionado. E a aplicação com robôs evita acidentes com os trabalhadores - tanto na pele quanto nos olhos.
Uma luz que o homem não enxerga
Elefantes se comunicam com 'burburinhos' graves demais para que a audição humana possa ouvir.
Abelhões percebem o campo elétrico de flores que já estão prontas para a polinização.
Tartarugas marinhas sentem a atração magnética do planeta Terra.
Cães, apesar de serem daltônicos (não distinguem amarelo do vermelho), têm olfato extremamente sensível.
O reino animal dotou suas criaturas com mecanismos sensoriais sofisticadíssimos.
E em um beija-flor?
Bem, ele vê cores que nós humanos nem poderíamos imaginar como seriam: a Luz UV por exemplo. Pesquisando nos altos prados alpinos das Montanhas Rochosas, USA, cientistas provaram pela primeira vez que os beija-flores selvagens podem ver espectros da luz ultravioleta - cores invisíveis para nós, seres humanos. Liderados pela ecologista sensorial Mary Caswell Stoddard, da Universidade de Princeton, eles testaram aves em seu ambiente natural, demonstrando claramente que elas usam a visão ultravioleta para procurar alimento.
Na visão humana as cores surgem de três tipos de receptores, que são sensíveis à luz vermelha, luz verde e luz azul. Nossa visão limitada para algumas cores é fruto de nossa evolução, onde ancestrais provavelmente perderam a capacidade de ver os tons ultravioleta na época em que os dinossauros ainda vagavam pela Terra. E, com muitos mamíferos perigosos circulando durante a luz do dia, os homens se aventuravam para a caça apenas à noite, dizem os pesquisadores. Sendo descendentes dos dinossauros, de olhos bem brilhantes, a maioria das aves não extintas hoje mantém ainda a capacidade de ver a faixa de luz na cor UV. Beija-flores e outras espécies têm o quarto sensor de cor em cada um dos seus olhos, sendo que este sensor "extra" é o que ajusta nas aves os comprimentos de onda para a Luz UV, não é visíveis para as pessoas. Mas, não é porque a Luz UV não é visível para nós que, ela deixará de ser perigosa, mesmo com tanta tecnologia - muito pelo contrário: os cuidados com equipamentos que prometem milagres com a Luz UV-C devem ser ainda mais redobrados, justamente por não podermos enxergá-la para nos proteger dela, como fariam os beija-flores se precisassem.
Bem, ele vê cores que nós humanos nem poderíamos imaginar como seriam: a Luz UV por exemplo. Pesquisando nos altos prados alpinos das Montanhas Rochosas, USA, cientistas provaram pela primeira vez que os beija-flores selvagens podem ver espectros da luz ultravioleta - cores invisíveis para nós, seres humanos. Liderados pela ecologista sensorial Mary Caswell Stoddard, da Universidade de Princeton, eles testaram aves em seu ambiente natural, demonstrando claramente que elas usam a visão ultravioleta para procurar alimento.
Na visão humana as cores surgem de três tipos de receptores, que são sensíveis à luz vermelha, luz verde e luz azul. Nossa visão limitada para algumas cores é fruto de nossa evolução, onde ancestrais provavelmente perderam a capacidade de ver os tons ultravioleta na época em que os dinossauros ainda vagavam pela Terra. E, com muitos mamíferos perigosos circulando durante a luz do dia, os homens se aventuravam para a caça apenas à noite, dizem os pesquisadores. Sendo descendentes dos dinossauros, de olhos bem brilhantes, a maioria das aves não extintas hoje mantém ainda a capacidade de ver a faixa de luz na cor UV. Beija-flores e outras espécies têm o quarto sensor de cor em cada um dos seus olhos, sendo que este sensor "extra" é o que ajusta nas aves os comprimentos de onda para a Luz UV, não é visíveis para as pessoas. Mas, não é porque a Luz UV não é visível para nós que, ela deixará de ser perigosa, mesmo com tanta tecnologia - muito pelo contrário: os cuidados com equipamentos que prometem milagres com a Luz UV-C devem ser ainda mais redobrados, justamente por não podermos enxergá-la para nos proteger dela, como fariam os beija-flores se precisassem.
Tardígrados (sempre eles!!)
Os tardígrados (ou, urso d’água e leitões do musgo) são animais microscópicos capazes de tolerar as condições mais adversas e difíceis, como temperaturas congelantes, radiação, desidratação e até mesmo o vácuo do espaço sideral. São cerca de 1.300 espécies diferentes dessas criaturas de oito patas, encontradas em todo o mundo. Em 2016, cientistas japoneses conseguiram reviver um tardígrado que estava congelado há mais de 30 anos. Agora, cientistas indianos descobriram mais um superpoder do tardígrado, pelo menos nesta espécie em particular do gênero Paramacrobiotus: ela exibe uma fluorescência natural, lançando um brilho azul estranho quando exposta à luz ultravioleta. O que é ainda mais interessante é que essa fluorescência os protege dos níveis de radiação ultravioleta conhecidos por matar os outros microorganismos como bactérias e vírus. Artigo publicado na Biology Letters e de coautoria do bioquímico Sandeep Eswarappa, do Instituto Indiano de Ciência em Bangalore esclarece que seus pesquisadores obtiveram o novo tardígrado e outros musgos em uma parede de concreto em Bangalore.
Tardígrados são 'estranhamente resistente' a doses letais de radiação UV. Esta espécie recém-descoberta de tardígrado emite um 'brilho azul' quando exposta à luz ultravioleta. A fluorescência age neles como um 'escudo protetor'.
Usando uma lâmpada germicida com luz ultravioleta sobre os espécimes, foi testada a tolerância das criaturas ao UV-C. Doses de quinze minutos por metro quadrado eliminaram a maioria dos tardígrados da espécie Hypsibius exemplaris após 24 horas. Estranhamente no entanto um grupo misterioso de tardígrados com manchas marrom-avermelhadas conseguiu sobreviver por 30 dias após a dosagem UV-C aplicada. Os pesquisadores então aumentaram a dose e tempo por metro quadrado – desta vez, em uma hora inteira. Incrivelmente, 60% dos 'novos' tardígrados conseguiram sobreviver por 30 dias após essa exposição intensa, deixando bem claro aos cientistas que se tratava de uma nova espécie, designada então provisoriamente como Paramacrobiotus BLR. A equipe indiana suspeita que o escudo fluorescente nestas criaturinhas absorve a radiação UV-C prejudicial e emite a luz azul inofensiva. O Paramacrobiotus BLR provavelmente desenvolveu esse truque especial para se proteger contra a alta radiação ultravioleta encontrada nas regiões tropicais do sul da Índia, onde o índice ultravioleta pode chegar a 10, de acordo com os pesquisadores.
Considerações finais
A tecnologia UV-C não é uma novidade - ela já foi usada bem antes em dispositivos de consumo, como o PhoneSoap, um gadget criado para desinfecção de telefones celulares.
E, realmente não há nada de errado nestes experimentos do uso da Luz UV-C em objetos ou ambientes controlados, livres da presença humana. Mas, existem riscos associados ao uso biológico de dispositivos de luz UV-C, especialmente na pele:
- Toda Luz UV atualmente é considerada perigosa, seja ela proveniente do Sol, fontes artificiais como camas de bronzeamento ou, lâmpadas UV (para desinfecção ou não).
- Existem três classes de luz UV: UV-A, UV-B e UV-C. A luz UV-A e UV-B causam queimaduras solares e envelhecimento prematuro da pele, estando associadas também ao desenvolvimento de câncer de pele. A luz UV-C por sua vez é, das três existentes, a que tem mais energia, sendo portanto a mais prejudicial (felizmente a luz UV que vem do Sol não alcança a superfície da Terra, porque nossa atmosfera a absorve).
- A luz UV-C artificial tem o menor espectro de comprimentos de onda, mas é a mais tóxica.
- A luz UV-C danifica a pele humana, portanto deve ser usada (pelo menos hoje) apenas em objetos ou superfícies inanimados (sem vida).
- A luz UV-C artificial é a que está sendo aplicada atualmente como 'desinfetante' por algumas empresas para 'matar' o coronavírus. Segundo a Academia Nacional de Ciências, é provável que isso seja verdade porque, a Luz UV-C já é usada há tempos para desinfetar superfícies e água, de maneira geralmente bem-sucedida. Isto funciona teoricamente porque, a luz UV-C é forte o suficiente para destruir o material genético (DNA ou RNA) de vírus e bactérias. Mas por outro lado, não há evidência alguma de que a exposição solar típica (que também contém raios UV) possa matar o coronavírus. Portanto, sair em um dia ensolarado e sem camisa, não reduzirá o seu risco de contaminação por COVID-19 - e, dependendo o horário e nível de desproteção da pele durante a exposição ao Sol, pode até trazer mais doenças do que a preservação da boa saúde propriamente dito.
- Não se deve usar Luz UV-C para desinfetar as mãos. Para isso, continue lavando-as com água e sabão ou usando um desinfetante para as mãos à base de álcool gel quando a água e sabão não estiverem disponíveis
- A radiação UV-C pode causar irritação na pele! A suposta 'dose segura' de luz UV-C que você vier a receber de equipamentos como "portais de Luz UV-C", não pode ser vista ou medida a olho nu porque, embora doses muito baixas de Luz UV-C de longo alcance não possam em teoria prejudicar instantaneamente seres humanos ou animais, usar uma dose muito poderosa (causada por um aparelho desregulado ou com defeito) perto da sua pele pode SIM ser altamente prejudicial.
- O uso de Luz UV-C no corpo humano pode trazer queimaduras graves, como aquelas causadas pela Luz solar.
- Luz UV-C também pode provocar sérios danos na retina dos olhos.
- A exposição prolongada e contínua (várias horas ao dia, vários dias da semana) a uma Luz UV-C por si só, já é um fator de agente cancerígeno conhecido (como toda a Luz UV).
- Dispositivos que não foram originalmente projetados para serem usados na desinfecção da pele humana, podem ser extremamente perigosos se usados para tal. Não use portanto, nenhum dispositivo de luz UV-C artificial (de Led ou não) diretamente na sua pele!
- Cuidado ao usar dispositivos de luz UV-C em superfícies domésticas, como algumas lâmpadas ou luminárias portáteis.
- Faça a sua pesquisa antes de ir para estabelecimentos que instalaram luminárias UV-C por conta e risco.
- E definitivamente, de maneira alguma, JAMAIS tente obter uma fonte de luz UV-C artificial (ou qualquer outro desinfetante deste tipo) para usar dentro ou fora de seu corpo!
Quando o presidente Donald Trump escandalosamente sugeriu, dia 23 de Abril de 2020 que,
"... injetar Luz UV no corpo poderia ser uma maneira de matar o coronavírus",
seus comentários foram classificados como muito prejudiciais. Mas, para uma certa empresa americana, as palavras do presidente foram uma oportunidade de marketing puro - e também, uma lição de política moderna: seu diretor executivo afirmava então que ela foi 'amordaçada' dias depois pelas redes sociais. Explicando: poucos dias antes do discurso de Trump, a Aytu BioScience, uma empresa do Colorado, começou a promover a tecnologia ultravioleta que alegava poder ser inserida por um cateter direto na garganta, emitindo raios UV no interior do corpo através de uma Luz em Led. O vídeo promocional da empresa dizia que "provou em laboratório" que um tipo mais fraco de luz ultravioleta, o UV-A, era - na potência e duração certas - "ainda mais eficaz para matar uma variedade maior de vírus e bactérias - incluindo o coronavírus". O vídeo mostrava a ilustração de um sistema chamado Healight, que 'bombardeava' os pulmões doentes com os tais raios ultravioleta. Este vídeo da empresa foi rapidamente absorvido pelos apoiadores de Trump nas mídias sociais, onde foi visto e compartilhado centenas de milhares de vezes. Na sexta-feira posterior, Lou Dobbs, apresentador da Fox Business Network, dedicou um segmento inteiro de seu programa à suposta tecnologia UV. Enquanto isso no Twitter, a Aytu começou a marcar jornalistas e apoiadores influentes do presidente. Resultado: as ações da Aytu BioScience caíram 8,4% em Nova York. No sábado seguinte, o YouTube excluiria o vídeo da Aytu BioScience que promovia sua tecnologia ultravioleta em humanos e, uma das contas da empresa também foi removida do Twitter. Um porta-voz do YouTube disse que o vídeo foi removido porque ele promovia tratamentos médicos sem fundamento para o coronavírus. Vários especialistas médicos levantaram dúvidas sobre este tratamento e sugeriam que ele poderia ser perigoso:
"Eu descreveria isso como medicamento charlatão", disse Richard Parsons, professor sênior de toxicologia bioquímica do King's College London. “Acredita-se que a luz UVA seja responsável pela maioria dos cânceres de pele diagnosticados. Empurrar um tubo com luz UVA para a garganta de alguém, tem mais chances de causar danos às células nos pulmões do que matar o coronavírus.”
Crispin Halsall, químico ambiental e professor da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, disse que o coronavírus se esconde dentro das células da membrana respiratória do corpo e também, pode estar presente em outros fluidos corporais - o que dificultaria a eliminação da luz ultravioleta do corpo.
"Nos laboratórios, disse Halsall, é comum o uso de luz UV para esterilizar superfícies inertes. Mas dentro do corpo, "você fará mais mal do que bem, ...Este tratamento parece óleo de cobra para mim, ...Inserir luz dentro do corpo, por via oral ou através da pele, pode causar sérios danos às células sanguíneas, tecido muscular, tecido de órgãos e DNA".
A Aytu BioScience, que se descreve como "uma empresa farmacêutica especializada focada na comercialização de novos produtos", não respondeu aos pedidos de comentários. A empresa licenciou a tecnologia Healight da Cedars-Sinai, uma organização acadêmica de saúde sem fins lucrativos em Los Angeles. A Aytu e a Cedars-Sinai, "se envolveram com a Food and Drug Administration para buscar um caminho rápido para o uso humano", escreveu Disbrow em sua coluna de jornal. "Quase ninguém notou - até quinta-feira, quando o presidente Trump refletiu:" ... supostamente você trouxe a luz para dentro do corpo ...", escrevia ele. Um representante da FDA se recusou a comentar a situação. A Cedars-Sinai disse em comunicado que a tecnologia "não havia sido testada ou usada em pacientes" e que, estava trabalhando com a Aytu com o "objetivo de potencialmente permitir o uso, a curto prazo, como uma intervenção do Covid-19 para pacientes intubados e gravemente enfermos”. Em 17 de abril, a Block & Leviton LLP , empresa nacional de litígios sobre valores mobiliários, disse estar investigando a Aytu por possíveis fraudes em valores mobiliários. A investigação foi relacionada as notícias que ligavam a empresa ao fornecimento de testes Covid-19 não aprovados a departamentos de saúde pública do Colorado e da Califórnia, o que resultou em um aumento de 322% nas ações da Atyu.
Donald Milton, da Universidade de Maryland, explica que "... em acima de onde as pessoas circulam, lâmpadas que emitem luz ultravioleta por determinado tempo podem matar bactérias, fungos e vírus separadamante, mas elas apenas funcionam se os germes estiverem circulando alto o suficiente para serem alcançados pelo mesmo nível das lâmpadas, garantindo-se também que ninguém esteja na sala para que os patógenos não caiam nos olhos das pessoas e nem a Luz UV irrite a visão."
Lojas "especializadas" americanas vendiam um tipo de "varinha ultravioleta" para uso exclusivamente pessoal, prometendo matar os germes no ar.
ATUALIZAÇÃO EM 13/07/20
Algo parecido com o que se oferece hoje nas redes sociais (Instagram), como a Desinfection Lamp, um produto a qual segundo a empresa fabricante:
"- Não é apenas um bastão de esterilização, mas também uma lâmpada de iluminação com funções duplas,
- Conta com dispositivo de sensor de gravidade embutido, desligue automaticamente a luz ultravioleta quando inclinada,
- Vem com atração magnética na parte inferior, mais estável, portátil e conveniente para apoiar,
- A luz branca pode ajustar o brilho continuamente, o brilho pode ser memorizado,
- A luz branca adiciona a função de ligar e desligar suave, acenda a luz sem brilho."
E só!.. Mais vago, impossível:
- É realmente uma Luz UV-C?
- Em que comprimento de onda este produto atua?
-Quais e onde foram realizados os testes de segurança?
Na dúvida, não o compre! A Organização Mundial de Saúde já alertou contra o uso da luz ultravioleta no corpo para matar vírus: "...Lâmpadas UV não devem ser usadas para esterilizar as mãos ou outras áreas da pele, pois uma infecção por raios UV pode causar irritação nociva na cútis", recomenda a OMS.
...
A Codlux®, uma empresa do ramo da iluminação em Led presente no mercado há mais de 4 anos e com profissionais especializados em projetos luminotécnicos com mais de 15 anos experiência, se posiciona veementemente aqui, vindo a público para alertar você, leitor de nosso Blog e demais cidadãos, a JAMAIS fazerem uso de uma Luz UV ou UV-C diretamente em seus próprios corpos, venha ela da fonte luminosa que for. Isto contraria todas as orientações de segurança para este procedimento, que proíbem com rigor a aplicação de qualquer Luz UV na pele e nos olhos humanos! Talvez, com mais e mais pesquisas e desenvolvimento de novos produtos em Led UV-C sendo feitos hoje, testados e, mais adiante, comprovadamente certificados pelas maiores autoridades mundiais em desinfecção de patógenos, possamos então dar o sinal verde para que esta nova tecnologia possa ser liberada para o uso diário em humanos. Por enquanto, damos a ela um grande e sonoro NÃO, em nome da sua saúde - que já tem hoje muito com o que se preocupar, com o coronavírus diariamente, o tempo todo e incansavelmente, a cercando!
ATUALIZAÇÃO EM 20/09/20
REGISTRADO O PRIMEIRO INCIDENTE PÚBLICO COM O LED UV-C!
Empresa de robótica pede desculpas pelo incidente de desinfecção UV na cidade de Baguio, Filipinas
com informações da CNN Philippines
Publicado em 20 de setembro
Uma demonstração de um robô de desinfecção por luz ultravioleta na cidade de Baguio (Filipinas) no sábado (19/09/20) deixou várias pessoas com irritação nos olhos. A empresa Robotic Activations se desculpou depois que uma demonstração do seu robô de desinfecção por luz ultravioleta (UV) na cidade filipina afetou de cinco a dez pessoas, incluindo membros da mídia que, supostamente precisaram de algum tratamento médico devido à exposição à luz ultravioleta.
“Não consigo mais abrir. Quando eu abro, vejo branco puro!"
disse um membro do site filipino GMA News, presente na apresentação.
"Sinceramente pensamos que tínhamos tomado todas as precauções quando a imprensa pediu para ligarmos o robô, mas descobrimos que não o tínhamos feito adequadamente... O desconforto da exposição aos raios ultravioleta é real, mas deve ser temporário, segundo todos os relatos. Permanecemos em contato com as pessoas afetadas para garantir que seja esse o caso... Nós entramos em contato, pedimos desculpas e oferecemos ajuda a eles e estamos esperançosos de que eles se recuperem rapidamente",
REGISTRADO O PRIMEIRO INCIDENTE PÚBLICO COM O LED UV-C!
Empresa de robótica pede desculpas pelo incidente de desinfecção UV na cidade de Baguio, Filipinas
com informações da CNN Philippines
Publicado em 20 de setembro
Uma demonstração de um robô de desinfecção por luz ultravioleta na cidade de Baguio (Filipinas) no sábado (19/09/20) deixou várias pessoas com irritação nos olhos. A empresa Robotic Activations se desculpou depois que uma demonstração do seu robô de desinfecção por luz ultravioleta (UV) na cidade filipina afetou de cinco a dez pessoas, incluindo membros da mídia que, supostamente precisaram de algum tratamento médico devido à exposição à luz ultravioleta.
“Não consigo mais abrir. Quando eu abro, vejo branco puro!"
disse um membro do site filipino GMA News, presente na apresentação.
"Sinceramente pensamos que tínhamos tomado todas as precauções quando a imprensa pediu para ligarmos o robô, mas descobrimos que não o tínhamos feito adequadamente... O desconforto da exposição aos raios ultravioleta é real, mas deve ser temporário, segundo todos os relatos. Permanecemos em contato com as pessoas afetadas para garantir que seja esse o caso... Nós entramos em contato, pedimos desculpas e oferecemos ajuda a eles e estamos esperançosos de que eles se recuperem rapidamente",
disse no domingo Camille Anton, chefe de desenvolvimento de negócios da Robotic Activations, garantindo que a empresa já está atualizando os seus protocolos para que o incidente não aconteça novamente. Ela também afirmou que o uso de desinfecção UV-C é seguro, desde que estas devidas precauções sejam tomadas. A Robotic Activations exibiu sábado último o Keno, seu robô de desinfecção UV-C no Centro de Convenções de Baguio. O equipamento foi projetado para matar patógenos prejudiciais e é supostamente equipado com sensores de segurança e precisão de última geração, desinfetando grandes áreas sem exposição humana a produtos químicos.
ATUALIZAÇÃO EM 03/10/20
Alunos chineses afetados pelo UV-C deixado aceso em sala de aula!
E infelizmente, aconteceu: em uma escola primária de Yhang, China, 130 alunos foram expostos indevidamente à lâmpadas de desinfecção UV-C por cinco horas seguidas! Resultado: muitos sofreram queimaduras nos olhos e na pele. A causa do acidente foi um erro humano, onde o eletricista responsável pala manutenção local acendeu por engano as lâmpadas UV-C de três salas de aula após uma queda de energia. Também na cidade chinesa de Tianjin, 44 alunos da série primária foram expostos por até nove horas a luz ultravioleta UV-C depois que funcionários da escola esqueceram-se de desligá-las na sala de aula, o que causou nos alunos danos em seus olhos e rostos e graves queimaduras em outros. As escolas chinesas já usam luzes UV-C para desinfectar as salas de aula e matar germes, mas elas só devem ser acionadas quando não houver crianças na sala e por períodos muito curtos de tempo.
A exposição prolongada à luz ultravioleta é prejudicial, especialmente para pessoas expostas a ela. As histórias vieram à tona no final de Setembro, depois que pais da Escola Primária Experimental de Inglês Dagang em Tianjin, encontraram seus filhos depois das aulas reclamando com dores nos olhos e vômitos. Exames médicos logo revelaram a causa: exposição a luz ultravioleta. Os pais destas crianças enviaram então fotos e videos nas redes sociais mostrando os seus filhos com os rostos enfaixados, enquanto a polícia local atordoada assistia ao escândalo - que rapidamente dominou o país e criou alertas divulgados até mesmo por jornais do Partido Comunista e noticiários na TV estatal chinesa. Em um dos vídeo produzido pela Pear, um serviço de vídeo chinês, um pai falou com raiva sobre a situação:
“Seus olhos estão doendo e suas pálpebras estão muito doloridas... mas não são só os olhos. Como a exposição aos raios ultravioleta é excessiva, qual o efeito disso a longo prazo? ” , questionou.
A história tocou nos nervos do público chinês em parte porque é um cenário de pesadelo para os pais que se repete em todo o país: também em Setembro, estudantes na província de Jiangsu, leste da China, sofreram descamação de pele e visão embaçada em um incidente assustadoramente semelhante. Na cidade de Guangzhou, em 2016, a mesma coisa aconteceu em duas escolas diferentes no período de três dias, ferindo 23 alunos do quinto ano em um campus e 80 em outro.
“Isso já aconteceu tantas vezes! Sugiro que os engenheiros construam uma campainha para luzes ultravioleta”, disse um comentário bem avaliado no Weibo, um serviço de microblogs chinês.
“Isso já aconteceu tantas vezes! Sugiro que os engenheiros construam uma campainha para luzes ultravioleta”, disse um comentário bem avaliado no Weibo, um serviço de microblogs chinês.
Os pais chineses reclamam permanentemente sobre o estresse de criar seus filhos num país com regulamentações frouxas, agora também em relação ao Led UV-C.
Cada vez mais, comprovadamente eficaz. Mas com cautela!
A Luz UV-C como já dissemos aqui, tem sido testada insistentemente por órgãos governamentais e particulares no combate a COVID-19. Os testes feitos até agora patrocinados por empresas como a Signify (Philips) ou em universidades, como a Universidade de Hiroshima (Japão) neste mês de Setembro, tem demonstrado eficácia comprovada apenas em laboratórios.
Imagem de divulgação da Universidade de Hiroshima
Os pesquisadores desta universidade japonesa por exemplo, obtiveram a primeira prova real de que a luz UV-C no comprimento de onda específico de 222 nm (tida como a mais segura para humanos e animais) pode matar o vírus SARS-CoV-2, patógeno do COVID-19, em ambientes extremamente controlados. Mas, esta prova ainda não pode servir como base para uma liberação geral de uso da Luz UV-C em residências ou empresas - nestes casos, a conta e risco será sempre de responsabilidade do consumidor!
Cada vez mais, comprovadamente eficaz. Mas com cautela!
A Luz UV-C como já dissemos aqui, tem sido testada insistentemente por órgãos governamentais e particulares no combate a COVID-19. Os testes feitos até agora patrocinados por empresas como a Signify (Philips) ou em universidades, como a Universidade de Hiroshima (Japão) neste mês de Setembro, tem demonstrado eficácia comprovada apenas em laboratórios.
Imagem de divulgação da Universidade de Hiroshima
Os pesquisadores desta universidade japonesa por exemplo, obtiveram a primeira prova real de que a luz UV-C no comprimento de onda específico de 222 nm (tida como a mais segura para humanos e animais) pode matar o vírus SARS-CoV-2, patógeno do COVID-19, em ambientes extremamente controlados. Mas, esta prova ainda não pode servir como base para uma liberação geral de uso da Luz UV-C em residências ou empresas - nestes casos, a conta e risco será sempre de responsabilidade do consumidor!
No Brasil, a ANVISA já se manifestou a respeito em 5 de Agosto de 2020 quanto ao uso da Luz UV-C na prevenção de patógenos, através da NOTA TÉCNICA 1110826 (leia/baixe AQUI), que só reforça os cuidados com este procedimento e esclarece algumas condições legais para a sua comercialização.
ATUALIZAÇÃO EM 24/10/20
Signify lança (Philips Iluminação) lança luminária UV-C residencial na Ásia e Oriente Médio. Mas não é Led!
As Signify revelou no final de Outubro de 2020 que começou a vender uma luminária UV-C de mesa para uso residencial (de vapor de mercúrio com vidro) na Ásia no Oriente Médio para ajudar a combater o coronavírus. O CEO da empresa, Eric Rondolat, disse que a Signify provou que o equipamento mata o SARS-CoV- 2, vírus que causa a COVID-19. Rondolat revelou que durante o trimestre, a Signify começou a vender esta luminária de mesa UV-C para o mercado doméstico na China, Vietnã, Tailândia, Cingapura, Malásia, Indonésia, Hong Kong, Filipinas e Emirados Árabes Unidos. Rondolat disse que a Signify está pensando agora em oferecer a luminária a outros países.
Acredita-se que a empresa encontrou menos obstáculos regulatórios na Ásia e nos Emirados Árabes Unidos para ofertar um equipamento UV-C que use uma lâmpada de vidro com vapor de mercúrio e fique exposta no ambiente para emitir uma radiação ultravioleta a 254 nm - e, portanto, prejudicial à pele e aos olhos como toda luz UV no espectro de banda "C" (UV-C). Na faixa entre 100 - 280 nm, a banda “C” é a mais curta das três bandas ultravioleta conhecidas. Os recursos de segurança digital do equipamento incluem um sistema de controle de voz e um sensor que desliga a luminária se for detectado qualquer movimento que indique a presença de pessoas no local. Alguns observadores questionam porém se essas medidas são realmente suficientes para se evitar acidentes, como os observados em escolas chinesas por exemplo. O CEO Rondolat reiterou ainda que, a luz UV-C baseada em LED ainda está muito longe de qualquer linha de produtos da Signify. Rondolat disse também estar bastante satisfeito com o desempenho da linha de lâmpadas inteligentes Hue (que usa as tecnologias Zigbee e Bluetooth) e linha WiZ, proveniente da empresa homônima de iluminação inteligente orientada para Wi-Fi que a Signify adquiriu em Abril de 2019.
ATUALIZAÇÃO EM 26/11/20
Esta semana foi anunciada mundialmente a disponibilidade do produto e algumas de suas especificações. Ele possui 35 x 17,4 x 16,4 cm como medidas e pesa pouco mais de um quilo. A desativação de vírus (segundo o site da Philips no Brasil) e bactérias acontece “em questão de minutos” e é possível realizar o processo com um temporizador de 15, 30 ou 45 minutos: um alarme com voz indica quando o trabalho é concluído. A luminária conta também com um sistema de proteção que envolve sensores, capazes de detectar pessoas, animais ou objetos em movimento em um raio de 3 metros, impedindo assim o seu funcionamento no caso de identificação de exposição perigosa. A Philips também afirma que o produto não emite ozônio. A luminária de mesa UV-C para desinfecção está a disposição para venda na loja virtual da Philips e redes varejistas nacionais desde a terça-feira (24), com o preço sugerido de R$ 1.299 ou 10x de R$ 129,99. Veja os prints da página oficial do produto no Brasil:
Especificações técnicas
Categoria | Luminária de Mesa |
---|---|
Potência | Acima de 24W |
Formato da Lâmpada | Quadrado |
Personalizado | Não |
Dimensões | 35 x 17,4 x 16,4 cm |
Peso | 1080 g |
Tensão | Bivolt 110/220v |
Leia a declaração da Philips sobre o produto AQUI.
ATUALIZAÇÃO EM 10/11/20
'UV Sanitizer USA' é processada nos EUA por produto UV-C ineficaz
Consumidores americanos estão processando uma fabricante de lâmpadas ultravioleta em ações coletivas, alegando que seus produtos não funcionam e não são seguros para uso. Uma reclamação formal acusa de ineficaz o 'bastão portátil' acima, equipado com lâmpada ultravioleta que, segundo a fabricante, mataria quase todos os patógenos causadores de doenças. A cidadã que representa os consumidores é Sheryl Garbus, que diz que a empresa UV Sanitizer USA mente para os consumidores com essas promessas. Ela afirma na denúncia que:
"...a varinha sanitizadora de luz UV-C portátil não mata 99% dos vírus e bactérias quando simplesmente agitada sobre uma superfície. A campanha de publicidade e marketing do réu é falsa, fraudulenta e enganosa porque o produto não elimina nenhuma bactéria ou vírus nocivos, nem mata 99,99% dos vírus, bactérias, germes e fungos”.
Em vez disso, de acordo com o processo, a UV Sanitizer USA está usando o surto do coronavírus e a consequente explosão resultante em produtos desinfetantes como uma forma de fazer mais vendas num nicho de mercado avaliado em US $ 2,3 bilhões no ano passado, com taxa anual de crescimento na casa dos 20%. Garbus diz que confiou na publicidade desta lâmpada desinfetante UV-C. Pesquisas feitas pelo FDA já mostraram que desinfetantes UV-C usam um tipo de radiação ultravioleta que só pode matar vírus se estes estiverem expostos diretamente à sua luz. De acordo com o Dr. Phillip Tierno, do New York University Langone Medical Center,
"Partículas de poeira suspensa, solo ou qualquer outro contaminante podem proteger esses vírus e impedir que se tornem inativos. A luz UV-C penetra superficialmente, não podendo entrar mais a fundo em cantos e fendas. Isso inclui botões ou capas de telefone, que são forrados com fendas. Se um germe estiver coberto por restos de alimento por exemplo, a luz ultravioleta não será capaz de alcançá-lo."
Garbus também argumenta que a UV Sanitizer USA contradiz suas orientações ao promover uma luz ultravioleta desinfetante que “economiza lenços de limpeza e desinfetantes químicos”. Não só esta luz desinfetante UV não funciona, mas também apresenta um perigo para a saúde, de acordo com Garbus. No processo, Garbus aponta estudos mostrando que as lâmpadas ultravioleta que usam esse tipo de luz podem causar câncer de pele e catarata, gerar ozônio irritando as vias aéreas, degradar certos plásticos ou conter mercúrio, que é tóxico mesmo em pequenas quantidades. Formalmente, Garbus está acusando a UV Sanitizer USA de violar a Lei Geral de Negócios de Nova York e a Lei de Garantia Magnuson-Moss. Ela também acusa a empresa de enriquecimento sem causa e negligência, pedindo uma indenização por danos pecuniários. Os advogados que representam os demandantes no processo de ação coletiva de desinfetantes UV-C são Jason P. Sultzer, Joseph Lipari e Jeremy Francis do The Sultzer Law Group PC; e Michael R. Reese do Reese LLP. O processo de ação coletiva UV Sanitizer Light e Garbus é o Caso No. 2: 20-cv-05358, depositado no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Leste de Nova York.
Veremos também ações parecidas nos tribunais aqui do Brasil?
ATUALIZAÇÃO EM 14/12/20
Uma das grande vantagem das soluções UV-C baseadas em Led é o tamanho compacto de suas fontes de luz, que economizam espaço e podem ser instalados facilmente no equipamento para desinfecção direta, como em torneiras e sistemas de ar condicionado para carros. Esta integração direta das fontes de luz nos equipamentos não atinge a área circundante e, portanto, não representa um risco para as pessoas, além de serem muito robustos e insensíveis a choques externos. Dito isso, a Osram apresentou o Oslon UV 3636, primeiro Led UV-C da empresa disponível em versão de baixa e média potência, com dimensões compactas de 3,6 mm x 3,6 mm. Com comprimento de onda de 275 nanômetros, ambas as versões são ideais para as mais diversas aplicações de desinfecção.
"Graças ao seu tamanho compacto e diferentes classes de potência óptica, os LEDs UV-C permitem designs e aplicações completamente novos. O Oslon UV 3636 é o primeiro produto de uma série de inovações da Osram Opto Semiconductors na faixa de UV-C. Um LED UV-C de alta potência será lançado no início de 2021",
explica Christian Leirer, gerente de produto de UV-C da Osram Opto Semiconductors.
A Osram atua na área de UV há muitos anos e desenvolveu um conhecimento profundo da tecnologia UV a partir da participação em vários projetos com parceiros da indústria e de pesquisa. Destacam-se os projetos UNIQUE e UV-Power, além do IPCEI sobre Microeletrônica.
Fontes: Edison Report, Leds Magazine, LEDinside, C|net, Light NOW, Bloomberg, CNN, Yanko Design, Fresh Plaza, The Wall Street Journal, News18, CNN Philippines, LUX Review, The Washington Post, Jota A (charge)
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