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Matter, o novo padrão da sua casa conectada

Olá! O ano vai acabando e a gente tendo notícias de mais novidades para a sua casa conectada/inteligente! Desta vez, as boas novas vêm com o lançamento - meio que imaturo ainda - do Matter, novo padrão de pareamento que promete maior facilidade na conectividade e no gerenciamento para absolutamente tudo o que for smart em sua residência ou empresa. As juras tecnológicas são de que, tanto faz se amanhã você comprar uma lâmpada e uma caixinha inteligentes de marcas diferentes: o novo padrão Matter vai tratar de integrar estes dois dispositivos com uma rapidez tão grande, que você nem se lembrará mais do sufoco que era ao menos tentar entender como eles conversariam um com o outro.

Nesta publicação explicamos como o novo padrão Matter afetará a sua vida tecnológica daqui para frente, inclusive na iluminação. Assista ao nosso 'video intro', tenha uma ótima leitura e atualize-se, como nós! 

O QUE É O MATTER? 
POR QUE EXISTE O MATTER?
COMO FUNCIONA O MATTER? 
QUAL É A VERSÃO DO MATTER?
 
QUAIS TIPOS DE PRODUTOS SUPORTARÃO O MATTER?
QUAIS EMPRESAS PARTICIPAM DO MATTER?
O QUE AS MARCAS INFORMAM SOBRE O MATTER?
COMO É 
A ILUMINAÇÃO NO MATTER?
O QUE É O MATTER? 

O Matter nasceu do Project Connected Home Over IP (Project CHIP), lançado em 2019 pela Amazon, Apple, Google e outras grandes marcas em colaboração com a Zigbee Alliance. O Matter é um novo padrão aberto para a tecnologia da casa inteligente/conectada, que permitirá a um dispositivo recente adquirido pelo consumidor final funcionar então mais facilmente com qualquer outra solução inteligente também certificada - todos eles unidos por um único tipo de protocolo. A palavra Matter vem da Connectivity Standards Alliance (CSA), organização com centenas de empresas filiadas distribuidoras de produtos inteligentes. De agora em diante, o Matter dará aos consumidores finais o poder de escolha em modelos de produtos smarts baseados nos seus recursos e no seu preço, em vez de deixá-los preocupados apenas se haverá compatibilidade nos outros sistemas existentes na casa. O Matter também evita assim dores de cabeça, como produtos que param de funcionar devido as constantes mudanças inevitáveis na indústria. Outro grande benefício no Matter é que o controle dos dispositivos acontecerá localmente, em sua própria rede doméstica ou empresarial e não mais pela Internet (nuvem). As interações nos equipamentos como acender ou apagar as luzes LED devem acontecer agora muito mais rápido e ainda, devem ser mantidas funcionando mesmo numa possível interrupção do serviço de Internet - caso os respectivos fabricantes falharem ou decidirem, por algum motivo, desligar inadvertidamente os servidores de acesso (um grande tormento já relatado aqui no Blog na postagem 👉"Apagão Inteligente"). O principal objetivo do Matter é esta incrível interoperabilidade: todos os dispositivos compatíveis funcionarão então juntos, independentemente da marca que os fabrica.

POR QUE EXISTE O MATTER? 

Há apenas cinco anos atrás os dispositivos para a casa conectada/inteligente eram uma mistura de diferentes padrões e marcas, competindo entre si para ver 'quem era melhor e assim dominar o mundo'. 
Zigbee, Zwave e SmartThings foram os principais protocolos lançados, conectando-se por Bluetooth, Wi-Fi etc. Enquanto isso, outras plataformas surgiam na casa inteligente como o HomeKit da Apple, o Google Home da Alphabet, a Alexa da Amazon e outros sistemas proprietários usados ​​em dispositivos da Samsung e TVs Comcast. Por causa disso, o negócio foi ficando cada vez mais uma verdadeira bagunça. E pra falar bem a verdade hoje, ainda é: quantas vezes você tentou ligar a impressora pela Alexa e esqueceu que ela só se conecta a uma tomada HomeKit que, por sua vez, entende apenas a Siri? 
O desenvolvimento do Matter também é uma grande benção para “famílias híbridas” nas quais os smartphones Android e Apple coexistem. A Connectivity Standards Alliance - que um dia já foi a outrora Zigbee Alliance - e todo o seu protocolo agora formam a espinha dorsal do novo padrão Matter. Porém, enquanto hoje um dispositivo Zigbee se comunica usando padrões próprios do Zigbee, no Matter ele também poderá usar qualquer protocolo concorrente que queira se comunicar ao Bluetooth Low Energy para um rápido emparelhamento inicial e subsequentes configurações. 

COMO FUNCIONA O MATTER? 

O Matter funciona com uma latência mais baixa e maior confiabilidade que a conexão na nuvem porque, é um protocolo de conectividade apenas local, baseado em IP. E você não precisa baixar nenhum novo aplicativo ou assistente de voz para desbloquear todas as suas funcionalidade pois, o Matter será incorporado automaticamente as facilidades do Google Home, SmartThings, Alexa e HomeKit nas próximas finalizações de atualização. Depois que os produtos compatíveis passarem por um processo de certificação, eles deverão receber a atualização final que desbloqueará todo o suporte ao Matter. Marcas como Google, Apple, Samsung e Amazon serão as primeiras 'na fila' a receber esta certificação definitiva pois, elas ajudaram a CSA a desenvolver o protocolo original no Matter. Seu telefone Android por exemplo, detectará automaticamente então um dispositivo Matter e ajudará você a configurá-lo com toda segurança e mais rapidamente. A configuração no Matter e a sua vinculação nos aplicativos estarão disponíveis por padrão em bilhões de dispositivos com o lançamento do suporte oficial pelas marcas associadas ainda este ano. 

Matter sendo demostrado no evento IFA 2022 

A empresa Eve Systems por exemplo, exibiu este ano no seu estande da IFA 2022 como é o Matter na prática: configurações teste foram demonstradas para os principais ecossistemas compatíveis: Amazon Alexa, Apple Home, Google Home e SmartThings. Equipados com versões de pré-lançamento de seu firmware habilitado para Matter, cada um deles controlava um adaptador Eve Energy sem fio, como o acionador de persiana Eve Motion Blinds.

Entendendo o Thread

O Thread é uma tecnologia que não tem reconhecimento por WiFi ou Bluetooth. Trata-se de uma rede sem fio relativamente nova que provavelmente, desempenhará um grande papel no futuro da casa inteligente por ser uma rede mesh sem fio de baixa potência. Isso significa que ele é muito eficiente em termos de energia, ajudando a preservar a vida útil da bateria nos dispositivos conectados e criando uma rede na qual os produtos transmitam informações uns para os outros no mesmo local, mantendo tudo funcionando direitinho - inclusive se os equipamentos porventura ficarem offline. 
Depois de todas as configurações iniciais, os dispositivos Thread se conectarão então ao 'restante da sua rede doméstica' (Internet) por meio do chamado Thread Border Router, um componente que atua como uma ponte entre a rede Thread e rede WiFi de sua casa. E, ao contrário de outras pontes e hubs dedicados, os Thread Border Routers também podem ser integrados fisicamente via hardware junto a outros dispositivos inteligentes, atuando então como um Thread Border dentro deles próprios para executar o Matter, como por exemplo em: 
-alto-falantes inteligentes Amazon Echo (quarta geração)
-alto-falantes inteligentes Apple HomePod Mini
-dispositivos de streaming Apple TV 4K (2021)
-roteadores WiFi Eero Beacon, Eero Pro , Eero Pro 6 e Eero 6 mesh
-monitores inteligentes Google Nest Hub Max
-telas inteligentes Google Nest Hub (segunda geração)
-roteadores Google Nest WiFi e WiFi Pro
-futuros hubs domésticos inteligentes 
Ikea Dirigera 

Segurança

O novo padrão Matter usa o blockchain, mesma tecnologia por trás das criptomoedas como o bitcoin, para verificar se os dispositivos da casa inteligente são mesmo legítimos ou se são potenciais equipamentos invasores criminosos. O padrão também exige que os dados transmitidos entre os dispositivos sejam sempre criptografados.

QUAL É A VERSÃO DO MATTER?

Após ter sido adiado pela segunda vez em Março deste ano, finalmente o padrão Matter 1.0 foi lançado de forma oficial agora, dia 4 de Outubro. Os fabricantes já podem a partir deste mês começar a vender dispositivos que atendam ao padrão ou, atualizar os já existentes (se isto for possível). Espera-se que cerca de 30 produtos compatíveis com o Matter de mais de 50 empresas sejam lançados só este ano para o novo padrão. E a partir de Novembro, o Matter permitirá que produtos conectados individualmente funcionem também com sistemas domésticos inteligentes, como na Alexa, Google Home e compatíveis. Esta primeira versão completa do Matter roda sobre Ethernet, Wi-Fi, Thread (uma nova rede sem fio de baixa potência) e Bluetooth (apenas a configuração inicial do dispositivo) nos equipamentos compatíveis. Ela já suportará inicialmente uma variedade de produtos domésticos inteligentes bem comuns, como:
-lâmpadas e luminárias 
-drivers de elétrica
-controles de HVAC
-cortinas e persianas
-sensores de segurança
-fechaduras de portas
-dispositivos de mídia incluindo TVs
-controladores como dispositivos, aplicativos e pontes
 

QUAIS TIPOS DE PRODUTOS SUPORTARÃO O MATTER?



O Matter ainda não é compatível com todos os tipos de produtos tecnológicos e eletroeletrônicos - embora a lista só venha crescendo. Para ser compatível com o Matter o dispositivo precisa, além de conseguir processar todos os requisitos de memória e processamento necessários, também estar apto a usar uma tecnologia de camada de rede compatível com o Wi-Fi ou Thread. Quais classes de dispositivos inteligentes o novo padrão Matter suportará a partir da versão 1.0? São eles: 
-Iluminação e elétrica
-Controles do ventilador
-Controles de climatização
-Fechaduras
-Sensores (incluindo segurança e proteção)
-Coberturas de janela/persianas
-TVs
-Bridges (Pontes)


Outras categorias serão provavelmente compatíveis nas próximas atualizações de versão no Matter, como:
-Eletrodomésticos (produtos da linha branca)
-aspiradores de pó robô
-Campainhas/Câmeras
-Gerenciamento de energia (carregamento de VE etc.)
-Pontos de acesso, Border Routers (roteadores de fronteira)


Demais linha de produtos que ainda estarão em andamento para o Matter:
-grupo de eletrodomésticos de grande porte (fornos, geladeiras, lava-louças, máquinas de lavar)

QUAIS EMPRESAS PARTICIPAM DO MATTER? 

Mais de 280 empresas membro estiveram envolvidas no desenvolvimento do novo padrão Matter unindo suas tecnologias, experiências e inovações proprietárias para garantir que ele atendesse às necessidades de todas as partes interessadas, incluindo nomes como Belkin Wemo, Comcast, Ikea, GE Lighting, LG Electronics, Nanoleaf, Philips Hue, Samsung SmartThings e Texas Instruments. Isto quer dizer em última análise que, se você comprar um produto com o logotipo Matter de uma marca aleatória, poderá usá-lo facilmente na Amazon Alexa, Apple Home, Google Home, Samsung SmartThings ou qualquer outro ecossistema atendido pelo novo padrão. Qualquer empresa na verdade poderá criar para os seus produtos inteligentes, aplicativos e sistemas capazes de controlar todos os outros dispositivos Matter do mercado. A Ikea por exemplo, já anunciou que lançará um novo hub doméstico inteligente chamado Dirigera, atualizado para quaisquer dispositivos Matter - além dos seus próprios produtos domésticos inteligentes. Abaixo, imagem das principais empresas aptas ao Matter:


O Conselho de Administração da Connectivity Standards Alliance é composto ainda por executivos da Amazon, Apple, ASSA ABLOY, Comcast, Google, Huawei, IKEA, Infineon Technologies AG, The Kroger Co., Latch Systems, LEEDARSON, Legrand, LG Electronics, Lutron Electronics, Midea , Nordic Semiconductor, NXP Semiconductors, OPPO, Resideo, Schneider Electric, Signify, Silicon Labs, SmartThings, Somfy, STMicroelectronics, Texas Instruments, Tuya e Wulian. 


O QUE AS MARCAS INFORMAM SOBRE O MATTER? 

As principais empresas envolvidas no sério compromisso em fazer o Matter dar certo vão se pronunciado ao longo do ano, conforme as expectativas relativas ao novo padrão aumentam. O que elas dizem? 

Apple: O padrão Matter também deve melhorar o alcance e a capacidade de resposta de sua casa inteligente por meio do Thread, protocolo com o qual os usuários do HomeKit da Apple já devem estar bem familiarizados. Os acessórios Matter serão suportados perfeitamente pelo aplicativo Home e Siri em dispositivos Apple, incluindo HomePod mini e Apple TV - independentemente de terem sido construídos pela Apple ou construídos para suportar o protocolo HomeKit da Apple. Para esse fim, a Apple lança um novo aplicativo Home atualizado este ano. E, assim que o Matter for lançado em definitivo, a Apple atualizará as suas plataformas de software para incluir o suporte completo ao Matter para todos os usuários. A Apple também anunciou no WWDC22 o padrão tvOS 16, que deverá integrar-se ao HomeKit - provavelmente com a chegada do iOS 16.1. 


Samsung: O SmartThings V3 Hub autônomo e o Aeotec SmartThings Hub serão atualizados para suportar o Matter este ano. Enquanto isso, o SmartThings está sendo integrado mais profundamente em todo o portfólio da Samsung com o software SmartThings Hub, integrado a algumas Smart TVs Samsung 2022, Smart Monitors e refrigeradores Family Hub. Esses dispositivos também permitirão que os usuários se conectem a uma ampla variedade de dispositivos domésticos inteligentes existentes, pois serão atualizados para obter o Matter como suporte ao controlador, à medida que o novo padrão estiver completamente disponível. A Samsung também planeja oferecer suporte ao Matter como controlador no SmartThings Hub V2, permitindo que usuários conectem e controlem dispositivos Matter. A Samsung anunciou ainda em Outubro, uma parceria com a Google para compatibilidade doméstica inteligente aos usuários de smartphones e tablets da linha Galaxy. Eles irão se integrar facilmente a outros dispositivos compatíveis com o Matter, tanto nos ecossistemas SmartThings como no Google Home através do SmartThings ou, das aplicações Google Home no Android. Quando estes usuários entrarem no SmartThings, eles serão informados sobre os dispositivos Matter configurados ao Google Home e assim, lhes será dada a opção de integração em dispositivos como o Google Nest Hub, onde aparelhos Galaxy os identificarão prontamente. Esta funcionalidade Matter da Samsung com a Google será implementada aos poucos e até o final do ano. 

Google: O Android poderá detectar automaticamente dispositivos Matter próximos para uma configuração rápida. Centenas de produtos existentes já estão preparados para o Matter, como os alto-falantes, monitores, Wi-Fi Nest e futuros controladores do para o Google Home. Dispositivos como o Google Nest Mini, Google Nest Hub, Google Nest Hub (2ª geração), Google Nest Hub Max, Google Nest Audio e Google Nest Wifi também suportarão o novo padrão Matter. O Fast Pair para Android funcionará no Matter permitindo que telefones Android detectem automaticamente qualquer dispositivo Matter na rede configure-os com alguns toques. 

Amazon
: O Matter oferece a nossos desenvolvedores a flexibilidade em escolher e adotar este protocolo padrão, que fornecerá controle local e permitirá aos fabricantes incluírem ainda conexões de nuvem dedicadas e aplicativos personalizados para o seu produto. Isto inclui uma diferenciação ao construir dispositivos com recursos exclusivos na experiência do usuário. A Amazon confirma que o alto-falante inteligente Echo de 4ª geração e os roteadores de malha Eero suportarão o novo padrão Matter. Ainda não está claro porém se haverão atualizações para os dispositivos Echo mais antigos. As lâmpadas Philips Hue na Alexa por exemplo, têm sido fruto de uma parceria de longo prazo na inovação e na entrega de pequenas experiências domésticas, podendo agora com o Matter conectar quaisquer lâmpadas Hue combinadas com Zigbee e Bluetooth na Alexa. Todas as lâmpadas e acessórios Philips Hue - existentes e novos, de uso inteligente, incluindo as primeiras lâmpadas lançadas há quase 10 anos - serão compatíveis com o Matter. Por meio de atualização de software nossos usuários se beneficiarão de uma experiência conectada simplificada e mais abrangente ao integrar-se a outros dispositivos domésticos inteligentes. Nosso objetivo sempre foi que o Alexa seja compatível com todos os dispositivos domésticos inteligentes. É por isso que oferecemos suporte a todos os principais protocolos de casa inteligente, incluindo agora o Matter, para dar escolha tanto a desenvolvedores quanto clientes. Estamos ansiosos para construir o futuro da inteligência ambiental e criar a próxima geração de experiências ambientais, que enriquecem e simplificam a vida de nossos clientes.

COMO É A ILUMINAÇÃO NO MATTER? 


Ao irem à uma loja hoje e comprar a sua lâmpada inteligente, a maioria dos consumidores comuns não terão a menor ideia se ela funcionará com os demais dispositivos smarts existentes em sua casa - como no caso de alto-falantes Alexa ou Google Home. Seu iPhone controlará ela? Ela poderá falar com o seu Galaxy? Quem sabe? O Matter saberá! E ele mudará tudo isso. A linguagem no Matter define as coisas de modo bem simples ao detectar uma iluminação inteligente: 

"Oi! Eu sou uma lâmpada. Eu ligo e desligo. Eu posso me tornar fuschia, tangerina ou verde" 

Você poderá então por exemplo, acender suas luzes no aplicativo SmartThings em um smartphone Samsung, escurecê-las pelo alto-falante Echo na Alexa ou, desligá-las no aplicativo Apple Home em um iPad. Mas, cuidado com as limitações! Se a por exemplo a Philips decidir que sua próxima linha de lâmpadas inteligentes Hue 'cantará uma canção quando você tocar três vezes em determinado ponto do celular', essa funcionalidade bizarra poderá simplesmente não existir nas especificações do Matter. 



Com o padrão Matter, o app Google Home por exemplo terá a função de pareamento rápido, permitindo que uma lâmpada inteligente funcione como se fosse num esquema plug and play. Ou seja, um celular Android detectará automaticamente a nova conexão com a lâmpada inteligente e o Matter ajudará o usuário a configurar o dispositivo com facilidade. O Google Home se encarregará também de gerenciar isso nos mais diversos ambientes da casa inteligente através do Spaces, que são acessos agrupados por categorias como “Luzes”, “Termostatos” ou “Dispositivos de rede”, tudo categorizado. 

O Google aproveitará ainda os seus recursos de conexão Fast Pair no aplicativo Home para simplificar a forma como os dispositivos habilitados para o Matter ficam online. Por exemplo, hoje a configuração de uma lâmpada inteligente exige primeiro o download de aplicativo nativo do produto, a configuração numa rede sem fio e o seu login em conta compatível aí sim, ter para maiores controles da luz. No Matter, apenas alguns toques, leitura QR code ou inserção do nome do dispositivo bastaão para que tudo funcione automaticamente.

"Meus atuais dispositivos inteligentes como lâmpadas LED funcionarão com o Matter?"

Depende. Em sua versão atual, o Matter suporta dispositivos que se conectem ao WiFi, Internet, Ethernet, Thread e Bluetooth. Se um dispositivo atual usar um desses métodos de conectividade e ainda, tiver memória e poder de processamento suficientes para suportar as exigências do Matter, ele poderá então oferecer algum suporte para possível atualização de software. Caso contrário, seu fabricante poderá ainda criar fisicamente uma ponte/bridge (ou atualizar a existente) para aí então poder dar via hardware o suporte necessário ao Matter - como no caso da Signify (Philips), que está atualizando sua ponte para o Matter e tornar compatível a sua linha de lâmpadas inteligentes Philips Hue. O contrário também ocorrerá: os atuais produtos inteligentes da Wemo que não usam o Thread por exemplo, não serão atualizados para dar suporte ao Matter. 

"Como saberei se uma nova lâmpada LED inteligente a venda suportará o Matter?" 
 
Para os produtos existentes existentes em sua casa ou empresa com possibilidades de atualizações para o Matter, provavelmente os respectivos fabricantes lhe enviarão um aviso por e-mail ou uma notificação via aplicativo para a realização do devido upgrade no sistema.
Já para os novos produtos que você comprar, estes apresentarão o logotipo oficial do Matter (imagem acima) em suas embalagens ou nas páginas online das lojas autorizadas. 


PHILIPS FALA DO MATTER

George Yianni, chefe de tecnologia da Philips Hue na Signify concedeu uma entrevista ao site alemão Matter Smarthome.de. A empresa holandesa se descreve como líder mundial do mercado de iluminação e é uma defensora ativa do Matter. Aliás, quando pensamos em iluminação inteligente logo nos vem à cabeça a marca Hue e suas icônicas (e caras!) lâmpadas smarts coloridas. Espera-se inclusive que a linha Philips Hue esteja entre uma das primeiras prontas para uso no novíssimo padrão. 

A Codlux® resumiu esta entrevista em uma transcrição com destaque aos principais pontos da linha de pensamento da Philips para o novo padrão Matter. Acompanhe nas palavras de George Yianni
A Philips Hue sempre esteve entre as primeiras quando se trata de iniciativas de casa inteligente. Fomos parceiros de lançamento na Alexa, das integrações do Google assistente e do HomeKit da Apple. Como existem casos de iluminação controlada com termostatos, fechaduras de portas, etc., é importante estarmos bem integrados com todos os padrões na casa inteligente: mais de 700 integrações mostram que somos provavelmente o melhor produto doméstico inteligente integrado no mercado.

A capacidade de ter as integrações certas que desbloqueiem os recursos certos exige esforço. O Matter não precisa ser construído em cima de coisas que não são ideais mas, tem a possibilidade de controlar várias luzes ao mesmo tempo. Nem todos os padrões de casa inteligente hoje implementam isso corretamente. Alguns nos dão apenas 'sequências de comandos', o que não é a mesma coisa que um comando que controle tudo de uma vez. Graças ao nosso envolvimento na padronização do Matter, podemos garantir que o novo padrão seja implementado corretamente. Ao se estabelecer ao longo do tempo, o Matter liberará capacidades para outras coisas mais importantes. 

Nossos aplicativos móveis continuarão a usar a Hue-API para recursos bem mais ricos. Conforme fizermos inovações, elas chegarão primeiro ao aplicativo original Hue; depois, ao processo de padronização no Matter. E, se for alguma solução proprietária destinada apenas ao sistema Hue, não exibiremos publicamente todos os detalhes técnicos em questão. 



O Matter serve como uma integração de casa inteligente para vários produtos trabalhando juntos. Como se trata de uma experiência centrada em iluminação, o objetivo na API de nosso aplicativo será sempre oferecer a maneira mais rica de fazer isso com o máximo de funcionalidade possível. Colocamos disponíveis como padrão no Matter a capacidade de grupos e de cenas. Mas, quanto aos outros recursos bem mais completos e importantes no aplicativo Hue, ainda não sabemos. 

O Hue Bridge é a inteligência que coordena seus switches a funcionarem bem com as luzes, garantindo que a rede seja bem gerenciada. Mas, construir todas estas funcionalidades diretamente numa única lâmpada tornaria as coisas mais complicadas. E, não queremos movê-la para a nuvem. Ou seja, mesmo se usássemos o Thread (múltiplas execuções), ainda assim precisaríamos de uma 'ponte física' (bridge). 

Estamos trabalhando muito para que a rede Mesh com Zigbee funcione bem e por décadas. E o Thread em escala complexa nas atuais casas conectadas ainda não está preparado para uso. Estamos na verdade até com um pouco de receio do quão aberto o Thread seria agora: haverá muitas, muitas empresas com muitas implementações diferentes na mesma rede local. Então, eu vejo riscos e por isso, não temos planos ainda de construir lâmpadas no Thread. Eu não digo nunca, mas temos que “esperar para ver” em relação ao Thread. 
Muitas pessoas fizeram grandes investimentos em um sistema Hue como parte de sua infraestrutura doméstica, e não como um gadget para uso separado. E elas esperam que esses produtos permaneçam relevantes por pelo menos dez anos. Até agora, nunca pedimos aos consumidores que os substituíssem por novas luzes. - a não ser naquele caso de atualização de segurança no software das pontes de 2ª geração, as quadradas dos primeiros modelos sete anos atrás. O mais importante na casa inteligente é que os produtos possam ser protegidos contra ataques externos. Independentemente do hardware que você possui em seus chips, se alguém tiver acesso físico ao seu dispositivo e puder abri-lo, somos definitivamente robustos contra ameaças externas. 

Os maiores desafios na implementação do Matter é o código que temos que executar localmente na ponte (bridge) em um ambiente local - uma solução na nuvem seria muito mais fácil. A complexidade neste assunto se traduz em "estarmos implementando, ao mesmo tempo em que estamos padronizando". Então, é um processo onde você vai construindo num alvo em movimento. E, no final de tudo a maioria das pessoas 'não verá' o Matter. Elas continuarão sim vendo a Alexa, o Google Assistente, o HomeKit na Apple etc. Mas debaixo deles estará o Matter. E o seu sucesso realmente dependerá do que os aplicativos farão com este novo padrão e qual valor o consumidor dará a ele. 


Robson Giro, especial para a Codlux® 

Fontes: Developer Center (Google), The Verge, 9to5Google, Tecmundo, Gizmodo, Review Geek, MacMagazine, Techradar, MacDailyNews, Matter Smarthome.de, Consumer Reports, Alexa Live (YouTube), Techenet

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