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Inverno 2019. Um frio mais quente.

Ola. Sexta-feira chega o Inverno brasileiro.
Dia 21 de junho, às 12H54, ele começa oficialmente.
Dias mais curtos, noites mais longas, mas, cadê o frio? 



Menos frio

A cada ano, a cada década que passa, o frio diminui no planeta. A velocidade do aquecimento global é a maior em pelo menos 2.000 anos - o que mostra (mais uma vez!) que a mudança climática atual não pode ser explicada apenas por variações aleatórias, mas principalmente por emissões de gases CO2 e outros do efeito estufa. Por causa disso, as geleiras estão derretendo sem parar, num ritmo alarmante. E fatores climáticos como o fenômeno El Niño, vem influenciando o clima também no Brasil desde o ultimo verão. No inverno de 2019, a friagem tipica da estação vai ser desviada para o oceano, com as temperaturas diárias ficando então bem acima da média, dando-nos ainda aquela sensação do outono passado. O mês de julho no país será o mais frio neste período de inverno - devem passar por ele apenas 2 grandes frentes frias.

Menos água 

Com poucas chuvas no inverno, os reservatórios de água diminuem mais rapidamente na estação  devido a um aumento na evaporação natural dos reservatórios. Temperaturas mais altas e ar mais seco afetam os níveis das barragens que, consequentemente, diminuem a quantidade de água doce armazenada, necessária para abastecer as casas das pessoas e também produzir eletricidade.

Mais consumo

A população mundial só aumenta na Terra e, segundo a ONU, chegará a 9,7 bilhões em 2050.
Hoje vivemos em media 72,6 anos. Em 1990, a nossa expectativa de vida era de 64,2 anos.
Mesmo com cerca de 27 nações tendo apresentado diminuição na sua população ao longo dos anos, estes números ainda assim assustam: será mais gente precisando se aquecer (aquecedores e ar condicionado) e se alimentar (desmatamento, produção etc).

Mais insetos

A população de insetos fica maior em um inverno de frio menor como o deste ano no Brasil. Quando o frio de verdade esperado não vem, os insetos se reproduzem com maior frequência, aumentando o risco de contaminação por doenças graves. E mais: um estudo de 2018 da revista Science evidencia que o aumento da temperatura na Terra terá um efeito direto sobre o metabolismo dos insetos, tornando-os mais ativos, propensos a se reproduzir e, consequentemente, mais famintos!. Um gafanhoto adulto do deserto é capaz de comer o equivalente a seu próprio peso corporal em um dia. Estes danos globais causados por pragas podem aumentar de 10% a 25% para cada grau celsius aumentado. Só a infestação africana de 2004, causou danos estimados em US$ 2,5 bilhões para as lavouras do continente. Um enxame "pequeno" de gafanhotos do deserto come a mesma quantidade de comida (grãos como arroz, milho e trigo) em um dia que cerca de 35 mil pessoas. Temperaturas mais altas também podem permitir que os insetos voem mais alto e ultrapassem barreiras naturais como montanhas, abrindo novas fronteiras de devastação alimentar.

Mais poluição

A poluição do ar se concentra mais perto das ruas cheias de carros no inverno que, consequentemente aumenta esta mesma poluição por ozônio - causada pela ação química da intensa queima de combustíveis. Mesmo em baixas concentrações, o ozônio pode desencadear uma variedade de problemas de saúde, como irritação e inflamação nos pulmões, ataques de asma, chiado no peito, tosse e aumento da suscetibilidade. O fogo das queimadas também se espalha mais rapidamente por causa do ar seco e falta de chuvas. As partículas minusculas de pó resultantes destas queimas todas geram uma poluição que pode causar bronquite crônica, ataques de asma, diminuição da função pulmonar, tosse, respiração dolorosa, problemas cardíacos e ataques cardíacos, bem como uma variedade de impactos ambientais sérios, como acidificação de lagos e riachos e empobrecimento dos nutrientes em solos e contaminação dos lençóis d'água. E as queimadas estão alcançando agora a parte mais fria do planeta: do Alasca à Sibéria, enormes faixas de chamas e fumaça estão envolvendo o hemisfério Norte da Terra. Um fogo sinistro está afetando as geleiras da Groenlândia (Pólo Ártico): o calor atingiu como um maçarico a superfície da manta de gelo, causando um derretimento generalizado. Lagoas visíveis em images de satélite mostram o evidente colapso - estima-se que 56% da superfície das placas de gelo derreteram, enviando mais de 37 bilhões de litros de água ao oceano. As geleiras do Alasca também estão derretendo 100 vezes mais rápido do que se imaginava. E grande parte do gelo solto que está indo para o oceano derrete rápido (4,8 metros por dia em agosto) devido à água morna do mar.


Mais atitude

Todo este ciclo, junto a ação humana no planeta, aumenta a temperatura no mundo e gera o tão temido aquecimento global, contribuindo negativamente para o derretimento das calotas polares que, a cada inverno, produzirão então bem menos massa polar - muito importantes não só na influência das estações geladas mas, principalmente, no equilíbrio do clima da Terra em geral. Quando pensamos nas coisas boas que o inverno traz, logo nos vem a cabeça  um cantinho quentinho, uma boa comida, uma bela taça de vinho e o aconchego de quem amamos. Afinal, só queremos as partes boas da vida não é mesmo?... Errado! Isso era lá atrás, na época de nossos avós. As gerações de hoje e também as futuras, tem agora um compromisso inadiável com a sustentabilidade do planeta. A cidadania encarnada em nossas reais ações para manter a manutenção do suporte a vida na Terra, pode ser um tema bem chato de ficarmos repetindo, repetindo, repetindo... Mas, se não fosse esta tal "repetição", a humanidade não chegaria onde está hoje. Como no inverno estamos mais introspectivos e reflexivos com os nossos próprios pensamentos, que tal aproveitarmos então para amadurecer de fato as nossas atitudes em relação ao meio ambiente que nos circunda e (ainda!) nos permite respirar, nos sustentar, nos reproduzir e nos direcionar ao futuro que desejamos?

Mas espere um pouco, qual é mesmo o futuro que nós realmente queremos para a humanidade afinal?...

Já pensou, alguns bilhões de pessoas fazendo exatamente a mesma coisa boa pelo nosso mundo já, agora?

Inverno é tempo de frio.
E o frio no mundo está diminuindo.
Reflita sobre isso!


Robson Giro - especial para a Codlux Luz em Led

Fontes: Climatempo, G1, Weather.gov, Terra, Hypescience          

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