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APAGÃO "inteligente": livre-se disso!

Olá! Falamos tanto aqui nos últimos meses sobre a chegada da Inteligência Artificial e Internet das Coisas no Brasil que, parecia até estarmos vivendo o melhor dos mundos na Casa Conectada/Inteligente. E realmente, não só parecia como, além de agora também podermos usufruir dos seus benefícios em nosso país, enfrentaremos (como em outros mercados) alguns dos seus inevitáveis problemas - infelizmente, nada é ou permanece perfeito! Como já publicamos anteriormente, questões como segurança, descontinuidade de equipamentos, fim prematuro de suporte ou mesmo, mudanças abruptas em formas de pagamentos para serviços já contratados, são só algumas das desagradáveis surpresas notadas no atual (e ainda incipiente) mercado global das "coisas smarts" para a Casa Conectada/Inteligente (lâmpadas, hubs, sensores, caixas autônomas etc). 



UM JOVEM E PROMISSOR COMEÇO  

Um dos diversos motivos que pode levar você a se interessar pela Casa Conectada é, a possibilidade de poder não só controlar/acender/apagar as suas Lâmpadas em Led compatíveis como também, criar para elas 'cenas' nas mais diversas situações e eventos, além das simulações de 'rotinas luminosas' para quando não tiver ninguém em casa num longo período. E, por detrás de toda esta tecnologia, tem um emaranhado de outros equipamentos e sistemas tão complexos para fazerem as suas lâmpadas obedecê-lo que, muitas vezes, você não vai nem ao menos notá-los. Ou pelo menos, é assim que deve ser. Mas, pode levar muitos anos ainda até que a Casa Inteligente de verdade amadureça como um produto altamente afinado e 100% seguro. Desde filmes como "De Volta para o Futuro 2" até desenhos como "Os Jetsons", promete-se uma casa que o reconheça, abra a porta da frente, acenda as luzes, ajuste a temperatura local, ligue a TV e delegue a robôs e máquinas, todo o trabalho árduo. Em "Star Trek", broches ativados por voz já controlavam a gigantesca nave espacial da série, direto da cadeira do capitão. A realidade no entanto, não tem sido tão confiável - ou segura - na atual Casa Inteligente. No início desta recente história, uma das primeiras empresas a oferecer soluções inteligentes nos EUA foi a Insteon, que em 2005 introduziu um controle único para luzes, termostatos, sensores de movimento e até aparelhos eletrônicos, através de uma simples ligação telefônica via celular para a casa de destino. Porém, desde que os sistemas inteligentes começarem a migrar para a internet - cortando o caminho das operadoras e empresas locais diretamente para a grande rede mundial - fomos nos posicionando virtualmente em qualquer lugar do planeta e, a partir daí, começaram a surgir alguns sérios problemas. Por causa deles, a segurança se tornou obrigatória, devido aos anos e anos de preocupações e violações nos dispositivos inteligentes. Pegar 'atalhos' em sistemas muito frágeis para simplesmente destrancar uma porta com um comando de voz, parece estar hoje criando mais problemas do que soluções. A privacidade - ou a falta dela - é agora o efeito colateral mais nocivo na evolução da Casa Inteligente, principalmente com a chegada dos assistentes pessoais: Google, Apple e Amazon prometeram no início, que os seus alto-falantes inteligentes só ouviriam você, e não gravariam os seus sons antes enviá-los a nuvem a fim de processar as suas ordens. E esta simples promessa foi suficiente para que consumidores do planeta inteiro enchessem as suas casas com eles. Mas não foi verdade: a falha grave descoberta no Google Home Mini em 2019 fazia ele gravar e 'subir' os seus áudios na empresa, por conta própria. Na Amazon, descobriu-se também que pessoas reais ouviam as suas gravações feitas pela Alexa, com a desculpa de "aprimorar" o seu software. A Ring, empresa comprada pela Amazon que começou produzindo campainhas inteligentes, apresentava falhas que expuseram as senhas Wi-Fi de muitas casas conectadas a hackers. 

Por outro lado, uma singela lâmpada Led "burra" (que não se conecta a nada e só pode ser acionada mecanicamente, por um interruptor comum) dura até 20 anos acesa nos modelos mais atuais, obrigado! Mas, ocorre que a mesma virtude pode não se aplicar a algumas outras soluções ditas "inteligentes", já lançadas ou implantadas. E, em pleno e complicadíssimo 2020, os problemas na Casa Conectada - ou Inteligente - ainda persistem. Iremos relembrar aqui - sem dramas ou alarmismo mas, com muita responsabilidade e prestação de serviço - os casos clássicos e também, as atualizações dos últimos fatos para cada uma das situações críticas relacionadas a sua Casa Conectada/Inteligente. E o melhor: com algumas dicas do que fazer (sim porque, numa dessas, até o seu amado pet pode se dar muito mal!). Vamos lá?  

ALTERAÇÃO NOS SERVIÇOS 



Você ficou todo feliz ao aceitar aquele tão desejado (e contratado) 'termo de serviço' inteligente? Pois saiba que, sem você autorizar, não só ele como até toda a internet que você usa pode mudar completamente de uma hora pra outra, fazendo durar bem menos seu produto adquirido se você não aceitar o novo contrato imposto. 

Hubs (pontes) Inteligentes Wink  



Este é o exemplo mais claro do que pode acontecer também com você nestes casos. Esta mensagem este ano indignou muita gente:
"Você pode continuar usando seu hub Wink de segunda geração, desde que pague uma taxa de assinatura mensal"
Assim a Wink, fabricante de hubs inteligentes domésticos, informava aos clientes uma mudança (inadvertida) nas regras de utilização para um equipamento comprado (até então, livre de custos adicionais): ele estaria acessível somente com um novo plano de assinatura, que deveria ser autorizado pelo usuário em um e-mail enviado pela empresa. A partir de 13 de maio, os usuários do Wink Hub deveriam pagar pelo menos de US$ 4,99 por mês para continuarem usufruindo de seus equipamentos já comprados. O Wink, junto com o SmartThings (e o extinto hub Revolv), fez parte da Casa Inteligente inicial da marca. Antes do Google e Amazon dominarem o mercado com os seus alto-falantes e telas inteligentes, as startups desenvolviam os "hubs" (pontes) para ligar lâmpadas inteligentes diversas a rede elétrica e, pelos roteadores Wi-Fi, comandarem tudo. Agora, em vez dos usuários alternarem entre o aplicativo Nest e Philips no smartphone para controle, o Wink unificou tudo no seu próprio aplicativo, facilitando a usabilidade. Os antigos hubs Wink (com SmartThings) porém continuam existindo atualmente, mas o Wink - que pertence ao cantor Will.i.am, do Black Eyed Peas - já estava lutando muito para manter os custos operacionais dos "velhos" dispositivos adquiridos, quando resolveram então criar essa tal taxa que, nas palavras da empresa,
"foi projetada para ser a mais modesta possível e permitir continuar fornecendo a a funcionalidade e recursos de aplicativos"
No email, o Wink informava que
"...se você optar por não se inscrever para uma assinatura, não poderá mais acessar seus dispositivos Wink a partir do aplicativo, controle de voz ou por meio da API, e as suas automações serão desativadas em 13 de Maio. As conexões, configurações e automações do dispositivo poderão ser reativadas se você decidir se inscrever posteriormente"
O Wink foi então acusado de extorsão por clientes furiosos nas redes sociais.
Desde 2014, o Wink cresceu para mais de 4 milhões de dispositivos conectados, baseados apenas em uma única taxa, vinda da direta venda dos equipamentos/hardware. Este lucro a princípio deveria cobrir os custos contínuos na nuvem, desenvolvimento e suporte aos cliente ao longo dos anos. Mas não foi suficiente. Nas redes sociais, alguns usuários indignados disseram
" já ter jogado o seu hub no lixo".
Outros, brincavam com:
"Uau, o prazo de uma semana está próximo de extorsão";
"...Deixe-me saber onde assinar o processo de ação coletiva"

Os usuários tiveram uma semana para pagar, estando prestes a perder o acesso às suas casas inteligentes quando, posteriormente, o prazo se estendeu para duas semanas.
Agora, devido ao "suporte incrível dos usuários" (leia-se barraco), o Wink não mais cobrará, pelo menos por enquanto, as assinaturas - até novo um aviso. 

ATUALIZAÇÃO EM 12/07/20 

O Wink não vai mais adiar o seu programa de assinatura e anunciou que começará a cobrar dos clientes US$ 5 por mês a partir de 27 de Julho, o que significa que os usuários que se recusarem a aceitá-lo, em breve terão que se contentar com funcionalidades limitadas. Em nova publicação no seu blog, a empresa explica que aqueles que não pagarem por uma assinatura perderão o acesso aos controles de voz e aplicativos remotos, integrações de terceiros, grupos, robôs, atalhos, atividades e configurações avançadas. Além disso, eles não poderão mais adicionar dispositivos, além de exibir, adicionar, excluir e renomear códigos de usuário. Eles só poderão manter o controle local sobre dispositivos selecionados, como bloqueios conectados ao Z-Wave. Quem quiser continuar usando seus hubs e dispositivos Wink como de costume, precisará fazer a assinatura usando o mesmo email cadastrado em seus hubs - se tiverem um. 

Nova assinatura Nest Aware no gerenciamento inteligente da Google 



Outra empresa, desta vez a Google, também anunciou em outubro do ano passado novos planos para o serviço Nest Aware, em 19 países ao redor do mundo. Como aponta uma publicação no blog da empresa, os usuários devem agora escolher uma assinatura para todos os seus dispositivos inteligentes Nest - incluindo aí câmeras, alto-falantes e monitores - em vez de pagar somente o preço do dispositivo para usar todos os serviços oferecidos por ele (o mesmo caso da Wink). O plano padrão do Nest Aware hoje sairá por US$ 6 ao mês (ou US$ 60 por ano) por 30 dias de histórico de vídeo monitorado ou, no plano Nest Aware Plus, US$ 12 ao mês (US$ 120 por ano) para 60 dias de eventos de vídeo monitorado, com suporte integrado para chamadas ao número de emergência 911 pelo aplicativo Google Home (somente nos EUA). 


[rumor] Samsung e Google podem acabar com Galaxy Apps Store e Assistente Bixby  

A Samsung e o Google estão trabalhando em um acordo que traria o fim da Galaxy Apps Store e da assistente pessoal Bixby. Segundo informações do site Droidlife, um acordo global de compartilhamento de receita a ser ainda finalizado tornaria Google Assistente, Pesquisa do Google e Google Play destacados nos dispositivos Samsung em todo o mundo, mudança que poderia resultar em queda significativa nas vendas de dispositivos da empresa coreana que assim, buscaria gerar mais receita ainda vinda de outras vias possíveis.



O Google não tem problemas em pagar pelo direito de ser o mecanismo de pesquisa principal em dispositivos de várias marcas. Nos iPhones da Apple por exemplo, o Google desembolsou só no ano de 2019 cerca de US$ 9,46 bilhões pela exclusividade. Este acordo agora permitiria que a Samsung parasse de injetar recursos em serviços que quase ninguém usa e ninguém fala, como a sua assistente de voz Bixby por exemplo - embora a Samsung mantenha tudo o que ela faz com esses serviços, não há como eles serem realmente lucrativos. Se a Samsung permitir que o Google comece a pagar muito dinheiro para oferecer a seus clientes uma melhor experiência com o Google Assistente e Google Play, isso é uma vantagem para a coreana. E já tem muitos fanboys da Sammy dizendo: "Por favor, faça o acordo, Samsung". Mas, e para aqueles que investiram seu dinheiro e expectativas não só nos smartphones da marca como nos periféricos compatíveis com a assistente Bixby? Que futuro de upgrade ou morte anunciada os aguardam? Confirmadas estas informações, só o tempo dirá... 


Google fora do mercado de nuvem?
 




Talvez agora a história toda com o Nest explique esta notícia:
"Caso não cumpra a meta prevista em 2023, Google pode sair do mercado de nuvem".
Sim, segundo informações do o site The Information, a Google pode abandonar os negócios na nuvem se não melhorar a sua fatia de mercado até 2023. A gigante teria recebido o ultimato da própria Alphabet (controladora do grupo): se não subir a posição no ranking de serviço em nuvem em quatro anos, não haverá mais investimentos neste setor. Atualmente, a Google está em terceiro lugar neste ranking, atrás de Microsoft e Amazon. A gigante precisa bater uma das duas para continuar no páreo. Procurada pela rede americana CNBC, a Google disse que a informação não foi apurada e que não tem intenções de fazer mudanças deste tamanho no setor. A Alphabet teve US$ 8 bilhões em receitas no último ano fiscal, contra US$ 9 bilhões da Amazon. A Microsoft obteve algo em torno de US$ 4,3 bilhões. O Information disse que Larry Page, co-fundador da Alphabet,
"considera a terceira posição como inaceitável”.
Contudo, a direção da Google apelará para que a empresa continue investindo na nuvem.

Bem, nem precisamos dizer aqui que, se a gigante sair do mercado da nuvem, principal alicerce das Casas Conectadas/Inteligentes, muita bagunça neste sentido pode ser especulada. 

ATUALIZAÇÃO EM 13/06/22  


iPadOS 16 inutilizará tablets da Apple como central de comando inteligente!


A função Central de Comando para dispositivos inteligentes antes presente no iPadOS 15 não estará mais disponível após a atualização do sistema para a versão 16! Com isso, continuar controlando os seus dispositivos inteligentes que antes eram compatíveis com o aplicativo Home da Apple no tablet da marca, será agora uma tarefa impossível. A empresa justifica que, para compartilhar a conectividade da casa inteligente e no app Home atualizado será preciso ter outra central de comando: no caso uma Apple TV ou um HomePod - únicos equipamentos compatíveis hoje que podem ser usados como centrais de comando após a atualização de sistema para a versão 16 no iPad. Desconfia-se que a atitude antipática da maçã se deu por causa da necessidade que uma Central de Comando tem em permanecer ligada o tempo todo para gerenciar com segurança essas funções inteligentes, como acontece hoje nos atualizados HomePods e Apple TV. Como um iPad usa bateria, isso poderia comprometer o controle dos dispositivos inteligentes conectados a ele caso o tablet ficasse repentinamente sem carga. Outro ponto importante notado é que, a nova versão do aplicativo Home no iOS e iPadOS 16 também é compatível com o padrão Matter, um protocolo para casa inteligente criado em conjunto com outras grandes marcas a ser lançado ainda este ano - o que pode então estar dando incompatibilidade nos tablets da Apple. Enfim, seu tablet Apple acaba de ficar mais burro... 


Governos controladores 

Enquanto empresas se ajustam na Internet das Coisas, governos mostram suas garras para combatê-las  - e até, derrubá-las. Isaac Asimov, famoso escritor de ficção científica, previu em seu romance "I, Robot" de 1950, que os robôs e a inteligência artificial seriam banidos da Terra em 2030. Em vez disso hoje, em 2020, o que estamos vendo são os grandes avanços na IA e, é provável que eles continuem nas próximas décadas. Só no Reino Unido, a IA atingiu um recorde de investimentos, passando de US$ 1,02 bilhões em 2018 para US$ 1,06 bilhão nos primeiros seis meses de 2019. E uma área em particular que está atraindo muita atenção é a Automação Inteligente - que combina Inteligência Artificial (IA) com Processamento de Linguagem Natural (NLP), Gerenciamento Digital da Força de Trabalho (WFM) e Aprendizado de Máquina com Automação (Machine Learning). Este ramo da tecnologia apresentará um crescimento esperado de US$ 14,4 bilhões até 2024, contra US$ 8 bilhões em 2020. A "IA" vai avançar na vigilância e segurança do cidadão e está hoje na agenda da maioria dos governos do mundo. Embora o uso da tecnologia "IA" seja positivamente vista como "um policial virtual" perante o público, não está fora de cogitação a possibilidade dela também ser usada em atividades governamentais de vigilância e controle bem mais 'sinistros'. A ética em relação ao uso da "IA" será um tema importante ao longo da década 2020, devido ao risco real dela cair em mãos erradas, podendo ser usada para perseguição política e espionagem industrial. Casos como o da China, que passou a exigir o reconhecimento facial para contratação de serviços de internet no país desde Dezembro de 2019, preocupam. 



O rosto do cidadão chinês será agora a sua senha para acessar à internet. Antes, bastava apresentar o documento de identidade. A justificativa governamental é de que a medida, será para “proteger os direitos e interesses legítimos dos cidadãos no ciberespaço”. O reconhecimento facial já é utilizado em supermercados, metrô, hotéis e aeroportos e outros tipos de estabelecimentos. Mas, este mesmo reconhecimento facial está sendo usado também para perseguir os uigures, grupo étnico que vive no noroeste do país. O reconhecimento facial também é usado pelos bancos para detectar o "nível de confiabilidade dos clientes" e também pela polícia, que elabora perfis raciais para vigiar as minorias. Todos os números de telefone registrados na China precisam agora contar com nomes de pessoas reais, onde o reconhecimento facial garanta a legitimidade nos cadastros. A China proíbe transferir números de telefone já usados por outros cidadãos a novos donos, sob pena de má qualificação no Crédito Social do país- uma espécie de ranking que chancela o cidadão chines para empréstimos ou, pior, cria um juízo/perfil virtual de caráter! O controle sobre o que os cidadãos chineses fazem na internet fixa-se agora em seus próprios smartphones que, estando o tempo todo com eles, servem de ferramente bruta para vigilância massiva em suas casas, trabalho e lazer - é o fim completo da privacidade dos chineses, fato. Por este motivo, produtos e serviços inteligentes (o 5G princialmente) de marcas chinesas como Huawei, Xiaomi, ZTE etc, ganham cada vez mais a desconfiança dos governos ocidentais.

Mas, infelizmente não é só um produto ou serviço inteligente que pode correr risco de 'ataque governamental' hoje em dia. A Rússia por exemplo foi além de todas os limites possíveis e está agora a um passo de se desconectar por completo da internet mundial! 



Depois de já ter testado com sucesso a sua própria rede de internet, que é totalmente separada da internet do resto do planeta, os filtros russos já pré-selecionam todas as informações nas conexões globais da web para que o governo direcione-as como bem entender, facilitando o bloqueio dos sites que julgar 'perigosos ou inconvenientes'. Chamada de Runet, a nova rede foi planejada desde 2011. Em 2019 ela se tornou ainda mais real, quando mudanças no seu funcionamento a tornaram totalmente independente da internet global, estando apta a funcionar 100% a qualquer momento. Na verdade, a Runet funciona de maneira similar a uma intranet gigantesca (como em empresas), fazendo com que as informações enviadas por cidadãos e organizações comuns circulem apenas dentro do país, em vez de circularem livremente pelo mundo. A Rússia também planeja lançar em breve a sua própria versão da Wikipedia, além de alternativas ao Google e Facebook - do mesmo modo como acontece há anos na China. Basicamente, a internet russa corre o risco de ter a mesma 'qualidade' da internet norte-coreana: ou seja, uma verdadeira farsa! Então, adquirir produtos para a casa Conectada/Inteligente também proveniente deste país, é um enorme risco a segurança das informações do usuário. E como na China, não há a menor perspectiva de que este cenário mude. Melhor então você precaver sua casa ou empresa disso. 

ATUALIZAÇÃO EM 23/11/22


Prejuízos bilionários e desemprego ameaçam a Alexa? 
Prejuízo de US$ 10 bilhões em 2022 gera incertezas sobre viabilidade econômica da Alexa! Por causa disso, cogita-se que a Amazon fará uma demissão em massa de mais de 10.000 funcionários, principalmente aos profissionais que atuam na divisão de IA - que engloba a Alexa e seus hardwares dedicados. Fontes da empresa disseram ao site Business Insider que "todos os planos para monetizar a Alexa falharam e, o serviço é um verdadeiro e colossal desastre econômico completo" - apesar dos aparelhos Echo serem os mais vendidos na empresa! O problema de fato está nas interações da Alexa com os usuários, que apenas lhes pedem coisas triviais e bobinhas como saber do tempo e do trânsito, tocar uma música, contar piadas etc. Interações mais sérias que envolvam gastos reais em compras online como, pedir um Uber, uma pizza ou finalizar o pedido de um celular pela Eco por exemplo, não vingaram. Principalmente depois de pais descobrirem, anos atrás, que seus filhos menores gastavam fortunas em compras indevidas, liberadas sem maiores problemas pela Amazon! Agora, o possível e inevitável corte de mão de obra na IA da Amazon pode também significar grandes perdas para as futuras inovações da Alexa nos próximos anos, abrindo enorme brecha para a concorrência e empobrecendo - ou encarecendo - um excelente serviço que, ainda hoje, está em pleno desenvolvimento. Seu Eco vai virar um peso de papel? É esperar para ver. 

ATUALIZAÇÃO EM 24/01/23 


O 'apagão às avessas' no HomePod da Apple em 2023  

E se nós lhe disséssemos agora que a Apple, deixou desativado por 2 anos um sensor de temperatura e de umidade no HomePod mini que você usa hoje? Pois é! Parece inacreditável mas, isto foi revelado pelo site 9 to 5 Mac este mês: o recurso foi escondido nas versões antigas do HomePod mini mas, marcará presença na atual segunda geração do gadget. Só agora a Apple decidiu liberá-lo para os usuários. A segunda geração da caixa inteligente da Apple tem o seu lançamento marcado para o dia 3 de Fevereiro deste ano a US$ 299 (R$ 1.520 em conversão de hoje) somente nos Estados Unidos. A 'nova' capacidade de detectar com alarmes tipos de fumaça ou monóxido de carbono - aliada a um sensor de temperatura e umidade que envia tudo por notificações no celular do usuário - é realmente um excelente 'upgrade no downgrade'! Porém, ficamos aqui pensando: o que mais os nossos gadgets inteligentes estão 'escondendo' de nós, para o bem ou para o mal?...

ATENÇÃO
- Leia sempre antes de dar um 'aceitar', os "Termos de Serviço" do que você está contratando; 
- Fique atento aos diversos comunicados e alertas do fornecedor de serviços contratado, seja pelo aplicativo, e-mails, redes sociais ou mesmo notícias na internet; 
- Verifique se a renovação do serviço supostamente alterado sem o seu consentimento é automática na sua conta bancária ou cartão de crédito
- Antes de desistir do serviço que modificou seu modo de operação, compare-o a outros semelhantes em qualidade e preço. As vezes, é melhor continuar com o que você já tinha; 
- Se for contratar ouro serviço, exija transparência do mesmo nas informações de suporte;  
- Quando for deixar de usar um serviço outrora contratado, solicite por e-mail a completa exclusão de absolutamente todos os seus dados nos servidores da empresa e, monitore em seguida os feedbacks - tudo sempre por e-mail; 
- Verifique o país de origem do serviço contratado para saber como ele lida com a privacidade e dados sensíveis não só sua como também de sua empresa; 
- Para os serviços que você descontratou, não esqueça de excluir também os aplicativos e programas em todos os dispositivos (celular, tablet, notebook e PC) onde eles foram instalados, excluindo também o histórico deles nas lojas de apps da Apple, Google, Windows etc ; 

EQUIPAMENTOS SEM SUPORTE 



O equipamento inteligente de repente parou! Aí você fica sabendo pesquisando na internet que, a culpa é de uma falha, vírus ou bug recente. Liga então para o suporte da marca e descobre que... ele não existe mais! 


Fim do suporte ao IFTTT nos produtos inteligentes D-Link 



Se você estiver usando muitos dispositivos de automação residencial de várias marcas distintas, poderá ser difícil fazer com que todos eles se comuniquem simultaneamente. Felizmente, o IFTTT é uma excelente maneira de automatizar estas tarefas, reduzindo o número de marcas nos seus produtos de Internet das Coisas. Mas para o azar de muitos usuários, a D-Link está anunciando que os seus produtos para Casa Inteligente não funcionarão mais nesta plataforma. Em um e-mail enviado aos clientes, a D-Link está anunciando que interromperá o suporte ao IFTTT para o serviço Mydlink em 1º de dezembro de 2020. Isso significa efetivamente que os plugins inteligentes para lâmpadas, sensores de movimento, sirenes, sensores de água e câmeras domésticas da empresa não serão mais compatíveis com a plataforma IFTTT, não os fazendo mais funcionar corretamente após a perda dos dados excluídos. A D-Link diz que seu serviço Mydlink continuará funcionando normalmente após 1º de dezembro e que apenas a compatibilidade com o IFTTT será descontinuada. Infelizmente, a empresa não deu uma explicação do motivo pelo qual está fazendo isso, especialmente porque a plataforma é mais usada para interoperabilidade entre vários dispositivos inteligentes.


Osram descontinuou o suporte para o seu sistema Lightify



A Osram também foi outra empresa que anunciou recentemente uma desativação, desta vez, ao suporte do seu servidor para as lâmpadas inteligentes no sistema de iluminação smart da marca, o Lightify. A Osram e seu distribuidor de sistemas Ledvance observaram que 
"...os clientes agora estão usando soluções abrangentes de Smart Home, como assistentes inteligentes para controlar uma iluminação inteligente, em vez de usar um sistema de controle de iluminação separado"
Portanto, a Osram desativará definitivamente o seu servidor na nuvem que controla o Lightify no dia 31 de Agosto de 2021.
No início de 2019, a Ledvance já havia encerrado as vendas do controlador, enquanto parte dos produtos Smart + ainda continuavam sendo vendidos com a marca Osram - esses produtos, são compatíveis com um grande número das principais plataformas smart home existentes hoje e, são otimizados para serem controlados também por assistentes pessoais (que estejam porém sob o gerenciamento de um padrão ZigBee). Como consequência, eles continuarão trabalhando nessas respectivas plataformas. Os clientes do Lightify foram informados da descontinuidade via email e também serão notificados por aplicativo. Estes clientes têm o prazo de um ano e meio para mudarem para uma plataforma alternativa de Casa Inteligente e assim, continuarem podendo usar suas lâmpadas e luminárias inteligentes. Somente algumas funções locais nas lâmpadas inteligentes ainda serão possíveis pelo Lightify a partir de 31 de agosto de 2021. 


SmartThings da Samsung matará os recursos herdados na Casa Inteligente  



O sistema SmartThings da Samsung também passará por várias grandes mudanças em 2021, o que afetará desenvolvedores, fabricantes de dispositivos inteligentes e clientes, à medida que a empresa tenta tirar todos eles da sua antiga plataforma de software para entrar em um novo aplicativo e aumentar a usabilidade e segurança na Casa Inteligente. Embora os detalhes não estejam muito claros, usuários e desenvolvedores devem estar preparados para que alguns recursos, dados e aplicativos herdados (migrados) dos dispositivos mais antigos, desapareçam. O SmartThings já está disponível para TV Nvidia Shield e o gateway Calix, além de conectividade com a Zigbee (Philips) e Zwave em dispositivos licenciados. SmartThings já migrou para novos hubs, como parte de uma campanha de atualização. Porém, quando a plataforma da Samsung foi lançada, a ideia de que você poderia usar qualquer sensor ou produto conectado compatível para que este funcionasse na plataforma SmartThing.  relacionadas à iluminação inteligente: se um usuário tem uma experiência segura no acionamento de uma lâmpada inteligente na varanda de sua casa, não precisa mais programar toda uma automação para que esta mesma luz só acenda se for detectado um movimento na câmera da campainha inteligente na entrada, por exemplo.
Isso agora acontecerá automaticamente, quando o cliente estiver conectado (ou provavelmente acontecerá depois que o usuário receber a solicitação de um assistente de voz para confirmar se "é isso mesmo o que ele gostaria de fazer"). Para chegar a esse nível, será preciso mais do encerrar um processo em back-end no SmartThings: deverá haver um novo padrão, como Apple, Amazon e Google estão tentando criar juntas hoje.  


Philips e outras marcas perderão integração no recurso "Works  With Nest", do Google 



O Google está fazendo uma transição (bagunça?) no programa 'Works with Nest', mudando-o para o programa 'Works with Hey Google'. Por causa disso, os donos de lâmpadas da linha Philips Hue agora perderão algumas funcionalidades que os dispositivos inteligentes compatíveis na integração com os acessórios Nest tinham. Em publicação no blog da marca, a Signify destaca que a partir do dia 17 de Novembro não será mais possível realizar a integração entre a linha de lâmpadas Philips Hue e os aparelhos Nest Cam, Nest Thermostat e Nest Protect do Google. O Google irá descontinuar a funcionalidade “Works With Nest” e substituí-la gradualmente pelo “Works with Hey Google”, impactando diversos produtos de terceiros como a linha Hue. Ainda assim, isso será temporário pois, assim que o Google terminar esta migração na nova plataforma, os usuários Hue poderão usar novamente os recursos nos gadgets do Google, segundo a empresa - que enfatiza ainda que estas lâmpadas inteligentes conectadas ao Google Assistente continuarão com suporte para serem controladas via comando de voz nos seus alto-falantes inteligentes.

Para entender um pouco melhor: a integração das lâmpadas Philips Hue com o programa “Works with Nest” permite que os dispositivos do Google compatíveis controlem a iluminação delas de forma autônoma ao detectar por exemplo pelo equipamento Nest Cam, que não tem pessoas na sala, apagando automaticamente a luz do ambiente sem nenhuma interação humana.

Segundo o site The Verge, o Google diz que está fazendo isso em nome da privacidade: ao eliminar o programa Works with Nest, dispositivos de 'terceiros' terão menos acessos aos dados capturados pelos termostatos inteligentes, detectores de fumaça, câmeras, alarmes e futuros produtos da marca Nest, evitando assim oportunidades potenciais de abusos e riscos na segurança. Um restrito número de 'parceiros cuidadosamente avaliados' terão acesso a estes dados sensíveis coletados mas, a Google não entrou em detalhes sobre quem seriam esses parceiros, dispositivos ou serviços autorizados.

O programa Works with Nest existe desde 2014 e muitos fabricantes de dispositivos que integraram seus produtos a ele estarão agora no limbo, sem garantia alguma de que todos eles serão transferidos para o novo programa Works with Google Assistant - seja porque seus desenvolvedores não têm recursos para reescrever as suas integrações ou, porque o Google não oferecerá a mesma quantidade e tipos de dados para todos. Empresas como Lutron, SimpliSafe e outras usam o status 'residencial/ausente' do Nest para controlar coisas como a iluminação, persianas inteligentes, sistemas de segurança doméstica e muito mais. Algumas dessas grandes marcas têm a esperança de, ainda este ano, poderem migrar todos os recursos existentes atualmente em seus dispositivos para o futuro programa do Google Assistant. Mas, não podem dar a seus clientes nenhuma garantia real de que isso possa acontecer de verdade. Um aviso enviado por e-mail aos clientes da Lutron após este anúncio do Google por exemplo, diz que

"...a capacidade de automatizar as funções de iluminação com base no status 'em casa/ausente' no Nest, bem como os alertas de presença de pessoas nas câmeras Nest ou detecção de fumaça ou monóxido de carbono no Nest Protect serão afetados pela mudança."

Os controles dos equipamentos como o termostato Nest via aplicativo da Lutron também serão afetados. Isto implica em suma não poder mais desligar o termostato no ajuste “ Ausente ” para que o equipamento evite aquecer uma casa vazia no inverno, gastando a toa preciosos recursos energéticos na residência/empresa. Então, não confie mais cegamente que o recurso 'Works with Nest' funcionará 100%. Uma publicação de Maio de 2020 no site The Verge comenta que "As mudanças no Nest podem deixar a Casa Inteligente um pouco mais burra" (leia AQUI- bem a cara do título e propósito deste post...

ATENÇÃO 
- Se for continuar com o mesmo equipamento antigo, esteja ciente dos riscos a segurança de sua privacidade e dados que poderão vir a partir do momento que ele ficar sem o suporte do fabricante;  
- Não instale nenhum possível plugin ou driver alternativos da internet para tentar fazer funcionar um dispositivo que "parou" pela falta de suporte da própria empresa fabricante: normalmente, estas falsas 'atualizações' tratam-se dos mesmos programinhas antigos, só que acompanhados de VÍRUS no pacote instalador; 
- Quando deixar de usar o equipamento antigo e não for comprar um novo, também exija por e-mail a completa exclusão de absolutamente todos os seus dados dos servidores da empresa, monitorando os feedbacks sempre por e-mail; 
- Para os dispositivos que você descartou o uso, exclua também os seus respectivos aplicativos e programas nos dispositivos (celular, tablet, notebook e PC) onde foram instalados, excluindo também o histórico deles nas lojas de apps da Apple, Google, Windows etc; 
- Mesmo que goste muito de uma marca para determinado serviço, considere trocar por outra confiável, para continuar mantendo a usabilidade dos outros equipamentos inteligentes instalados na Casa Conectada; 
- Descarte corretamente os equipamentos inteligentes sem uso nos postos de reciclagem eletrônica mais perto de sua casa ou empresa: NUNCA jogue-os no lixo comum! 

EQUIPAMENTOS VULNERÁVEIS E FALHAS NA SEGURANÇA  

Aqui, o equipamento inteligente continua sendo vendido e disponível no suporte da empresa normalmente (ufa!). Mas, é melhor não relaxar a guarda ainda: as falhas na nuvem nunca param e os criminosos digitais, também nunca dormem. 


(Até a) Philips Hue ficou vulnerável 



Uma vulnerabilidade descoberta nos equipamentos Hue permitia que hackers acessassem os computadores dos usuários de lâmpadas inteligentes da Philips (veja o video). A vulnerabilidade afetava todos os dispositivos conectados que usam a rede de protocolo Zigbee, o que inclui os produtos 'Philips Hue Smart Light Bulbs' e também o 'Amazon Echo', conforme um relatório disponibilizado pela empresa de segurança Check Point, que confirmou a vulnerabilidade listando-a como severidade "alta". Especificamente, a vulnerabilidade (CVE-2020-6007) nos dispositivos, permitia que crackers se infiltrassem numa rede local remotamente usando o padrão de baixa potência ZigBee (da ZigBee Alliance) para controlar uma gama de dispositivos IoT (Internet das Coisas). A Signify (Philips Lighting), empresa fabricante dos equipamentos Philips Hue, disponibilizou um patch de segurança e pediu a todos os usuários que instalassem a atualização recente no software para se protegerem contra os possíveis hackers - a atualização é a versão 1935144040. A Philips não atualiza automaticamente os dispositivos, mesmo em casos de "alta" gravidade, a menos que os clientes optem para atualizações automáticas. A empresa pede então a todos os proprietários de produtos Philips Hue que habilitem as atualizações automáticas nos sistemas de gestão dos seus equipamentos.


Alto-falantes Inteligentes (autônomos) na mira de hackers 



Se você trabalha em casa, é uma boa ideia desligar os alto-falantes inteligentes mais cedo ou mais tarde. Sua Alexa ou Google Home pode estar ouvindo todas as suas reuniões confidenciais de trabalho. Antes de 2020, os dispositivos inteligentes não apenas nos ouviam quando não queríamos, como também os próprios funcionários da Amazon ou Google, com o objetivo de "melhorar os recursos de reconhecimento de voz". Isso pode ser um grande problema para as pessoas que lidam com informações pessoais e confidenciais sensíveis: professores de educação realizando reuniões sobre seus alunos; médicos discutindo planos de tratamento com seus pacientes; advogados conversando com seus clientes sobre um caso em andamento. A Bloomberg apurou que pelo menos um escritório de advocacia aconselhou seus advogados a desativarem os alto-falantes quando estiverem a trabalho. Infelizmente, não há como saber se os nossos alto-falantes inteligentes estão de fato nos gravando, a menos que altere-se manualmente as configurações de privacidade ou desconectemos completamente os dispositivos. De acordo com um relatório de Janeiro de 2020 da NPR e da Edison , 60 milhões de pessoas (ou 24% dos adultos com 18 anos ou mais) nos EUA possuíam menos mais do que um dispositivo de alto falante inteligente no final de 2019. No entanto, com um número total de 157 milhões de alto-falantes inteligentes por lá, são 2,6 dispositivos por família. O relatório também concluiu que 69% dos oradores os usam diariamente. São muitas as conversas a serem potencialmente ouvidas sem o nosso conhecimento.

Muito cuidado com o monitoramento indevido das suas conversas!! 

Novas pesquisas sugerem que a ameaça à sua privacidade pode ser maior do que pensávamos. Em Janeiro de 2020, Dan Goodin do site Ars Technica relatou que foram descobertas mais de 1.000 frases que espionam usuários na Alexa, Siri e Google Assistente! Já era sabido que estes dispositivos monitoravam silenciosamente programas de TV e outras fontes sonoras para produzirem 'falsos gatilhos', que os ativavam por completo (despertavam) sem a sua autorização para enviar estes sons 'espionados' para a Amazon, Apple, Google ou outros fabricantes. Agora, pesquisadores descobriram mais de 1.000 sequências de 'palavras chaves' que dizemos o tempo todo além de 'Game of Thrones' , 'Modern Family' , 'House of Cards' etc. Dorothea Kolossa, uma das pesquisadoras, diz que 

"Os dispositivos são intencionalmente programados de uma maneira que possam ser capazes de entender os humanos. Portanto, é mais provável que eles iniciem mais de uma vez e com muita frequência..." 

Os pesquisadores recomendam para o que não deve ser dito perto das caixas autônomas com assistentes pessoais  (palavras ou sequências de palavras que acionam os falsos gatilhos): 

Na Alexa: “unacceptable,” “election,” and “a letter” ("inaceitável", "eleição" e "uma carta") 

No Google Home: “OK, cool,” and “Okay, who is reading” ("OK, legal" e "Ok, quem está lendo") 

Na Siri: “a city” and “hey jerry” ("uma cidade" e "ei jerry") 

Na Microsoft Cortana: “Montana” 

Videos (1já mostraram (2) um personagem do GoT ('Game of Thrones') dizendo "uma letra" e o personagem da Família Moderna pronunciando "hey Jerry", despertando da TV a Alexa e Siri, respectivamente. Nos dois casos, as frases ativam os dispositivos localmente, onde os algoritmos analisam as frases e, depois de 'deduzirem' que essas são uma palavra de ativação, enviam o áudio para servidores remotos, onde outros mecanismos de verificação mais robustos também os consideram como termos de ativação. Em outros casos, certas palavras ou frases podem 'enganar' apenas uma 'detecção local' de ativamento, mas sem prosseguimento na nuvem. De qualquer maneira, trata-se de uma intrusão de privacidade inaceitável. O risco para a privacidade não é apenas teórico. Em 2016, as autoridades policiais que investigaram um assassinato, intimaram a Amazon a fornecer os dados da Alexa transmitidos nos momentos que antecederam o crime. No ano passado, o The Guardian informou que os funcionários da Apple às vezes transcrevem conversas sensíveis ouvidas pela Siri . Eles incluem discussões privadas entre médicos e pacientes, negócios, negócios aparentemente criminosos e encontros sexuais. O artigo de pesquisa, intitulado "Inaceitável, onde está minha privacidade?", É o produto de Lea Schönherr, Maximilian Golla, Jan Wiele, Thorsten Eisenhofer, Dorothea Kolossa e Thorsten Holz, da Universidade Ruhr Bochum e Instituto Max Planck de Segurança e Privacidade. Em uma breve descrição das descobertas , eles escreveram: 

"Nossa observação foi capaz de identificar mais de 1.000 seqüências que acionam incorretamente alto-falantes inteligentes. Por exemplo, descobrimos que, dependendo da pronúncia, o «Alexa» reage às palavras "inaceitável" e "eleição", enquanto o "Google» geralmente é acionado para "OK, legal". «Siri» pode ser enganado por "uma cidade", "Cortana" por "Montana", "Computador" por "Peter", "Amazon" por "e zona" e "Eco" por "tabaco". Em nosso artigo, analisamos um conjunto diversificado de fontes de áudio, exploramos preconceitos de gênero e idioma e medimos a reprodutibilidade dos gatilhos identificados. Para entender melhor os gatilhos acidentais, descrevemos um método para fabricá-los artificialmente. Ao fazer engenharia reversa do canal de comunicação de um Amazon Echo, podemos fornecer novas idéias sobre como as empresas comerciais lidam com esses gatilhos problemáticos na prática. Por fim, analisamos as implicações de privacidade dos gatilhos acidentais e discutimos possíveis mecanismos para melhorar a privacidade dos falantes inteligentes. 

Os pesquisadores analisaram equipamentos de assistentes pessoais/voz da Amazon, Apple, Google, Microsoft e Deutsche Telekom, além de três modelos chineses da Xiaomi, Baidu e Tencent. Representantes da Apple, Google e Microsoft não responderam imediatamente a um pedido de comentário. O artigo completo ainda não foi publicado e os pesquisadores se recusaram a fornecer uma cópia antes do previsto. As descobertas gerais, no entanto, já fornecem evidências adicionais de que os assistentes de voz podem interferir na privacidade dos usuários, mesmo quando as pessoas não acham que seus dispositivos estão ouvindo. Para os preocupados com o problema, pode fazer sentido manter os assistentes de voz desconectados, desligados ou impedidos de ouvir, exceto quando necessário - ou renunciar a usá-los. Em 20 de Junho de 2020, depois que o site Ars Technica solicitou comentários a Amazon, a empresa forneceu a seguinte declaração:

"Infelizmente, não tivemos a oportunidade de revisar a metodologia por trás deste estudo para validar a precisão dessas reivindicações. No entanto, podemos garantir que incorporamos profundamente a privacidade no serviço Alexa, e nossos dispositivos foram projetados para serem ativados somente após a detecção da palavra de ativação. Os clientes conversam com o Alexa bilhões de vezes por mês e, em casos raros, os dispositivos podem acordar depois de ouvir uma palavra que soa como "Alexa" ou uma das outras palavras de ativação disponíveis. Por design, nossa detecção de palavras em vigília e reconhecimento de fala melhoram a cada dia - à medida que os clientes usam seus dispositivos, otimizamos o desempenho. Continuamos a investir na melhoria da nossa tecnologia de detecção de palavras em vigília e incentivamos os pesquisadores a compartilhar sua metodologia conosco, para que possamos responder com mais detalhes."  

Ok.

E estes alto-falantes inteligentes também são vulneráveis aos ponteiros laser, que podem enganá-los introduzindo comandos de forma silenciosa e sem o real conhecimento dos usuários. Um grupo de investigadores de Tóquio e da Universidade de Michigan publicou um estudo onde demonstram ser capazes de implantar ações nos dispositivos Google Home, Amazon Alexa e até smartphones e tablets da Apple com Siri via laser points. O método para tornar tal hack possível é complexo, mas pode ser realizado por qualquer pessoa mais experiente em processos hackers. Em demonstrações realizadas pelos investigadores, os lasers emitiram uma mensagem lumínica equivalente ao comando de voz “OK Google, abra a porta da garagem”, estendendo estes comandos para controlar as luzes ou eletrodomésticos da casa, fazer compras não solicitadas e até, desbloquear fechaduras inteligentes. Os investigadores notificaram as empresas que se utilizam tais tecnologias inteligentes (como Tesla, Ford, Amazon, Apple e Google) para o problema existente, mas nenhuma delas se pronunciou sobre o método ou, uma maneira de corrigir esta vulnerabilidade. Todo cuidado é pouco. Em uma casa mega conectada, nunca sabemos de fato como e quando poderemos ser hackeados. 

Google Home mostrando 'imagens alheias' no dispositivo



Um Google Home mostrado imagens de câmeras alheias a outro usuário. Assustador? Pois o fato supostamente aconteceu com uma câmera de segurança Nest da empresa, aumentando o receio de privacidade sobre o kit doméstico inteligente do Google. Relatado por um usuário do Reddit e mostrado em um vídeo postado no imgur, a suposta filmagem expõe a marca Nest no canto superior.
“[Minha] esposa estava sentada na mesa da cozinha e viu isso aparecer”,
relatou o usuário do Reddit.
"Ela pensou que talvez fosse um anúncio, mas acho que é legítimo a câmera de outra pessoa aparecendo em nossa tela." 
“Ela disse que viu um cara caminhar até a porta antes de decidir gravar o que estava acontecendo com seu iPhone. Foi isso que ela viu. 
“É a sua casa ?! Com certeza não é a minha! Nós não possuímos uma câmera de Nest, além daquela dentro de nossa cozinha.”

O proprietário do Home Hub disse que não reconheceu a casa mostrada nas imagens de vídeo, que ostenta a marca d'água Nest e não acha que seja do bairro local. 
Um funcionário do Google que postou no tópico do Reddit pediu ao proprietário do Home Hub para entrar em contato com a empresa, usando o recurso de mensagens diretas do Reddit, para ver se eles poderiam obter mais detalhes da aparente violação de segurança. 
Não seria a primeira vez que os produtos Google Home mostram imagens de câmeras de segurança de outras pessoas. No início deste ano, um proprietário de uma câmera da Xiaomi relatou que estava vendo imagens aleatórias das casas de proprietários de outras câmeras - incluindo imagens de crianças dormindo - em seus dispositivos Google Home. O problema foi rapidamente corrigido. O Google também foi forçado a consertar um bug no software da câmera Nest, que permitia que novos proprietários dos dispositivos continuassem assistindo a imagens do proprietário anterior, mesmo após ele ter feito o cancelamento do registro do dispositivo! Um porta-voz do Google disse que a empresa está cientes e investigando ativamente os fatos. Mas espera, só isso?... 


Quedas do Google já afetaram as Casas Conectadas



Ao longo da tarde do dia 2 de Março de 2019, a plataforma Gooogle Cloud sofreu com vários problemas, caindo por completo para muitos usuários ao redor do mundo. Alguns nem sentiram que os serviços do Google ficaram fora do ar ou apresentaram anormalidades, mas a verdade é que todo mundo foi afetado, de alguma forma e sem exceção. 
Foram cinco horas onde vários apps e serviços deixaram de funcionar: YouTube, Gmail, GSuite, Analytics e vários outros recursos do Google ficaram inoperantes.
Mas não foi só isso: aplicativos que aparentemente não tem nada a ver com o Google também foram afetados, como por exemplo o Discord e o Snapchat, pois ambos são clientes do Google Cloud, e utilizam a plataforma da empresa para basear e oferecer os seus serviços.

É preciso refletir sobre o que aconteceu neste dia. 

Estamos mais dependentes demais dos serviços centralizados na internet. É um cenário de caos o real perigo de depender tanto assim da nuvem, mesmo sendo muito raro ver o Google Cloud caindo dessa forma. Mas a cada vez que isso acontece, todos se lembram que dependem de serviços centralizados, e descobrem 'a força' o que acontece quando serviços deste tipo, falham.
Os problemas na Casa Conectada/Inteligente, como não poder mais controlar seu o termostato, lâmpadas ou até mesmo não poder entrar ou sair da própria residência, realmente remontam a um filme de terror científico. Foram longas cinco horas para resolver a situação. Agora todos já sabemos que, se tudo o que estiver baseado na nuvem vier a falhar de uma hora para outra, todo o restante dito "inteligente" também falhará.
Apesar dos inegáveis benefícios do cloud parecerem superar os seus riscos, é preciso refletir sobre as consequências de um mundo todo baseado só na nuvem.
Uma reflexão ainda mais importante é levar em conta o uso da domótica (gestão da casa na casa - a automação "in-loco"propriamente dita) e como cada novo dispositivo fará parte integrante dela e também, dos assistentes virtuais e demais serviços na nuvem. Tipo uma "autentificação em dois níveis", para que o sistema como um todo da Casa Inteligente possa funcionar sem estes temidos apagões. 


Gatos sem comida nos alimentadores inteligentes Petnet 



Podemos confiar cegamente nossos amados pets a Inteligência Artificial enquanto estivermos fora de casa longos dias a serviço ou a viagem de descanso?
Uma interrupção abrupta no sistema online dos alimentadores inteligentes da marca Petnet deu este alerta: ele deixou muitos gatos sem comida em todo o mundo, conforme os inúmeros relatos de donos de animais de estimação, que tomaram conta do Twitter no período do evento. Nas reclamações, vários usuários afirmam que os smartfeeders não funcionaram corretamente há semanas, nem respeitam a programação agendada, entregando a comida aos felinos em horários totalmente diferentes dos solicitados e até mesmo deixando de disponibilizar a comida aos pets.
Um usuário do Twitter compartilhou uma foto mostrando os seus gatos ao lado do alimentador vazio e, disse ter enviado mais de 30 e-mails para a fabricante, sem obter respostas. Já outras pessoas chegaram a levantar a suspeita de que a empresa estaria se retirando do mercado, devido à esta falta de respostas. Como muitos donos o dia inteiro fora de casa, os peludos ficaram sujeitos a não ter o que comer durante longos períodos. E a situação piora no caso dos usuários que estão em viagem e não conseguem acessar o sistema pelo aplicativo para tentar resolver o problema. Posteriormente, a Petnet afirmou que está investigando os motivos da falha no sistema do smartfeeder de segunda geração, além de pedir desculpas aos usuários do dispositivo. Ainda de acordo com a empresa, as refeições agendadas estão sendo disponibilizadas conforme o solicitado no app do serviço, mesmo com o sistema do comedouro inteligente aparecendo offline para o usuário, desde que o aparelho não seja desligado. Depois disso, a companhia não deu mais informações a respeito do problema, mesmo com a enorme quantidade de mensagens e fotos de gatos famintos, ao lado do dispositivo sem funcionar. Uma verdadeira judiação!  


TVs "muito" conectadas... cuidado!



O FBI emitiu há um ano atrás, mais alertas sobre a segurança nas Smart TVs. Estes alertas de segurança do FBI na verdade, já existem desde 2012. Além do risco de fabricantes e desenvolvedores de aplicativos poderem escutar e ver tudo o que se passa na sala das Smart TVs, outras vulnerabilidades podem abrir a porta dos aparelhos para hackers através do roteador, principalmente em modelos mais antigos. Softwares desatualizados deixam as Smart TVs ainda vulneráveis, onde criminosos podem roubar todos os seus dados pessoais, incorporar rastreadores e espiões ou, realizar ataques de força bruta. Investigadores descobriram que vírus podem aparecer como uma pequena janela no navegador da TV, induzindo o usuário a ligar no número de telefone que aparece na tela para resolver um suposto “problema”. São falhas e brechas críticas como malwares do tipo ransomware (bloqueio de sistema) e scarewares (serviços falsos de assistência técnica), além do sequestro de milhares de unidades do Google Chromecast, denominado como CastHack - que explorava falhas em protocolos dos dispositivos para se cometer crimes. O cenário é mais grave do que parece. A Samsung já chegou a recomendar em video que seus usuários escaneassem as TVs em busca de vírus - depois, a empresa retirou o vídeo do ar e esclareceu (ou tentou) que o vídeo era apenas para a educação do cliente e não necessariamente resposta a uma ameaça. A nova geração de Smart TVs da Samsung (2019 em diante) contam com o McAfee Security for TV já instalado ao sistema Tizen dos aparelhos.
Fato: Smart TVs se transformaram em nova porta de entrada a malwares, sem falar na coleta de dados indevida por parte dos apps e assistentes que as utilizam. Todos precisam estar conscientes sobre o assunto e, se possível, se certificar que o dispositivo e a sua rede estão sempre protegidos. 


Fechaduras eletrônicas Lockstate e August Smart Lock vulneráveis



Você decide colocar uma fechadura eletrônica na porta de sua casa. Você está em viagem e recebe uma atualização de firmware e realiza uma atualização. Horas depois, você recebe um e-mail do fabricante da fechadura informando que a atualização falhou e a porta da sua casa está aberta. Suposição? Não. Isso realmente aconteceu com vários usuários do Airbnb, por causa de uma falha de atualização da empresa Lockstate. O inconveniente demonstrou uma possível vulnerabilidade desse tipo de fechaduras eletrônicas. Não há um veredito concreto sobre a segurança destes sistemas. Nesses casos, qualquer fechadura conectada pode ser a princípio ser hackeada, assim como qualquer outro serviço na nuvem protegido simplesmente por um nome de usuário e senha. Por outro lado, há quem diga que é o futuro. Mas esse futuro, futuro mesmo, parece que ainda não chegou. 

Outra falha em fechaduras inteligentes, desta vez encontrada nos modelos August Smart Lock Pro + Connect, abre a rede Wi-Fi do usuário para hackers! 

Esta brecha de segurança não corrigida que o site PCMag em parceria com o Bitdefender encontrou no Smart Lock Pro + Connect não permite que um hacker abra a porta da frente mas, pode dar a um criminoso acesso total à rede Wi-Fi local. A Bitdefender notificou este problema em Dezembro do ano passado (2019) a fabricante, que respondeu com uma proposta de divulgação pública em Junho de 2020. Depois disso, nada mais aconteceu. O Bitdefender continuou tentando respostas por mais alguns meses, mas eventualmente devido a inação da August, optou por revelar agora o problema. De acordo com os protocolos de divulgação responsável, os pesquisadores que encontram um problema normalmente dão às empresas 90 dias para planejarem soluções. Neste caso, o Bitdefender esperou quase três vezes mais. Então, se você tem em casa ou na sua empresa um August Smart Lock Pro + Connect, melhor se precaver!! 


Falha geral nos dispositivos IoT para Casas Inteligentes
  




Um grupo de pesquisadores para IoT (internet das coisas) da empresa ESET, detectou múltiplas vulnerabilidades em três hubs de casa inteligente: Fibaro Home Center Lite, Unidade de Controle Central HomeMatic (CCU2) e eLAN-RF-003. A empresa de segurança recomendou aos usuários destes equipamentos, instalarem as atualizações mais recentes para reduzir o risco de serem atacados, uma vez que as falhas de segurança podem ser exploradas por hackers para fazer ataques 'man-in-the-middle' - que permite a hackers escutar uma vítima, criar backdoors ou obter acesso total a alguns dos dispositivos e conteúdos específicos. Estas vulnerabilidades podem até permitir que atacantes ganhem controle sobre as unidades centrais e todos os periféricos a elas ligadas. Em tese, havia a possibilidade de ser feita uma autenticação inadequada, que permite que todos os comandos sejam executados sem login. Os resultados dos testes feitos pela equipe de investigação da IoT da ESET mostraram que era perigoso ligar um dispositivo à Internet ou mesmo à rede local do WiFi, devido a uma série de vulnerabilidades críticas identificadas. Apesar dessas vulnerabilidades estarem agora sendo expostas pela ESET, empresa como Fibaro e HomeMatic já haviam lançado, em 2018, algumas correções e atualizações para a maioria destes problemas.


IA clonando a sua voz! 



Com apenas 5 segundos de amostra, uma IA vai clonar 100% da sua voz. O Voice Cloning é um projeto de pesquisa em inteligência artificial (IA) da Universidade de Cornell (EUA), que desenvolveu uma rede neural capaz de clonar - e imitar com muita, senão total fidelidade - a voz de uma pessoa com base em uma amostra de meros cinco segundos. O estudo foi publicado na página acadêmica de uma instituição de ensino e é assinado por 11 especialistas. Desenvolvedores criaram uma rede neural baseada na sintetização de sistemas texto-para-discurso, que pode gerar clipes de áudio de indivíduos até mesmo nunca vistos por nós durante treinos do software. O sistema analisa uma voz pré-gravada (ou mesmo uma ouvida na hora) e cria um modelo matemático. Esse modelo é então inserido dentro de um software texto-para-voz, não muito diferente dos diversos modelos que se vê disponíveis por aí, com uma diferença: com o modelo matemático inserido, o sistema consegue reproduzir não apenas o que foi dito, mas com a mesma voz da fala original. Além disso, o sistema é capaz de gerar novas vozes, além de ser programável para fazer qualquer tipo de discurso com a voz clonada. Ainda bem que tudo isso é parte de uma pesquisa acadêmica. Em 2019, as chamados deepfakes tomaram-se manchetes mundiais na imprensa especializada e geraram enorme preocupação com a segurança das pessoas, anônimas ou celebridades. Um sistema que emule perfeitamente a nossa voz pode muito bem ser usado para fins nefastos, nas mãos de criminosos virtuais.

ATENÇÃO
- Continue atento aos comunicados e alertas de segurança do fornecedor de serviços contratado, seja pelo aplicativo, e-mails, redes sociais ou mesmo notícias de fontes confiáveis na internet; 
- Normalmente as marcas de produtos inteligentes atualizam automaticamente os seus dispositivos. Para que isto ocorra porém, verifique o status da conexão de sua casa ou empresa para saber se ela não é interrompida frequentemente, impossibilitando a continuação dos downloads de segurança e instalação das atualizações; 
- Caixas de som autônomas para as assistentes de voz como Alexa ou Google Assistente etc, devem ter os seus microfones desativados quando a interação com elas não se fizer mais necessária - salvo os casos de viagens de férias ou a trabalho, onde os microfones escutam os ambientes sem ocupação humana para o devido monitoramento na segurança. Se você realmente está preocupado em proteger a privacidade das suas conexões enquanto estiver trabalhando em casa, desconecte os alto-falantes inteligentes ou pressione o botão mudo no próprio dispositivo. Você pode perder a conveniência da caixa fazer acender as luzes da sua casa com sua voz ou pedir a Alexa para tocar sua música preferida, mas você terá maior tranquilidade em saber que a Amazon não estará mais o ouvindo, preservando assim o seu trabalho e o seu cliente; 
- Evite colocar o seus alto-falantes inteligentes próximos de janelas e outros pontos visíveis nos ambiente externos, já que o uso de fitas e outros materiais para cobrir os microfones dos dispositivos não são 100% eficientes em casos de hackeamento com ponteiros laser;   
- O mesmo vale para as telas autônomas das assistentes pessoais, que também captam videos nos ambientes como o Google Home;  
- Teste todos os dispositivos da Casa Inteligente sempre que a conexão a internet que foi longamente interrompida voltar. Se em seguida, alguma solicitação estranha ocorrer, contate o suporte do equipamento antes de continuar algum procedimento que possa ser indevido; 
- Ao viajar por longos períodos, não deixe os seus animais reféns exclusivamente uma única babá inteligente: tenha uma 'opção b', como a porta de um armário baixo preparada com fartura de água e comida e acessível por uma fechadura eletrônica. Caso os outros comedouros apresentem falhas, é só destravar o armário e liberar o que estava reservado lá para emergências; 
- Evite ter a sua voz clonada: em ligações telefônicas ou chats de video onde não se tenha nenhum sinal do interlocutor no outro lado da linha, FIQUE MUDO! Não diga "Alô, alô..." o tempo todo, esperando uma resposta pois, nestes casos, são bots que estão monitorando a sua linha telefônica para saber de sua atividade/disponibilidade para oferecer-lhe serviços ou, pior: espioná-lo/cloná-lo. Em ligações pessoais/residenciais, a nova regra hoje é: quem chama diz "Alô" e se identifica, não o contrário. Nos assistentes de voz, se for possível coloque números nos comandos em vez de frases, como 1 para "Alexa, acenda a luz", 2 para "Alexa, ligue o termostato" etc. Isto dificulta que uma Inteligência Artificial "do mal" possivelmente instalada em sua rede o ouça e aprenda o seu vocabulário. Ou, por mais ridículo que possa parecer (mas dependendo o nível de sigilo desejado) simplesmente simule uma voz diferente nos comandos (mais grossa, mais fina, mas diferente da sua original); 
- As TVS são os maiores problemas na segurança de dados, como vimos acima. Uma alternativa aqui, é usar aparelhos atualizados do tipo Google Chromecast para poder conectar-se a rede de internet de modo mais independente, descartando aplicativos instalados na TV. - aparelhos deste tipo, transferem a conexão que você usa no celular diretamente para eles, livrando você de usar a conectividade da TV; 
- Nas fechaduras inteligentes, o consenso geral é de que elas por enquanto ainda não atingiram um nível extremo de confiabilidade. Então no final das contas, a escolha é sempre muito pessoal: a conveniência do "inteligente" ou, a tranquilidade da segurança. 

EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DESCONTINUADOS 

Nem função, nem suporte, nem conserto, nem utilidade inteligente. É o fim de tudo! 


1ª geração de hubs Philips Hue deixa de funcionar no Google Assistente 


Se você ainda é um usuário da primeira geração original do Philips Hue Hub OG, já deve estar ciente de que o suporte ao produto chegou a fim desde 30 de Abril deste ano (anúncio feito em Março de 2020). Alguns usuários no entanto continuavam felizes por ainda poderem usá-los no Google Assistente , que permitia controlar o Hub mesmo meses depois que ele "parasse". Mas, esta festa também acabou. Estes usuários estão recebendo agora instruções do assistente de voz da Google sobre o seu desligamento nos equipamento descontinuados da Philips. O que fazer? Basicamente, trocar para um Hue Hub de segunda geração ou, parar de usar as lâmpadas smarts no modo inteligente. Para um dispositivo Internet das Coisas ou IoT, isso é mais próximo possível da 'pena de morte'. Obviamente, a bridge antiga da Philips ainda pode trabalhar localmente com outros aparelhos conectados. Mas esqueça aqueles acessos remotos e outros recursos. De fato, foi surpreendente que os controles de voz do Google Assistente ainda acessassem a Hue Bridge antiga pelo telefone, enquanto ambos estivessem conectados a mesma rede Wi-Fi local.
Pois é, o dispositivo "antigo" da Philips não foi mesmo originalmente pensado para durar.
Os proprietários insatisfeitos terão que rever seus planos a partir de 22 de Junho...
A pergunta aqui é: eles continuarão comprando outro dispositivo Philips, depois desta rasteira? 


1º Google Home não está mais disponível



É o fim de uma era. O Google Home foi a primeira alternativa ao Amazon Echo com Alexa no mercado de alto-falantes inteligentes dos EUA.
Anunciado em outubro de 2016 - quase dois anos depois do Echo -  hoje o equipamento está listado nos sites da Google como "não mais disponível", com alguns varejistas independentes ainda com estoque dele. Não há motivo plausível para se ignorar o primeiro Google Home que, ainda funciona perfeitamente mesmo 3,5 anos após o seu lançamento. O propósito na verdade, é outro: no evento Google I/O 2019, a empresa anunciou que renomeará a sua linha "Home" de produtos da Casa Inteligente para a marca Nest. O display inteligente Nest Hub Max foi o primeiro lançado sob esta nova marca. O Google se deu até o trabalho de adicionar adesivos "Nest" nos dispositivos em estoque que ainda levavam a marca Home.
As atualizações no desempenho da nova linha Nest parecem justificáveis, mantendo a página inicial do Google Home mas, incentivando os usuários a se direcionarem aos monitores inteligentes da empresa, de qualidade de som melhor e com acesso especial a mais serviços visuais da Google, com atualizações aprimoradas de aumento na memória e maior poder de processamento no dispositivo. A arquitetura do novo Nest armazenará na nuvem os modelos de identificação de voz nos dispositivos só quando for necessário para sua verificação, sendo excluídos depois. O primeiro Google Home é ótimo ainda para controlar uma música, as luzes, responder a perguntas... No entanto, o Google decidiu que já estava na hora descontinuá-lo, 4 anos depois. Atualmente o Google oferece duas versões físicas do seu assistente de voz: o Google Home e o Google Max - sem contar o Nest Display, lançado nos últimos tempos. Porém, o primeiro (e agora também descontinuado) Google Home situava-se numa faixa média: melhor que o Mini e menos potente que o Max, sem tela e bem mais simples. Fará falta... 

ATUALIZAÇÃO EM 30/07/20 

Em maio passado, o "Google Home Hub" se tornou o "Google Nest Hub". Mas demorou um pouco para atualizarem as embalagens de varejo no atual "Nest Hub" para os novos compradores. Um mês após o anúncio, adesivos cinza alertavam para a mudança de nome nas caixas originais dos varejistas. Embora o Nest Hub tenha sido o primeiro produto a ser 'atualizado' na nomenclatura, outros dispositivos - incluindo Cam Indoor, Hello, Protect e Thermostat - vieram com embalagens totalmente novas ao longo de 2019. Compare as embalagens dos dispositivos Google Home disponíveis oficialmente hoje no mercado depois da descontinuação de sua primeira versão: 



O Google continua vendendo o Home Max e mais surpreendentemente ainda, o Home Mini - este último já foi substituído, enquanto o Home Max provavelmente será desativado quando um novo alto-falante da Nest for lançado. O primeiro "Google Home" lançado continua ativo hoje apenas por aplicativo complementar para Android e iOS, responsáveis pela configuração e controle limitado de alguns dispositivos [ainda] compatíveis. Tanto o Google Home Hub quanto o atual renomeado Nest Hub continuam com suas funcionalidades e atualizações em dia. Portanto a grande dica aqui é ficar bastante atento agora as embalagens dos produtos para a Casa Inteligente para não levar um dispositivo já condenado porém, ainda ofertado nas prateleiras! Agora me diga: precisava fazer tanta bagunça assim Google?...


Logitech abandona o Harmony Express, controle com Alexa lançado a apenas 1 ano


A Logitech anunciou dia 10 de Julho de 2020 que descontinuará seu controle universal Harmony Express, um ano apenas após o lançamento. Segundo a empresa, o acessório não atendeu as expectativas, tendo o seu suporte completamente encerrado em 30 de setembro e deixando de funcionar a partir de então. Quem adquiriu o produto poderá solicitar reembolso se comprovada a compra ou, substituir gratuitamente o aparelho agora obsoleto pela versão Harmony Elite, um modelo que, apesar de não vir com a Alexa embutida, tem tela e configurações para smartphones se conectarem também à Internet das Coisas e, se você já tiver um Amazon Echo, pode usá-lo para dar comandos de voz à assistente digital.



De acordo com o site Engagdet, o alto número de limitações prejudicaram o equipamento, como por exemplo não ser capaz de solicitar a reprodução de filmes e séries (apenas com o auxílio de apps) e não possuir compatibilidade com comandos de voz na Apple TV ou na Roku TV, exigindo que os usuários mantenham os outros controles por perto. O Harmony Express foi lançado ano passado a cerca de US$ 250 (R$ 1.335,00 em cotação do dia 11/07/20) e, nas palavras da Logitech a época, 

"... buscava, com a Alexa integrada, substituir de maneira mais simples e com interface de voz as complexas telas sensíveis ao toque e botões programáveis de outros controles Harmony..."

Os donos do Harmony Express têm até o dia 31 de Dezembro de 2020 para fazerem o upgrade de hardware ou receberem o dinheiro de volta.  


Falhas no termostato Google Nest obrigam a troca do aparelho

Alguns usuários dos termostatos Nest não podem mais controlar os dispositivos remotamente, forçando o Google a substituir completamente os aparelhos. Os problemas começarem em novembro passado e é conhecido como "erro w5", que desativa o controle remoto dos termostatos: fica impossível controlar a temperatura da sua casa com o smartphone quando você estiver fora dela ou longe do dispositivo físico (praticamente a única vantagem de adquirir o termostato Nest). O problema é bastante sério mesmo, que ainda se possa ajustar manualmente a temperatura. O Google, ciente do problema, está oferecendo substituições aos proprietários dos Nests defeituosos que não possam ser corrigidos por procedimentos como 'redefinição padrão'. Um erro grave no chip Wi-Fi é que causa as falhas na conectividade remota.

"Isso não afeta a capacidade do termostato de controlar o sistema de aquecimento e refrigeração do cliente dentro da sua própria casa mas sim, a sua capacidade em gerenciá-la remotamente. 
Se um usuário que vê esse erro não pode resolver com a 'solução de problemas', é solicitado que entre em contato com o suporte ao cliente para obter assistência e receber um dispositivo substituto”,

disse um porta-voz do Google ao site The Verge. Não está claro porém de onde vem o problema - suspeita-se de uma atualização recente que desativou o chip Wi-Fi no dispositivo. O fato de o Google ter que agora substituir completamente alguns desses termostatos "mortos" é um pouco preocupante, visto que eles não são um tipo de equipamento tão simples assim que não o incomodaria se não funcionem corretamente... 

ATUALIZAÇÃO EM 30/12/20 


Google mata serviço de impressão online Google Cloud Print

A decisão de descontinuar este serviço de impressão na nuvem foi anunciada pela empresa ainda no fim de 2019. Agora é oficial: o Google Cloud Print para de funcionar a partir do dia 1º de Janeiro de 2021. Todos que ainda o estiverem utilizando terão que procurar outro serviço alternativo. Este serviço facilitava o uso e compartilhamento de impressoras tanto no Chrome OS como em outros sistemas. Todo o portfólio de produtos da HP, por exemplo, oferecem suporte para este serviço de impressão na nuvem. O funcionamento era simples e prático.



Com a impressora conectada na internet, o usuário conseguia imprimir documentos e fotos de qualquer lugar em outros dispositivos. A recomendação do Google é migrar para outro serviço que ofereça o mesmo tipo de recurso. A companhia recomenda optar pela configuração do ‘CUPS’, um sistema de impressão que permite que um computador seja configurado como um servidor de impressão por administradores de sistema. Em tempos de Home Office, é uma das piores notícia possíveis para quem já estava acostumado a mandar suas impressões de casa direto para a empresa. 


O fim prematuro do Android Things 

O Google descontinuará também no início de 2021, seu serviço direcionado para Internet das Coisas e, consequentemente, casas inteligentes. O Android Things não fez o sucesso esperado e começará a ser interrompido a partir de 5 Janeiro de 2021. Da mesma forma, a partir de 2022, a aplicação não aceitará novos projetos e apagará todos os dados armazenados. O fato de não ter conseguido hardwares do Google compatíveis com a tecnologia pode ter sido decisivo para a descontinuação do serviço, segundo o Android Police. Inclusive, os alto-falantes e monitores inteligentes Google na verdade usavam uma versão modificada do Google Cast, indicando que nem a própria Google desenvolveu equipamentos nativos com o sistema.



Igualmente, outras empresas não se interessaram pela aplicação, o que também pode ter influenciado na decisão de encerramento do serviço. O Android Things foi lançado em 2015 com o nome Brillo. A intenção era aplicá-lo em alto-falantes conectados, roteadores e câmeras de segurança. Em 2018 a Google lançou alto-falantes e monitores inteligentes exclusivos com a tecnologia, o que tornou a aplicação direcionada quase que apenas para estes aparelhos. 

ATUALIZAÇÃO EM 13/03/21


Em menos de 4 anos, primeiro HomePod é encerrado

Lembram do primeiro HomePod lançado? A caixa autônoma da maçã foi uma resposta óbvia da Apple à explosão das assistentes virtuais integradas às caixas de som inteligente como Amazon Echo com Alexa e Google Home (hoje chamada de Google Nest) com Google Assistente. Pois bem, a Apple disse este mês em um comunicado ao site TechCrunch que ele será descontinuado. Sem nenhum alarde e de forma totalmente inesperada, a produção do HomePod original foi oficialmente encerrada pela empresa que, nas suas próprias palavras: 



"... o HomePod mini tem sido um sucesso desde sua estreia no outono passado, oferecendo aos clientes um som incrível, um assistente inteligente e controle de casa inteligente, tudo por apenas US $ 99. Estamos concentrando nossos esforços no HomePod mini. Estamos descontinuando o HomePod original; ele continuará disponível enquanto durarem os suprimentos na Apple Online Store, nas lojas de varejo da Apple e nos revendedores autorizados da Apple. A Apple fornecerá aos clientes HomePod atualizações de software, serviços e suporte por meio do Apple Care." 

HomePod de tamanho normal tem ótima qualidade de som mas, foi criticado por seu preço alto - US $ 349 no lançamento. A Apple acabou baixando o preço para US $ 299 em Abril de 2019 e lançou o mini HomePod de US $ 99 no ano passado. A mudança não é totalmente surpreendente; as vendas do HomePod têm sido baixas e em última análise, o HomePod mini também oferece um bom som para seu tamanho.



HomePod original foi um feito de engenharia de áudio que a Apple passou mais de cinco anos desenvolvendo. Para realizá-lo, a equipe da Apple construiu um centro tecnológico completo perto de sua sede em Cupertino, de classe mundial com uma dúzia de câmaras anecóicas (salas projetadas para conter reflexões, tanto de ondas sonoras quanto eletromagnéticas, que também são isoladas de fontes externas de ruído), incluindo uma das maiores câmaras anecóicas fora do uso acadêmico nos Estados Unidos. Em tempo: o HomePod 'grandão' nunca chegou a ganhar suporte ao idioma português - portanto, nunca foi oficialmente vendido no Brasil e nem em Portugal. 


ATUALIZAÇÃO EM 21/12/21

Google Home Mini é descontinuado

E finalmente chegamos ao final de 2021 com uma notícia não muito boa para os amantes do Google Home Mini: o equipamento foi oficialmente descontinuado pela marca, após o dispositivo ter todas as unidades esgotadas nos Estados Unidos e sem reposição de estoques.

O pequeno alto-falante inteligente foi uma das primeiras apostas do Google no mercado de casa conectada em 2017, concorrendo diretamente com o Amazon Echo Dot. Mesmo descontinuado o Google Home Mini terá como seu sucessor o Google Nest Mini de segunda geração, vendido no Brasil e que tem como destaques som mais potente, microfones melhores e sensores de proximidade aprimorados. A Google não comenta oficialmente o assunto e por isso mesmo, aguardamos o posicionamento oficial da empresa a respeito da continuidade de atualizações e suporte. 

ATUALIZAÇÃO EM 12/01/22


Violação de patentes no Google Assistente

Os alto-falantes com Google Assistente vão perder a função de controlar o volume de um grupo inteiro de caixas de som autônomas - seja por voz ou pelo celular. O motivo é uma violação de cinco patentes de propriedade da empresa Sonos. Estas cinco patentes violadas foram:
-sincronização de processamento de dados digitais entre vários dispositivos com relógio independente;
-distribuição de tarefas entre vários dispositivos em modo sincronizado;
-emparelhamento multicanal em sistemas de mídia que agrupem dispositivos em rede (para jogadores por exemplo);
-conexão de dispositivo de reprodução que opere em uma rede WLAN segura;
-ajustes nos níveis de volume em sistemas multizona/multiroom. 



A Google também foi acusada pela Sonos de usar sua tecnologia violada em celulares, computadores e aparelhos de streaming. Por causa disso, a gigante das buscas foi proibida por órgãos reguladores americanos de importar os produtos infratores com o Assistente nos EUA e, até completar a remoção das funções em todos esses produtos, a dona do Android não poderá mais vendê-los. A empresa já avisou que vai começar a mudar as funcionalidades denunciadas como infratoras nos alto-falantes em breve, como a opção de ajustar o volume de várias caixas de som ao mesmo tempo por comando de voz ou pelos botões de volume do celular. Agora só será possível mudar o áudio separadamente em cada caixinha. Marcas terceirizadas (JBL, Lenovo) equipadas com o Google Assistente também terão os firmwares atualizados e não vão mais funcionar em grupo. A Sonos declarou após a vitória no processo de acusação de quebra de patentes que: 

"Como alternativa, a Google pode - como outras empresas já fizeram - pagar royalties justos pelas tecnologias que se apropriou indevidamente".

Então já sabe: se algum gadget inteligente Google de repente parar de responder a alguns comandos básicos no audio, procure outra opção inteligente. 

ATUALIZAÇÃO EM 10/06/22 


Facebook descontinua o Facebook Portal 

Pois é. Parece até mentira mas é verdade: em comunicado oficial divulgado nesta sexta-feira (10), o Facebook anunciou que está deixando o mercado de displays inteligentes menos de quatro anos depois de sua estreia! De acordo com a rede social, as vendas dos dispositivos Portal continuará acontecendo até o encerramento de estoque do produto. Porém segundo a própria empresa, os consumidores que atualmente utilizam o Portal continuarão recebendo "suporte de longo prazo", para que os seus dispositivos ainda funcionando e até (quem sabe), recebam novos recursos nos próximos anos.


O Facebook esclareceu que continuará vendendo seus displays Portal mas agora, só para clientes corporativos - como novo foco para a sua divisão de casa inteligente. Dados recentes apontaram que, a maior parte da receita vinda na venda dos displays Portal se deu no segmento empresarial: em 2020, foram vendidas 600 mil unidades, sendo que o número saltou para 800 mil em 2021. Por outro lado, no setor de varejo os dispositivos Portal sequer são conhecidos pelo público consumidor final. Lançada em 8 de Outubro de 2018, a linha de dispositivos Portal sequer chegou a ser lançada no Brasil. 

ATUALIZAÇÃO EM 16/11/22 

Confirmado: a Meta anunciou dia 11 de Novembro o fim do projeto para seu smartwatch e, de quebra, a morte definitiva do Facebook Portal também para empresas! Trazer o Facebook Portal para o mercado corporativo, não surtiu efeito. Neste 'pacote de más notícias' inclui ainda a demissão de nada mais nada menos do que 11 mil funcionários - cerca de 13% da força de trabalho da Meta. As equipes restantes de hardware deverão agora focar em óculos de realidade aumentada específicos para o metaverso da empresa. Os displays inteligentes Facebook Portal continuarão à venda até os estoques acabarem - porém, sem informações oficiais da Meta sobre o período de suporte nos aparelhos.

Enfim, R.I.P. você também Facebook Portal ...

ATENÇÃO
- O melhor aqui é abdicar da tecnologia inteligente completamente "morta". Simplesmente desapegue! Explicamos:

Analógico X Digital X Conexão 

Diferentemente de uma tecnologia analógica, toda tecnologia digital que dependa de uma conexão com a internet para funcionar, correrá sempre um risco de "bugar" (falhar) por vários motivos, principalmente pela própria e constante evolução dos sistemas - que usam as atualizações e melhorias na grande rede de mundial de dados para continuarem seguindo funcionando seguramente. 

Um tocador de discos de vinil rodará perfeitamente enquanto as suas partes mecânicas ainda conseguirem manter-se íntegras. A geladeira antiga, enquanto o seu motor e recepiente de gás estiverem inteiros. O chuveiro, enquanto sua resistência não queimar. O DVD player, enquanto o laser ou demais componentes eletrônicos (feitos de vários elementos químicos e metais raros) não perderem o seu prazo de validade. Em todos estes casos, estamos falando de partes físicas de equipamentos "burros", onde só a ação do "passar do tempo" poderá realmente condená-las (considerando que não apresentem defeitos em sua fabricação). Confirmadas estas observações, a solução então seria uma troca da parte fisica do produto que apresente desgaste, por outra nova ou recondicionada. E, "voilà"! Tudo volta a funcionar, como num relógio suíço. 

Nos atuais produtos inteligentes que se tornem defasados, descontinuados ou corrompidos por falhas de segurança, o buraco é bem mais embaixo! Não estamos mais falando simplesmente aqui de partes mecânicas (o que chamaremos de "corpo" do produto) mas também e, principalmente, de sua parte "etérea', invisível, intocável, aquilo que chamaremos agora de "alma" do equipamento inteligente: a internet. Hoje, produtos inteligentes tem, diferentemente dos produtos tecnológicos do passado, outra fonte de alimentação além da energia elétrica para poderem funcionar corretamente: a sua conexão com uma rede local, móvel ou Wi-Fi. 

Causou espanto as pessoas mais velhas (com mais de 40) alguns anos atrás, uma notícia de que, adolescentes americanos que não tinham mais acesso a streaming ou tv a cabo por questões econômicas, se maravilharam ao saber que, bastava conectar uma antena UHF na TV para ter acesso a TV aberta, que é integralmente gratuita! Por viverem conectados em seus telefones, telas de computadores e, no máximo a telas de TVs para jogar, ver programação a cabo ou via Netflix, estes jovens jamais haviam experimentado a programação da TV aberta. Sequer uma antena UHF para isso eles tinham - tanto que, por causa da crise econômica, as vendas do acessório dispararam na época. 

Por que estamos citando isto agora? Porque o offline está morrendo...
Da mesma maneira que no exemplo da TV, as pessoas hoje sabem mas, com o passar dos anos, esquecerão que a internet "existe". Ela continuará aqui sim mas, cada vez mais, invisível. Se nos anos 90 ela era "o produto", hoje ela é "fonte para produtos". Você podia fazer várias coisas offline com um computador nos anos 90: ouvir música, assistir filmes e tv, trabalhar no Office ou outros programas e até, ler notícias recentes ao "conectar-se a internet" (como dizíamos naqueles anos) através de uma linha telefônica discada. Hoje? Bem, nem leitor de dvd alguns computadores tem mais. Video ou música? Esqueça, só via streaming. Programas? Assine um serviço online. Tudo agora está migrando para a internet, a nova fonte de alimentação para qualquer tipo de equipamento eletrônico da atualidade - e uma lâmpada Led "É" um equipamento eletrônico. 

Sua lâmpada ou outro dispositivo inteligente, bebem justamente desta água! Além do "corpo", elas também tem uma "alma", que as farão funcionar corretamente. A internet é a alma da sua lâmpada inteligente. Se um bug ou encerramento de serviço afetar o elo que liga "lâmpada e conexão", esqueça: apesar de toda parte física (o corpo) da sua lâmpada continuar íntegra, dependendo o modelo, a "alma" dela se perderá (em alguns casos, para sempre!), tornando-a então um "zumbi digital", uma morta-viva tecnológica, sem atividade inteligente alguma - a não ser que ela também funcione (apenas acenda) com interruptores mecânicos, onde você poderá então apenas ligá-la e desligá-la manualmente, porém sem a interação na Casa Inteligente como dimerização, escolha de cenas, mudanças de cor, simulação humana, piscar com alarmes etc. Caso ela só ligue e acenda conectada, o seu fim será mesmo um serviço de reciclagem eletrônica. 

É muito triste termos que aceitar isto, mas é a pura verdade. O tempo, não anda para trás: Google, Apple, Philips, Oram, nenhuma destas gigantes tecnológicas ressuscitará um equipamento inteligente que elas "mataram" - ou sugaram suas "almas" - por mais caro que ele tenha custado a você. E não existe assistência técnica ou milagres para este tipo de problema. Não há o que fazer. A não ser, reciclar o produto. Simples (e desolador) assim. 

Podemos ainda continuar chamando este segmento de mercado meramente de, "Inteligente"?

Apesar das minhas dúvidas, é obvio que sim: a obsolescência programada nos produtos de iluminação inteligente ainda é muito pequena, comparada ao seu enorme e confortável custo benefício. Além disso, as grandes empresas responsáveis pelo mercado da Casa Conectada/Inteligente já estão se movimentando para juntas, unificarem os seus protocolos de funcionamento e também de segurança, a fim de evitar mais problemas não só quanto a inutilização dos equipamentos como, a plena confiabilidade dos seus produtos.

Num dia como o de hoje, em 1º de Julho de 2016 as lâmpadas incandescentes deixavam finalmente de ser produzidas no Brasil. E para nós, exemplo de lâmpada inteligente de verdade também é aquela lâmpada incandescente que continua até agora e, por mais de 100 anos, acesa em um posto de Corpo de Bombeiros norte-americano! E sem conexão alguma com a internet - para o bem dela, pelo menos 🙏 ... Por isso, cuide sempre da sua Casa Conectada/Inteligente. 

Robson Giro, especial para a Codlux® - Luz em Led

Fontes*: Stacey On IoT, Ausdroid, Slash Gear, Gizmodo BR, C|net, 9 to 5 Mac, Android Police, Forbes, XDA Developers, Review Geek, Voice Bot, 4G News, Target HD, PC Guia PT, Canaltech, Tecmundo, Ars Technica, Tudo Celular, Mundo Conectado, Engadget, The Verge, Droidlife, 9 to 5 Google, PCMag, Olhar Digital, Techcrunch, Mac Magazine, Tecnoblog  

*Publicação originalmente criada em Junho de 2020.



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