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Defendendo a Biodiversidade

Olá!

Hoje é 22 de Maio.

Dia Internacional da Biodiversidade 🐝



Estamos em um momento crítico da manutenção das diversas formas de vida no planeta - dos micro-organismos as baleias, passando pela própria humanidade. Nossa atenção a existência na Terra nunca foi tão necessária! Por isso, reflexão é mais que a palavra do dia: é a nossa urgência!

Apenas exercitemos este pensamento hoje 🙏.



A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de se conservar e proteger a diversidade de vida no planeta.

O Brasil é o país que detém a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta. São mais de 103.870 espécies animais e 43.020 espécies vegetais conhecidas pela ciência. Essa enorme variedade de animais, plantas, microrganismos e ecossistemas deve-se, entre outros fatores, à extensão territorial e aos diversos climas do país como a Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal Mato-grossense, Pampa e zona costeiro-marinha. Juntas, elas somam quase 80 milhões de hectares, algo em torno de 10% do território nacional.

FATOS PREOCUPANTES QUE AMEAÇAM A BIODIVERSIDADE NA TERRA!

Ação humana



O homem já destruiu 83% de todos os mamíferos selvagens da Terra- apesar de representamos apenas 0,01% de toda a vida no planeta. Um estudo da The State University of New Jersey mostra o dado alarmante sobre o impacto humano no mundo e apresenta a relação do ser humano em comparação com outras espécies de animais. Segundo o levantamento, desde os primórdios da civilização fomos responsáveis pela perda de 83% de todos os mamíferos selvagens e metade das plantas. 70% das aves do mundo vivem hoje em cativeiros e 60% dos animais terrestres são compostos de rebanhos bovinos ou suínos, confinados em fazendas.


Gases do Efeito Estufa



Os níveis dos gases do efeito estufa na atmosfera aumentaram para um patamar recorde segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência climática da ONU. "Se a concentração na atmosfera de CO2 e de outros gases que aprisionam o calor não for reduzida, os efeitos das mudanças climáticas podem ser irreversíveis e terão impactos cada vez mais destrutivos sobre a vida na Terra", afirma o chefe da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas. "A janela de oportunidade para tomar uma atitude que nos salve está quase se fechando por completo... A última vez que a Terra registrou uma concentração de CO2 tão alta assim foi de 3 milhões a 5 milhões de anos atrás, quando o nível dos mares era de 10 a 20 metros maior que o de hoje".
Mais de 600 milhões de pessoas vivem em áreas costeiras de baixa elevação, a menos de dez metros acima do nível do mar. E o aumento do nível dos oceanos é um dos aspectos mais danosos do aquecimento global. Nações de renda média alta como a China, devem ser mais afetadas que países ricos, por causa de suas infraestruturas de proteção existente. Nas regiões tropicais, os alagamentos serão mais constantes e intensos. Nações pequenas e insulares como as Ilhas Maldivas, serão facilmente atingidas pela elevação dos mares. Nas Ilhas Marshall por exemplo, a mudança climática não é um perigo futuro e distante: ela já está causando estragos em mais de 1.100 atóis baixos do país do Oceano Pacífico. Com a previsão de cerca de 600 bilhões de toneladas de gelo derretido fluirem para seus oceanos quentes que, agora, absorvem calor duas vezes mais rápido que há 18 anos atrás, os habitantes de Marshall preparam-se rapidamente ou para se realocarem ou se elevarem - e mesmo até construírem uma nova ilha. Historicamente a região é conhecida devido aos Estados Unidos terem realizado cerca de 67 testes nucleares nas ilhas entre 1946 e 1958, além também operarem uma instalação bilionária de testes de mísseis no atol de Kwajalein - que é altamente vulnerável aos impactos das mudanças climáticas. A inundação costeira aumentou muito nas Ilhas Marshall e deve piorar. Com tempo muito limitado, as medidas de adaptação precisam ser aceleradas antes que eventuais inundações sejam prejudiciais à vida na ilha. As Ilhas Maldivas citadas inicialmente também correm o mesmo risco, podendo desaparecer com o aumento do nível do mar. Tanto que, em 2 de Junho de 2017 o ex-presidente e ativista ambiental Mohamed Nasheed pediu, em um famoso e emocionante apelo ao presidente Donald Trump, para que os Estados Unidos não deixassem o tratado climático de Paris. Apelo este que, como já sabemos, não surtiu muitos efeitos práticos poi os Estados Unidos deixariam o Acordo de Paris logo depois da eleição do presidente americano. Os animais marinhos são os mais frágeis nesta luta contra o aquecimento global: peixes, mariscos e outras criaturas estão reagindo negativamente a um nível cada vez mais crescente de acidez nos oceanos. A acidificação é também uma consequência da mudança climática devido a absorção dos oceanos pelo CO2 lançado na atmosfera que, em seguida, passa por reações químicas nos mares. O aumento desta acidez nos oceanos já branqueou os corais da Flórida e matou ostras valiosas no noroeste do Oceano Pacífico.

Economia Mundial



Europeus utilizam até 20% da biocapacidade da Terra, apesar de serem apenas 7% da população mundial. Os 28 países da União Europeia consomem os recursos da Terra em tempo mais rápido do que o necessário para que estes sejam repostos pela natureza, segundo relatório da WWF e Global Footprint Network. Os países da UE vivem além da capacidade do nosso planeta. Além disso, todas estas coisas custaram dinheiro. Até 2050 os níveis de consumo mundial de água vão subir 40%, de energia 50% e de comida 35%. Esse foi um dos principais motivadores para o acordo de Paris: mudar dos combustíveis fósseis para fontes mais ecológicas de energia produtiva significa que as empresas precisam de melhor êxito hoje, para obter um futuro sustentável e paralelamente lucrativo. As empresas não são capazes de analisar o clima porque elas simplesmente têm a ver com a economia. Mas investidores socialmente conscientes estão fazendo a diferença, responsabilizando empresas por seus impactos negativo no clima - antecipando assim as formas pelas quais as mudanças climáticas afetarão todo o ambiente de seus negócios com perda de investimentos e até ações legais de governos locais contra a poluição e destruição de habitats naturais e eco-sistemas em sua produção. E todo este processo passa obrigatoriamente pelo crivo do consumidor consciente, que deve cobrar empresas, governos e a própria comunidade para que ações como estas sejam implantadas, respeitadas, ampliadas e fiscalizadas.

Ártico descongelando



A cada inverno no Ártico, os primeiros centímetros ou metros de solo e material rico em plantas congelam antes de derreterem novamente no verão. Só que nos últimos anos isto está ocorrendo cada vez menos, como observou o pesquisador russo Nikita Zimov. Ultimamente, conforme a queima de combustíveis fósseis aquece a Terra, esse solo ártico derrete, permitindo que micróbios consumam a matéria orgânica enterrada e emitam mais dióxido de carbono, um tipo de gás metano de vida mais curta, que é 25 vezes mais potente que um gás-estufa de CO2 normal. Os micróbios descongelados acabam fazendo outras camadas de solo gelado também derreterem e liberar gases, num ciclo vicioso destrutivo para a estabilidade polar da região como:
 - afundamento do solo
 - desmoronamento de estradas e construções,
 - colapso dos porões frigoríficos de gelo natural
 - alterações na paisagem
 - formação de canais e vales onde a neve pode acumular,
 - aquecimento do solo bem mais quente no inverno.
 - formação de novos pântanos e lagos de tundras ( que emitem mais quantidades enormes de gás metano).

Desaparecimento de insetos



40% do número de insetos no mundo estão numa "dramática taxa de declínio" e podem desaparecer. Entre elas, abelhas, formigas e besouros, que desaparecem oito vezes mais rápido que os mamíferos, pássaros e répteis. Isto pode levar à extinção de 40% dos insetos nas próximas décadas."O principal fator é a perda de habitat, devido às práticas agrícolas, urbanização e desmatamento", afirma Francisco Sánchez-Bayo, da Universidade de Sydney. "Em segundo lugar, está o aumento no uso de fertilizantes e pesticidas na agricultura ao redor do mundo, com poluentes químicos de todos os tipos. Em terceiro lugar, temos fatores biológicos, como espécies invasoras e patógenos. Quarto, mudanças climáticas, particularmente em áreas tropicais, onde se sabe que os impactos são maiores." Os insetos representam a maioria dos seres vivos que habitam a terra e oferecem benefícios para muitas outras espécies, incluindo humanos, fornecendo alimentos para pássaros, morcegos e pequenos mamíferos; polinizando 75% das plantações no mundo; reabastecendo os solos e mantendo o número de pragas sob controle. "Espécies de insetos que são pragas e se reproduzem rápido provavelmente irão prosperar, seja devido ao clima mais quente, seja devido à redução de seus inimigos naturais, que se reproduzem mais lentamente", afirma Dave Goulson, da Universidade de Sussex. Segundo Goulson, espécies como moscas domésticas e baratas podem ser capazes de viver confortavelmente em ambientes humanos, além de terem desenvolvido resistência a pesticidas.

Desmatamento



Embora muitos países tenham se comprometido em reduzir o desmatamento, as principais regiões, aquelas que abrigam as florestas mais antigas e mais biodiversas do mundo, estão indo na direção contrária. Por exemplo, quase 1,6 milhões de hectares de floresta nativa foram perdidos apenas no Brasil. Criação de animais, mineração e plantio de soja foram as atividades que mais contribuíram para essa perda. A Amazônia, maior selva tropical do mundo está há décadas lutando para sobreviver à exportação maciça de seus recursos. Ela representa metade do território do país e, também por isso, é responsável por 61% de tudo o que perdemos em floresta nestes 32 anos – o equivalente a 1,6 estado de São Paulo de vegetação apenas na parte Norte do país. Essa área mantém o Brasil historicamente como o país que mais destrói florestas tropicais do planeta. O cerrado é um dos outros biomas mais ameaçados do Brasil.



A maior parte das bacias hidrográficas que abastecem os centros urbanos brasileiros se inicia no cerrado. O Pantanal é outro bioma que perdeu, proporcionalmente, tanto quanto a Amazônia: 11% de sua área de florestas. O desmatamento destrói a vida de milhões de espécies no país! Porém, nem todos se dão conta do mais importante: “Cada pedaço de alimento, cada gole de água, o ar que respiramos são resultado do trabalho de outras espécies. A natureza nos oferece tudo que precisamos para sobreviver, isso custaria 1,6 mil vezes o PIB do mundo todo: se é que seja possível. Tomar as medidas de conservação da natureza necessárias para proteger metade da Terra poderia custar aproximadamente US$ 100 bilhões por ano. Esse dinheiro existe, mas só ficará disponível se as pessoas entenderem sua necessidade", afirma Sala. "29 trilhões de dólares poderiam financiar 290 anos de iniciativas de conservação para proteger metade da Terra e ajudar a estabilizar o seu clima. O mais importante é reconhecermos que não temos outra alternativa . “Temos apenas dez anos para nos salvar” afirma Sala.

AS AÇÕES 

Tudo está perdido então? Bem, não é o que parece.

Além do compromisso assumido pelas 195 nações engajadas no Acordo de paris em manter a temperatura média da Terra em menos de 2°C - através de ações imediatas como a redução gradual das emissões dos gases responsáveis pelo efeito estufa, o possível vilão do aquecimento global - outros movimentos no planeta tentam multiplicar suas iniciativas para melhorar a vida das espécies no planeta.



Por exemplo, o plástico, outro agressor feroz do meio ambiente - principalmente nos oceanos - está tão presente em nossas vidas que as vezes até achamos inconscientemente que ele faz parte da própria natureza, tão arraigado que está em nosso dia a dia. Deixá-lo de lado em benefício da vida marinha e da preservação do solo e qualidade da água por exemplo nos parece uma tarefa impossível. Mas não para os dinamarqueses.



Pelo menos 25 milhões de toneladas de lixos são despejadas por ano nos oceanos, segundo a Iswa (Associação Internacional de Resíduos Sólidos). O mar de lixo plástico não poupa nem os principais parques marinhos do Brasil: Parque Nacional dos Abrolhos, na Bahia, e Parque Nacional de Fernando de Noronha, em Pernambuco - onde encontraram-se plástico como sacolinhas, garrafas, redes e até seringas - vindos de mais de 20 países diferentes. Mas talvez em menor quantidade de um deles pelo menos: a Dinamarca. Lá, as sacolas plásticas por exemplo são vistas apenas no quitandeiro local ou no pequeno mercado de peixes.



Não há sacolas gratuitas em mercados, que vendem sacolas plásticas mais duráveis e retornáveis para encorajar as pessoas a usá-las bem mais de uma vez.
Em 1993 o país foi o primeiro a introduzir um imposto sobre sacolas plásticas, o que reduziu as vendas de sacolas em mais de 40% nos últimos 25 anos. Hoje, um dinamarquês usa 70 sacolas retornáveis por ano e menos de 1,5 sacola plástica por semana.
O americano por exemplo, usa uma sacola plástica descartável por dia. E o que com as sacolas usadas e desgastadas? elas são separadas como resíduo plástico, recicladas ou usadas como sacos de lixo para depois, serem incineradas em usinas de geração de calor e energia, que transforma o lixo plástico em eletricidade e calefação para regiões geladas - evitando assim a contaminação do solo.

Em outra frente, 11 países africanos estão construindo uma enorme muralha de árvores em seus territórios. A ação engajada faz parte de uma tentativa de diminuir os efeitos de mudanças climáticas com o plantio de árvores num muro de cerca de 8 mil km de comprimento e 15 km de largura. O Senegal é o país que fez o maior progresso na empreitada, com 11 milhões de árvores plantadas até agora.



O projeto está revertendo a desertificação do solo pelo vento, transforma as folhas das árvores em compostagem, dá sombra as pessoas e animais e aumenta a umidade, economizando o consumo extra de água. Depois da plantação das árvores, criaram-se jardins onde as mulheres fazem a cultura agrícola. Antes do projeto ser iniciado, as pessoas costumavam migrar em busca de áreas mais frescas. Agora elas seguem a linha da Grande Muralha Verde em busca de emprego e bem-estar. O projeto começou em 2007 com custo total estimado em U$8 bilhões (R$25 bilhões), demorará anos para ser finalizado e tem apoio do Banco Mundial, ONU, União Africana e os Jardins Botânicos do Reino Unido.

Já em países mais ricos e desenvolvidos, iniciativa parecida está sendo experimentada com custos bancados por empresas: áreas degradadas da região de Matamorisca, norte da Espanha, tem um programa de reflorestamento diferente feito pela empresa Land Life, de Amsterdã. Ela interveio em 17 hectares áridos pertencentes ao governo e implantou seu sistema exclusivo: um mega reservatório de papelão biodegradável, com 25 litros d'água que, quando colocado no subsolo, ajudarno primeiro ano de desenvolvimento das mudas de plantas.



Cerca de 16 mil carvalhos, freixos, nogueiras, sorveiras-bravas e mostajeiros-brancos foram plantados em maio de 2018, sendo que 96% das espécies sobreviveram ao último verão escaldante mesmo sem irrigação adicional - período decisivo para uma árvore jovem. O que poderia levar décadas ou centenas de anos para dar resultados, está sendo acelerado com este procedimento. A empresa integra um movimento global de organizações preocupadas em como trazer de volta a cobertura florestal. Elas tentam então salvar com tecnologia avançada, áreas degradadas ou desmatadas - sempre estimuladas pela perda da biodiversidade global e mudanças climáticas.

No Brasil, podemos citar belas iniciativas nos grandes centros urbanos, como na cidade de São Paulo. Um projeto do arquiteto Ricardo Cardim cria pequenos e médios bolsões de Florestas da Mata Atlântica em várias áreas degradadas da cidade, como por exemplo, a plantada no Largo da Batata (bairro de Pinheiros) em maio de 2017 (clique na imagem abaixo para ampliar).



A Codlux® acompanhou de perto e fez um post dedicado, que você pode acessar AQUI.
1 ano depois (07 de Maio de 2018) passamos por lá agora logo de manhã e o que vimos, realmente foi de tirar o fôlego: onde antes havia muito lixo, entulho de construções e descaso público, cresceu uma densa e exuberante massa verde fechando os espaços e subindo em direção aos céus, com flores e folhagens lindas em meio a biodiversidade efervescendo com abelhas, besouros e pássaros (veja o video AQUI). Hoje em 2019 - a poucos dias de completar 2 anos - a Floresta de Bolso do Largo da Batata exibe-se como uma verdadeira e farta mini floresta, plantada graças ao esforço de voluntários que compraram as próprias mudas de espécies nativas para o plantio. As Florestas de Bolso de Ricardo Cardim espalha-se hoje por ruas e avenidas, margens de rios como o Rio Pinheiros e também em empreendimentos privados. O que impressiona neste tipo de ação bem sucedida é notarmos como a chocante rapidez no crescimento destes reflorestamentos devolve, de maneira tão eficaz, parte dos biomas nativos locais a "pedaços" tão desprezados de uma metrópole gigantesca como São Paulo, fazendo-nos então pensar, anos depois, que estas florestas sempre estiveram lá.

Mas, devemos estar sempre atentos quando o assunto for Biodiversidade. No mundo todo por exemplo, apenas 5 países concentram 70% dos ecossistemas intactos (ainda virgens) do planeta. O Brasil está entre eles - ao lado de Austrália, Canadá, Estados Unidos e Rússia - e aparece em destaque em estudo sobre ecossistemas ainda intactos da Terra feito pela Universidade de Queensland (Austrália) e Sociedade para a Conservação da Vida Silvestre.



Os pesquisadores alertam que o que está nas mãos destes países é de enorme interesse global, mas há poucas ferramentas hoje para proteger os ecossistemas virgens. Segundo os estudiosos, os passos que estas nações tomarem (ou não) para limitar a expansão de estradas, rotas de navegação, mineração, extração de madeira, agricultura, aquacultura e pesca industrial serão críticos para a preservação. Há um século, apenas 15% da superfície da Terra era explorada pela agropecuária. Hoje, mais de 77% da terra (excluindo a Antártida) e 87% do oceano foram modificados por atividades humanas. Entre 1993 e 2009, 3,3 milhões de quilômetros quadrados de áreas virgens - uma superfície maior que a Índia - foram perdidos para a agricultura, a mineração e outras ações antrópicas, por exemplo. A importância em defender estas áreas ainda intactas é que elas abrigam espécies em uma abundância próxima ao natural - resguardando informações genéticas e processos ecológicos que sustentam a biodiversidade em uma escala de tempo evolutiva. Por exemplo, no mar, são as áreas virgens que ainda têm populações viáveis de grandes predadores como o atum, o marlim e os tubarões, lembram os autores do artigo na Nature. Ecossistemas intactos também amortecem desastres naturais e eventos climáticos extremos, do nível local ao global. Simulações de tsunamis, por exemplo, indicam que os recifes de corais saudáveis oferecem ao menos duas vezes mais proteção do que os altamente degradados. Estas áreas são importantes ainda diante das mudanças climáticas - por exemplo, por estocarem carbono em larga escala. É 100% de proteção. A Sociedade para a Conservação da Vida Silvestre afirma que a Terra já perdeu muito de sua natureza virgem - por isso os pesquisadores pedem que nada menos que 100% destas áreas sejam protegidas pela comunidade internacional antes que elas desapareçam para sempre com medidas como mapeamento e registro destas áreas, além de políticas efetivas de incentivo para sua preservação.

A triste história do cavalo-marinho

Para finalizar este alerta quanto a necessidade de mantermos a Biodiversidade no planeta a salvo, deixamos esta imagem feita pelo fotógrafo norte-americano Justin Hofman - ganhador do prêmio "fotógrafo de natureza selvagem'"do Museu de História Natural de Londres.




Este seu registo perturbador de um frágil cavalo-marinho agarrado a um cotonete foi feito na costa da Indonésia, segundo maior país produtor de lixo marinho do mundo. Hofman conta que, quando estava apostos para fotografar a pequenina criaturinha de apenas 3,8 centímetros, fortes "ventos" marinhos varreram em sua direção uma série de dejetos. O cavalo-marinho então agarrou-se primeiro a uma alga. Depois que mais e mais lixo ainda apareceram, ele segurou-se em um cotonete. O fotógrafo conta que ficou impressionado com o clique e, após a comoção de internautas no mundo todo, disse posteriormente em entrevistas que não queria ter tirado a foto, mas que depois pensou: "Quero que todos a vejam".

(Foto: Justin Hofman/Wildlife Photographer of the Year)

Hofman acredita que imagens como a dele podem ajudar as pessoas a enxergarem o grande problema que é a poluição marinha: "Essa foto serve de ilustração para o atual e futuro estado dos nossos oceanos. Que tipo de amanhã estamos criando? Como nossas ações podem moldar o planeta?"

Robson Giro - especial para a Codlux® - Luz em Led

Fontes: ICMBio, National Geographic, Wired, Clima Tempo, BBC, G1, Canaltech, O Globo, Época, MMA (Ministério do Meio Ambiente), UOL, Terra, Revista Galileu/Washington Post

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