Dia 16 de outubro é o "Dia da Tecnologia" e também o "Dia Mundial da Alimentação".
Nunca esta coincidência esteve tão em evidência como nos dias de hoje.
A produção mundial de alimentos atualmente não acompanha o pleno consumo, gera enorme desperdício e desigualdade no planeta e causa prejuízos gigantescos, que ajudam a ampliar ainda mais o número de famintos no mundo.
Nesta "Semana do Consumo Consciente", vamos agora falar também do quanto os nossos maus hábitos consumistas afetam e ameaçam a permanência da humanidade na Terra. Vamos falar sobre Alimentação.
Brasil e o mundo
O Brasil está entre os dez países que mais desperdiçam comida na Terra - os dados são da FAO (ONU), que cuida da alimentação e da agricultura e analisam desafios e oportunidades de negócios sociais no setor de alimentação. 50 milhões de brasileiros não tem acesso a alimentação de qualidade no país. Mais de 40 mil toneladas de alimentos são desperdiçados no Brasil diariamente (!) - o que seria suficiente para alimentar 25 milhões de pessoas por dia! Sobras de alimentos são jogadas no lixo por 46% dos brasileiros.
No mundo o desperdício de alimentos ocorre em maior parte na cadeia produtiva - 54% na manipulação e armazenamento após a colheita e 46% nas etapas de processamento, distribuição e consumo. Muitas vezes, por questões bobas como "estéticas" (ah, não tava com uma cara boa!), bons alimentos são simplesmente descartados pelo consumidor na hora da compra. Se o desperdício de alimentos fosse um país, ele seria o 3º maior emissor de gases nocivos a camada de ozônio do planeta! 750 bilhões de dólares é o preço do prejuízo anual causado pelo desperdício de alimentos no mundo.
Tecnologia e fome
Uma "Guerra" ao desperdício de alimentos está aumentando lucro de algumas empresas e poupando recursos no planeta. A empresa israelense Wasteless busca reduzir o desperdício de alimentos e economizar dinheiro do consumidor, num momento em que mais companhias tentam reduzir a perda de alimentos diante do aumento da fome global. Ela vende um software para supermercados que gerencia estoques, possibilitando cortar o preços dos alimentos à medida que o prazo de validade deles se esgota, reduzindo desperdício e aumentando lucros. O desperdício de alimentos é cada vez mais visto como antiético e ambientalmente destrutivo (com despejo em aterros onde apodrece, liberando gases de efeito estufa). No mundo, um terço de todos os alimentos produzidos - no valor de 1 trilhão de dólares - são jogados fora a cada ano, segundo pesquisadores da Organização das Nações Unidas - a projeção é para um aumento de até 2,1 bilhões de toneladas em 2030. Todo este dinheiro seria mais que suficiente para livrar países inteiros da fome, como o Iêmen, que está enfrentando a maior fome dos últimos 100 anos.
O número de pessoas em situação de fome no país pode atingir 12 milhões - uma situação tão grave que 18 milhões de pessoas já não sabem de onde virá sua próxima refeição e 8 milhões delas são "consideradas à beira da fome eminente". Segundo a ONU, pelo menos 50% das crianças deste país são raquíticas e o número de crianças que sofrem de desnutrição aguda grave aumentou 90% nos últimos três anos.
Dieta Ecológica que promete
O mundo precisa limitar o impacto do aquecimento global mudando seus modelos de produção e consumo de alimentos, reduzindo pela metade até 2050 as práticas agrícolas nocivas e adotando uma dieta "flexitariana". Mas o que é isso? Ser um flexitariano significa comer principalmente alimentos de origem vegetal - como frutas, verduras, legumes, grãos, nozes e produtos de soja - mas não exclusivamente isso.
Carnes podem ser consumidas ocasionalmente. De acordo com pesquisadores, para auxiliar no combate (e redução a metade dos gases e fezes animais) ao aquecimento global é preciso diminuir a produção e consumo de carne bovina na ordem de 73% e, para a carne de porco, quase 90% a menos. Esta mudança global com esse tipo de dieta manterá a meta do aquecimento global abaixo de 2ºC, se não de 1,5ºC - que é a meta atualmente estabelecida. Mas não para por aí não: pesquisadores do Centro de Ação contra a Resistência aos Antibióticos, da Universidade George Washington, nos EUA descobriram, ao analisarem a carne de aves vendida em alguns supermercados (para identificar se elas continham bactérias resistentes a antibióticos), a existência de bactérias do tipo Escherichia Coli (E. Coli) - um grupo de bactérias que normalmente habita tanto o intestino humano quando o de alguns animais. Alguns tipos são tão nocivos que causam gastroenterite, caracterizado pela infecção urinária e intensa diarreia com catarro e sangue. Alarmantemente, as características genéticas destas bactérias resistentes aos mais poderosos antibióticos indicam que elas ocuparam primeiro as vísceras das aves para depois, se adaptarem aos humanos. A descoberta confirma a suspeita de que o uso de antibióticos nas fazendas transmitem bactérias perigosas de animais para os seres humanos. Se quisermos parar de prejudicar o planeta e também ter uma fonte sustentável e saudável de alimentos para o nosso futuro, "é urgente precisar mudar agora", dizem os pesquisadores.
Quer saber mais? Leia também a respeito da relação entre a Iluminação em Led e a produção de alimentos AQUI.
Fontes: G1, Terra, R7,
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